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Boa leitura❤️

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Dizer que Louis não havia reparado em um de seus alunos seria mentira. Desde que começou a dar aulas na faculdade, ele evitava olhar demais para os rapazes que ali estudavam, afinal eram seus alunos e qualquer coisa seria inapropriada. Claro que Tomlinson havia notado alguns e até mesmo os desejado, mas tal sentimento era guardado firmemente dentro dele, como se jogasse em um túmulo lacrado e esquecesse para sempre.

Não era de ferro e era um homem jovem. Pelo menos ele se considerava jovem, tinha trinta anos e, modéstia à parte, ele se achava bem sensual. Sabia que alguns de seus alunos e alunas se sentiam atraídos por ele, o que alimentava secretamente seu ego. E ele também se atraía, era um ser humano passível de sentimentos às vezes indecentes e inconvenientes, mas os controlava muito bem.

Há pelo menos cinco anos que dava aulas naquela universidade e ele sabia que sua aparência jovial e seu jeito de badboy o faria se passar fácil por um aluno e alguns nem mesmo confiavam nele porque era julgado como novo demais para ser um professor universitário. Outros o achavam intimidante, era exigente e ríspido, mas em sua humilde opinião, não julgava ser um carrasco.

Louis tinha sentimentos, obviamente, mas demonstrar já não era com ele. Sua personalidade dominante e até mesmo um pouco arrogante o davam a fama de ser um babaca insensível, completamente sem empatia e a verdade era outra. Sabia que expôr o que sentia era complicado, mas ele sentia e muito. Poderia soar idiota, mas ele tinha uma imagem de durão a zelar e não queria perdê-la. Continuaria com o posto de professor mais exigente e turrão daquela universidade, mas sabia que toda aquela cobrança resultaria em bons profissionais no futuro.

Lecionar sempre foi sua verdadeira paixão, desde quando era um adolescente que se imaginava em uma sala de aula ensinando as pessoas. Aprender e repassar o conhecimento que tinha era o que realmente alegrava sua alma e o enchia de felicidade, nada era mais gratificante para ele do que ver seus alunos se graduando e sendo bons profissionais. Adorava quando encontrava as pessoas anos depois e descobria que um tinha cargo no governo, outro se tornara professor por causa dele ou algo do tipo. Amava saber que seus alunos se tornaram bem-sucedidos e aquilo o deixava feliz. A sala de aula era o seu lugar e nada seria capaz de tirá-lo de lá.

Ele suspirou ao apanhar a bolsa pesada pela segunda vez no dia ao descer do carro no estacionamento da faculdade. Lecionava em dois períodos, de manhã e à noite e conseguia ter a tarde livre – ou tão livre quanto se poderia ter sendo um professor – na maioria dos dias. Estava sempre preparando aulas, seu escritório era caótico com provas e atividades e sua mente jamais parava.

Bateu a porta e arqueou as sobrancelhas ao travar o carro, olhando para um dos bancos mais adiante e vendo um de seus alunos ali, mexendo no celular, sozinho. Não se recordava do nome do rapaz, era algo como Henry, Harrison ou Harry, mas não sabia qual destes era.

Ele tinha belos cachos sedosos na altura dos ombros e naquele dia usava uma camisa amarela estampada com flores azuis ao mexer em seu iPhone, de cabeça baixa e sem notar a aproximação do professor. Louis passou por ele e respirou fundo, tinha aulas com a turma do rapaz três vezes na semana, com três disciplinas diferentes.

Tomlinson foi direto para a sua sala e deixou a bolsa na mesa. Ele sorriu ao se acomodar na cadeira confortável, aproveitando os minutinhos que tinha antes de ir para a sala de aula. Seu corpo ainda estava se acostumando à rotina pós-férias e tinha certeza que não aguentaria se não estivesse tomando doses elevadas de café durante o dia.

Only The Brave | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora