Thirty

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Rodrigo estacionou em frente a casa na serra que sua mãe havia alugado, a temperatura havia caído no Rio de Janeiro e Ana decidiu que o almoço de domingo seria lá. Ele sabia que de alguma maneira precisariam sair daquela rotina, ele estava cansado, e Agatha então, não conseguia nem pensar.

Observou Lola que por algum milagre havia dormido durante toda a viagem, e Manu que também estava adormecida em sua cadeirinha.

-Amor... chegamos? -A voz sonolenta de Agatha o despertou.

-Sim, finalmente. E você? Tá se sentindo bem? -Perguntou se aproximando e deixando um selinho nos lábios dela.

-Sim. Lola não chorou, não é estranho? -Riu acariciando os cabelos dele, os fios longos escorregaram por seu dedo, ela adorava o cabelo dele grande.

-Eu acho que ela gosta de andar de carro...

-Pode ser, e Manu? -Tentou se virar.

-Shhhh, Manu tá desmaiada. Vamos aproveitar esse momento que a gente tem sozinhos, crianças dormindo, sem milhões de pessoas em volta. -Sussurrou no ouvido dela descendo seus lábios para o pescoço deixando beijos ali.

-Não faz assim vai!

-Por que? -Sussurrou sorrindo ao vê-la se arrepiar.

-Porque as meninas podem acordar, e você sabe como eu não resisto aos seus beijos no meu pescoço. -Ela sorriu, seu corpo completamente a mercê dele.

-Parece que seu corpo não concorda com o que sua boca diz meu anjo...

-Eu sei!

-Pai...

-Ah merda... -Rod sussurrou se afastando devagar a mulher e fitou Manu.

-Quero fazer xixi. -Ela sorriu.

-Certo... xixi. E você? -Fitou Lola que o encarava.

-Ela quer peito... -Manu disse óbvia.

-Eu sou um grande peito gigante pra você... -Agatha rolou os olhos rindo e abriu a porta saindo do carro.

-Eu vou bem sonhar com isso... -Rodrigo fez o mesmo, abriu a porta do lado de Manu e a pegou no colo. -Então tá... xixi, vamos.

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O almoço se estendeu até o jantar, que virou uma grande bagunça na frente da lareira de Ana, Rod gostava muito de estar perto da família, e agradecia por Agatha ter conseguido dormir mais de três horas sem ser interrompida, graças as titias babonas que Lola tinha.

Manu havia brincado tudo e mais um pouco com os primos, e estava desmaiada no sofá da sala. Ana havia avisado que todos os netos dormiriam com ela, inclusive Lola. Nem ele e nem Agatha se opuseram, claro, a ideia de ter a noite inteira só para eles era tentadora.

Rod esperou que Ana se recolhesse e ajudou a levar Manu, Madá e Maria para a cama, Agatha acabava de amamentar Lola e Joaquim esperava pacientemente para levar a prima para a cama.

-Ela come muito né tia? -Ele riu.

-Muito, por isso que tem esse barrigão.

-Ela é gordinha e fofinha. E tem um cheirinho bom. Eu queria um irmão...

-Pede a papai do céu Joca, fala que você queria muito, muito. -Agatha riu pensando na reação de Mariana se ouvisse aquilo.

-E ai campeão? Tá pronto pra dormir? -Rod sorriu pegando Joaquim no colo.

-Tô só esperando a Lolô acabar de mamar, e ai eu vou.

-Então tá, você vai cuidar dela pra mim né? -Ele sorriu abraçando o sobrinho.

-Eu prometo! E se ela chorar eu seguro a mãozinha dela.

-Ela dormiu... -Agatha se levantou devagar.

-Vamos então. -Rod a guiou até o quarto de Ana, colocou Joaquim ao lado da irmã na cama e ajudou Agatha a aconchegar Lola ao lado da avó.

-Obrigada Ana, qualquer coisa pode levar elas viu.

-Que isso querida, pode ficar tranquila. Vai matar a saudade do seu marido. -A mais velha riu e voltou ao seu livro.

Rod entrelaçou seus dedos nos de Agatha e os dois caminharam até o quarto deles.

-É estranho sem elas né?

-Saudade da Lola resmungando... -Ele riu e fechou a porta a trancando.

-Hum, tem planos pra hoje gato? -Ela riu se aproximando.

-Huum... -Ele envolveu a cintura dela e colou suas testas. -Amar você a noite inteira...

-Parece bom...

-Parece incrível... -Ele sorriu e a ergueu do chão a fazendo prender as pernas em sua cintura, colou suas bocas em um beijo nada delicado, ele não saberia medir a saudade que estava dela, e naquele momento era como se eles fossem gasolina e fogo.

As mãos inquietas dela arranhavam suas costas e se embolavam em seus cabelos os puxando, só para depois fazer o caminho de volta para a base de sua coluna.

-Cê não tem nem ideia de como eu tava com saudade de te ter assim... -Ele sussurrou a deitando na cama e se colocando por cima dela.

-E eu também... eu achei que a gente nunca mais ia conseguir ficar assim.

-Shhh... -Ele riu começando a se livrar das roupas dela as jogando sem cuidado pelo chão do quarto.

Pouco depois suas roupas se juntaram as dela no chão, e eles se perderam em seus corpos, entre juras sussurradas a plenos pulmões enquanto buscavam suas liberações.

Seus corpos vibraram juntos, e eles sentiram como se o mundo fosse absurdamente pequeno para o turbilhão que eles eram naquele instante.

-Te amo tanto... tanto... -Ele sussurrou deixando beijos por todo o rosto dela.

-Eu também amo você, mais do que algum dia eu pensei que amaria alguém. -Ela sorriu de olhos fechados enquanto ele a ajeitava na cama

-Você é linda! Está se sentindo bem?

-Sim, mas poxa, eu tô tão cansada que não sei se consigo ficar a noite toda acordada com você.

-Dorme agora... ainda somos pais responsáveis que precisam acordar cedo amanhã. -Ele se ajeitou ao lado dela e a abraçou quase fundindo seus corpos passando a acariciar as costas nuas dela.

-Aonde vamos casar?

-Surpresa... -Ele riu e a observou adormecer em seus braços, pegando no sono logo em seguida, sentindo seu coração em paz mais uma vez.

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Never so fast, podem me aplaudir. Brincadeira gente. Mas ein... quem adivinha aonde vai ser a renovação dos votos deles?? Ia dar dica, mas nem vou porque é mole!!

Enfim, comentem o que cês tem achado, e se tem curtido.

Besitos

Tia Liv.

Todo amor que houver nessa vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora