Only The Brave | Larry Stylinson

17. You Drive Me Crazy

Oii!

Boa leitura❤️

📚

Harry ainda não tinha tomado uma decisão, não sabia o que dizer a Louis quanto ao possível namoro. Queria e muito ser seu namorado, mas sua insegurança o tomava, tinha medo da situação, mesmo que estivesse mais tranquilo após a conversa que tivera com sua mãe.

Ter o apoio de Anne era muito importante para ele, sabia que sua progenitora estaria ao seu lado independente da decisão que tomasse e aquilo o deixava de coração quentinho. Desmond ainda não sabia, provavelmente nem desconfiava que Harry estava de olho em Louis, e ele não queria contar ao seu pai, por mais compreensivo que fosse, Desmond era protetor com o filho, Harry seria seu eterno garotinho e o rapaz achava que seu pai ficaria enciumado por ter que dividir o seu menino com um namorado.

Caso as coisas entre Louis e Harry dessem certo, seria o primeiro namoro dele. Ele não fazia ideia de como seria e, no fundo, sentia um frio da barriga ao pensar nos dois juntos. Um misto de insegurança e felicidade que apossava seu corpo e o fazia querer gritar para o mundo que sim, ele amava Louis.

Sua paixão claramente tinha evoluído para algo além, para o desespero de seu lado racional e alegria do coração. O amor havia o atacado brutalmente e deixado Harry arrebatado e estrupiado, vulnerável em todas as suas células e dado uns tapas em seu cérebro, que achava a situação um absurdo.

Ele ainda estava em uma briga interna, uma verdadeira Guerra Fria entre razão e emoção, embora a última tivesse ganhado as últimas batalhas e a racionalidade estivesse pedindo arrego. Apesar daquela luta, de todas as lágrimas derramadas e sofrimento por cogitar a possibilidade de se afastar de Louis, ele se sentia feliz como nunca antes. Harry sempre achou ridículo quem falava que o amor fazia as pessoas se sentirem completas, mas lá estava ele, tendo certeza que Louis era a sua metade da laranja.

Seu planos permaneciam tão firmes quanto rocha, bem esquematizados em suas agendas e cadernos de anotações, ainda queria um trabalho no governo e sua vaga no Ministério, se tornar embaixador ou cônsul permanecia como principal objetivo em sua vida, o amor não o fez pensar diferente quanto à sua vida profissional. Porém, aqueles planos tão concretos tinham ganhado um adendo que se chamava Louis Tomlinson e, pela primeira vez em seus vinte anos de existência, começava a planejar sua vida pessoal com alguém para compartilhá-la.

Era aquilo o que fazia em uma tarde fria de terça-feira, sentado em sua mesinha de estudos com seu caderno de anotações na mão. O tempo estava nublado e chuvoso, garoava desde cedo e ele espiava a rua pela janela, aguardando a hora de começar a se arrumar para ir à faculdade. Suas tarefas já haviam sido feitas e enviadas por email para os professores, exceto relatórios que um certo homem ranzinza – que atendia por Louis Tomlinson – pediu e estavam alinhados e perfeitos na pasta.

Como estava em seu tempo livre, Harry planejava a vida a dois de ambos, mesmo que não tivessem um namoro propriamente dito. No fundo, ele sabia qual havia sido sua decisão ou não estaria tão animado ao anotar objetivos para que Louis e ele cumprissem juntos. O primeiro ponto da lista seria daqui cinco anos, tempo que Harry julgava suficiente para concluir sua faculdade e arranjar um bom emprego, ele teria vinte e seis – já que completaria vinte e um em pouco menos de duas semanas – e Louis trinta e seis, e o objetivo em questão seria unir as escovas de dentes, também conhecido como casamento.

Tinha até data! Vinte e oito de setembro, o dia em homenagem ao primeiro beijo dos dois, que havia sido em um corredor de uma balada, ambos alterados pelo álcool, mas era a data do primeiro beijo, o primeiro ato mais íntimo. Ele anotou alguns detalhes, lugares onde a cerimônia poderia ocorrer e tinha quatro opções: praia, jardim, casarão ou castelo. Quando Louis o pedisse o noivado – ele esperava aquela atitude do futuro namorado – poderiam pensar melhor, mas tinha que ser num daqueles lugares escolhidos.