Rodrigo acordou com o barulho da porta batendo, havia conseguido dormir depois que Manu se acalmou e finalmente a febre baixou. Viu Agatha caminhar até a grande janela do quarto e suspirou, ele podia apostar que ela não havia dormido durante a noite.
-Agatha...
-Oi... o médico esteve aqui. -Ela o fitou.
-E o que ele disse? -Ele se sentou na pequena cama que dividia com Manu.
-Não acharam nada do exame dela. Ele disse inclusive que ela está super saudável. -Ela disse, e ele pode notar o alívio em sua voz.
-Então ela tá de alta já?
-Ainda não. Ele disse que como a febre foi muito alta, por precaução ele repetiria o exame. E se continuasse o mesmo, ela estaria liberada.
-Você dormiu? -Ele perguntou.
-Não... mas não estou com sono também.
-Não adianta você se sacrificar pela Manu se for ficar doente também.
-Não é sacrifício pela minha filha Rodrigo. E não finge que te importa quando você só está aqui pela Manuella. -Ela rolou os olhos e se sentou no sofá.
-Você é cabeça dura demais Agatha, não estou falando por mal não. Mas se é assim que você quer. -Ele deu de ombros e caminhou até o banheiro.
Agatha suspirou, quando parecia que ela não podia estragar mais o que já não tava bom, ela mesma se surpreendia. Se jogou no sofá sentindo sua cabeça rodar com o ato, logo o enjoo que havia sentindo a poucas horas voltou. Se sentou devagar respirando fundo, mas parecia que não seria dessa vez. Levantou correndo até o banheiro e bateu na porta repetidas vezes.
-Que? -Rodrigo secou seu rosto rapidamente e abriu a porta assustado, mas nem teve tempo de falar nada quando Agatha passou por ele direto para o sanitário, colocando pra fora o que nem havia comido.
-Sai daqui... -Ela disse quando conseguiu finalmente respirar, mas logo o líquido amargo estava rasgando sua garganta novamente.
-Respira... -Ele suspirou e se ajoelhou ao lado dela segurando alguns fios de cabelo que caiam em seu rosto e apoiou a testa da mulher em sua mão.
-Eu odeio vomitar... -Ela suspirou apoiando seu corpo no dele.
-É, eu sei. E nem tem o que você vomitar, você não comeu nada. -Ele suspirou tocando a testa fria dela.
-Vou levantar... é melhor. -Ela se apoiou nele e se levantou sentindo que poderia cair a qualquer instante.
-Hey, devagar. Olha como você tá fraca... precisa comer. -Ele a ajudou a lavar o rosto e a pegou em seus braços a levando de volta para o quarto.
-Já tá melhorando de novo. -Ela disse de olhos fechados, sabia que estava nos braços dele, e na verdade não poderia se importar menos com aquilo. Era estranho como ele a fazia tão bem.
-Vou deixar você aqui rapidinho, e vou comprar algo na cantina. E você vai comer. -Ele a colocou deitada no sofá e saiu do quarto.
Assim que retornou encontrou o médico que havia atendido Manu, ele esperava pacientemente enquanto a filha chorava em protesto ao novo exame de sangue que teria que fazer.
-Amor do papai... é pro seu bem. -Ele se aproximou da pequena que estava agarrada a mãe.
-Mas doi muito papai... -Manu soluçou.
-Vamos fazer o seguinte... Você deixa o doutor fazer o exame e o papai te leva naquele brinquedo do shopping que você gosta quando você sair daqui! Pode ser? -Ele sorriu ao ver o choro parar repentinamente, fitou Agatha esperando a reprimenda já que ela detestava trocas desse tipo, mas ela continuava branca feito um papel, e indisposta como antes.
-Tá! Eu vou fazer o exame da picadinha... -Manu assentiu.
-Mamãe também tá precisando de um... que essa história de logo passa já deu o que tinha que dar. -Rodrigo suspirou e ajudou a mulher a se sentar na cama, e pegou Manu para que o médico fizesse o exame.
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-Por sua causa eu tô roxa. -Agatha rolou os olhos observando a mancha pequena que se formava em seu braço.
-Ah deixa de manha... foi só um furinho. E é bom que já sai daqui pra não voltar. -Ele riu vendo Manu assentir enquanto comia a gelatina que havia ganhado.
-Mamãe precisava do exame da picadinha também. Tava com problema de vomitar... -Ela disse.
-Mamãe tava era preocupada com você meu amor. -Ela sorriu beijando a bochecha da pequena.
-Eu também tava preocupada comigo... -Ela disse fazendo os pais gargalharem.
-Você me acaba Manuella. Mas e aí? Tá gostosa essa gelatina?
-Sim pai... é de limão. Parece de abacaxi, mas é limão...
-Que? -Agatha riu e sem conseguir se conter passou a beijar o rosto da pequena.
-Ai mamãe... -Manu gargalhou abraçando a mãe.
-Eu te amo tanto sua coisinha, não pode mais assustar a mamãe assim, combinado?
-Eu prometo de dedinho que sim. -Manu assentiu e voltou a comer.
Batidas na porta tiraram a atenção deles do momento e logo o médico entrou.
-Resultados prontos... -Ele disse observando os papéis.
-O que deu no da Manu? -Rodrigo sentiu um leve nervoso, ele esperava sair dali logo.
-Nada... saudável e forte. Deve ter sido algo de origem emocional. Mas, devido ao ânimo dessa menininha. Está de alta...
-Então vamos logo... quero minha casa. Minha cama... -Agatha sorriu.
-E no da Agatha, doutor? Algo errado? -Rodrigo coçou a nuca.
-Errado não... Mas explica as tonturas, os enjoos... -Ele riu.
-Estresse... o que mais seria? -Ela suspirou.
-Grávida senhora Simas... Você está grávida. De sete semanas...
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Todo amor que houver nessa vida
RomanceUm história diferente, do nosso casal mais amado da vida! Por: Liv M