8. I Want You

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Olá!

Aproveito para fazer propaganda de Champagne, minha nova shortfic, e ficaria muito feliz se vocês pudessem dar uma olhadinha!!!

Boa leitura❤️

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Na semana seguinte, Harry estava melhor em relação ao seu secreto assunto do coração. Ignorou aquela paixão que julgava boba e idiota e focou em seus estudos porque aquilo sim ia levá-lo a algum lugar e se apaixonar por Louis só o trouxera tristeza, olhos marejados e uma força quase sobre-humana para que aquelas lágrimas grossas e quentes não escorressem.

Não diria que havia superado, ainda não, mas estava conformado que o sentimento era apenas de sua parte, seu professor era apenas um homem que decidiu demonstrar sua gentileza com ele e nada mais. Estava em uma guerra interna, seu coração dizia para dar valor àquela paixão e contar a Louis o que sentia, mas o seu cérebro insistia para que seu único foco fosse a carreira e que expressar aquele sentimento platônico era absurdo, porque ficaria ainda mais machucado. Na maioria das vezes, Harry dava ouvidos à sua razão, mas estava cada dia mais difícil suportar aquela Guerra Fria dentro dele.

Todas as noites, após chegar da faculdade e tomar um banho quentinho, Harry deitava a cabeça em seu travesseiro fofo e observava a janela coberta por cortinas finas, que permitia a passagem da luz da lua, e pensava em Louis. Sempre, sempre. Imaginava como seria dormir com ele, ser abraçado e envolto por seu calor ou acordar com beijinhos e um sorriso. Estava tão bobinho por Louis que achava sua situação vergonhosa.

Ele tinha vergonha de si mesmo por deixar que aquele sentimento se apossasse dele de maneira tão repentina. Poxa, nem havia marcado um horário na agenda para ele se preparar para a invasão!

Harry sofria mais por ter perdido o controle de seu coração do que por estar apaixonado. Suas notas continuavam altas, mesmo que às vezes nas aulas de Louis ficasse disperso ao imaginá-los juntos, sempre anotava tudo e tirava dúvidas. Não podia se dar ao luxo de não prestar atenção no Sr. Tomlinson ou ele lhe faria perguntas para saber se estava focado, como ocorreu nas primeiras semanas. Tinha receio de receber uma pergunta e não saber responder.

Era tão bobo se apaixonar por alguém que não dava a mínima para ele que queria se enfiar em um buraco e não voltar jamais. Desejou ir à farmácia e comprar uma dose de remédios para combater aquele mal, mas infelizmente não tinha como. O máximo que teria para tratar o coração seria drogas para hipertensão e afins, coisa que ele não tinha. Seu emocional estava abalado, não o físico.

Não aceitava estar quase lambendo o chão que Louis pisava e decidiu tomar providências quanto a isso. Tirou um dia para se distrair com coisas fúteis, pegou seu cartão de crédito e foi ao shopping, inicialmente sozinho, mas depois conseguiu arrastar sua mãe para a sessão de compras.

Para o alívio de Harry, seus pais não haviam notado seu desequilíbrio e não comentaram nada, nem quiseram saber. Às vezes perguntavam se tinha garotos atraentes na universidade e ele respondia que havia vários, era uma verdade. Harry estava apaixonado, mas tinha olhos. Julgava muitos rapazes deliciosos e não negaria que gostaria de trocar beijos ardentes com eles ou ter uma noite de sexo intenso, mas infelizmente Styles não conseguia se entregar aos toques de uma pessoa quando estava apaixonado por outra.

Teve aquela deprimente descoberta quando marcou de beijar o capitão do time do futebol dias atrás, o outro quase soltou fogos de felicidade por Harry finalmente ter aceitado, mas na realidade havia sido uma merda. Não porque o rapaz beijava mal, não mesmo, tinha uma pegada incrível e Styles gostou muito, mas o problema era ele próprio.

Only The Brave | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora