América Stevens é uma garota comum, que mora em Austin - Texas, e leva uma vida normal, não tem amigos mas isso não a impede de fazer o que ela mais ama no mundo: Nadar.
Até o dia que América conhece Zach um garoto que acaba de se mudar de Dallas. O...
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Capítulo não revisado
Os pássaros cantavam bem alto naquela manhã. Deitada ali, naquela rede, parei pra pensar no quanto a vida pega todos nós de surpresa as vezes. Morta em um afogamento. Foi assim que mãe do Zach morreu, e a melhor amiga dele é uma nadadora, que irônico, não?
Porque as melhores pessoas sempre se vão? Porque a vida faz isso com a gente? Que dizer, existem pessoas que não mereciam ter ido tão cedo, certo? Meus pensamentos foram interrompidos no momento em que o carro vermelho para em frente a minha casa. Zach tem uma fissura com a cor vermelha, e ele fica muito bem nessa cor, constato ao vê - lo vestindo uma camisa vermelha e uma jaqueta jeans.
O garoto percorre o caminho da entrada até a rede e senta perto dos meus pés, soltando um longo suspiro em seguida. Ele me olha com expectativa e já sei onde isso vai dar, eu já conheço esse olhar.
- Vai, desembucha de uma vez. - Falo encarando seus fios curtos e castanhos se agitarem com o vento.
- Como sabe que quero te pedir alguma coisa? - Ele responde, curioso. Sinto seus dedos encostarem nos meus tornozelos enquanto ele começa a fazer desenhos imaginários com os dedos na mesma região. Minha respiração travou, a quentura começou a se espalhar pelo meu corpo e a verdade é que eu não entendo o porque disso.
- Seu olhar te entrega, Zachary.
- Não gosto que me chamem de Zachary, eu sei que é meu nome, mas parece que eu estou levando esporro. - Conclui fazendo biquinho.
- Te chamo de Zachary porque todo mundo chama de Zach, mas se quer que eu te chame igual a todo mundo, tudo bem. - Meus lábios se esticam em um sorriso sincero, sem mostrar os dentes.
- Não, Meri. Não tinha parado pra pensar por esse lado, pode me chamar de Zachary. Você é realmente única. - Não sei porque, mas senti um duplo sentido em sua frase.
- E então? O que você quer me falar? - Minhas mãos seguem até meus cabelos para desfazer a trança que eu estava usando. Conforme terminei sacudi um pouco a cabeça para o cabelo se desgrudar, e sorri ao reparar nos pequenos cachos que se formaram. Zach me encarava com os lábios entre abertos e seus olhos pareciam queimar. - Tá tudo bem?
