11. Sandwiches

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Oi!

Boa leitura❤️

📚

Em novembro, as temperaturas baixas obrigavam Harry a vestir roupas quentes e casacos pesados. No próximo mês o inverno chegaria e com ele o recesso para as festas de fim de ano, o que o deixava ansioso, porque desde que começou a faculdade que o seu tempo era escasso e completamente voltado para as tarefas do curso. Queria poder dormir e acordar sem trabalhos ou relatórios para fazer e, pelo Natal estar chegando, queria caminhar por Londres e comer biscoitinhos de gengibre e canela, junto de uma boa xícara de chá quentinho.

Porém, enquanto o inverno e as vibrações natalinas não chegavam, ele ainda tinha que ir para a faculdade e queimar as pestanas estudando. Optou por uma calça jeans skinny que o faria congelar se fosse andar na rua por muito tempo, mas como seu período de exposição ao frio era pequeno, do carro do seu pai até a faculdade, escolheu a peça. Vestiu uma blusa de lã vermelha de gola alta e por cima um sobretudo preto com um cinto de couro na cintura.

Calçou botas de couro confortáveis, soltou os cachos sedosos sobre os ombros e abriu sua gaveta de acessórios, tirando de lá uma touca vermelha e a colocando sobre seus cabelos, sorrindo com o resultado adorável e por último pegou luvas pretas. Deslizou suas mãos para dentro delas, passou um hidratante em seus lábios para que não ficassem rachados e guardou seu celular na bolsa antes de colocá-la no ombro e descer as escadas.

Olhou-se no espelho da sala e se sentiu sexy, o que lhe arrancou um sorrisinho tímido. Naquela noite teria aulas de História com Louis e queria estar bonito para ele.

Não sabia o que estava havendo entre os dois, era tudo muito confuso para que pudessem estabelecer um rótulo e Harry não exigiria aquilo tão cedo. Estavam bem mais próximos, conversavam bastante nos intervalos e Styles era apresentado a facetas de Louis que não conhecia. A pose de badboy era apenas uma fachada para esconder um homem adorável, engraçado e muito gentil que conquistava secretamente o coração de Harry todos os dias.

Não trocavam beijos, o último selinho que compartilharam havia sido quando Louis lhe disse que tinha um filho e, por mais que o desejo de ambos fosse grande, permaneciam distantes naquele aspecto para não estragar tudo. Harry tinha um papel importante na vida de Louis, era o seu ombro amigo e conselheiro. Achou que jamais estaria naquela situação, mas era responsável por dar avisos e conselhos a um marmanjo de trinta anos.

Não que ele não gostasse, saber que tinha a confiança de Louis deixava Harry muito grato e feliz, porque acreditava que todo relacionamento – de natureza romântica ou não – deveria ter a confiança como base. Tinha a amizade de Tomlinson e, caso um dia, em uma realidade quase utópica, os dois namorassem, já tinham meio caminho andado. Confiavam um no outro e tinham certo afeto, mesmo que este afeto fosse uma paixão para Harry.

Seu coraçãozinho apaixonado rodopiava de alegria toda vez que ficavam juntos conversando, passar um tempo com o objeto de sua paixão era muito gratificante para Styles e lhe daria aquele mimo, mesmo que soubesse que, ou aquilo ia para frente, ou desistia de um namoro com Louis, não poderia ficar apaixonado para sempre por alguém que não o correspondia.

Até o momento, Harry só sabia que Louis gostava dele e que o desejava, não fazia ideia se Tomlinson também nutria uma paixão secreta e proibida por ele ou se de sua parte era apenas sexual. Tinha a confiança de Louis, mas o homem era uma rocha, teimoso e turrão, era uma luta arrancar qualquer sentimento daquele coração seco e o máximo de vulnerabilidade que chegou a ver foi no dia que voltou da licença por causa de Ethan.

Harry era observador e passava bastante tempo analisando Louis para tentar achar qualquer sinal de reciprocidade, porém ele não demonstrava nada. Tomlinson era dono de um controle invejável sobre os seus sentimentos e nada passava para fora sem seu consentimento, a menos que estivesse muito machucado. Styles estava curioso, tinha momentos de ternura entre os dois e olhares desejosos, mas não sabia se aquilo era porque Louis também estava apaixonado ou se era porque gostava dele como amigo.

Only The Brave | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora