7. Perfection

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Olá!

Ontem comecei a postar uma shortfic chamada Champagne e eu ficaria muito feliz se vocês dessem uma olhadinha🥺

Não se esqueçam de votar e comentar e boa leitura❤️

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Harry estava nervoso ao escolher a roupa para ir à faculdade naquele dia. Já estava estudando há um mês e apresentaria o seminário sobre Guerra Fria na aula de História e ele simplesmente odiava falar em público. Não se achava uma pessoa tímida e nem tinha dificuldade em expressar suas opiniões para uma platéia se fosse necessário, mas aquilo não significava que ele gostava de se apresentar.

Tinha tomado um chá de camomila e maracujá para se acalmar, estava tão nervoso! Havia treinado sua fala, os slides – que ele mesmo tinha feito – estavam impecáveis e sucintos, com poucos tópicos e nada poluídos, a maioria seria falada. Naquilo ele se garantia, pelo menos. Falaria no começo e no fim do trabalho, era o que mais tinha slides para explicar e achava que aquilo era um traço arrogante de sua personalidade.

Ele sabia que, apesar de não gostar de falar em público, conseguia falar e explicar bem o que quer que fosse e confiava em Liam, seu amigo era bom com as palavras e suas partes estariam boas. Não tinha contato com os outros integrantes do grupo além das conversas pelo aplicativo de mensagens e aquilo o fazia querer pegar todo o trabalho para si e apresentar sozinho para ter a certeza que ficaria bom.

Arrogante? Perfeccionista? Ele sabia que sim.

Não confiava nos outros e tinha receio de seu trabalho ir pelo ralo por causa deles. Tinha passado tardes inteiras fazendo aquela apresentação de trinta slides e assumira o papel de liderança do grupinho ao delegar tarefas e cobrar as pesquisas. Quase mandou um sinal de fumaça para um garoto que parecia totalmente desinteressado e Harry deu uma comida de rabo nele para que criasse responsabilidade e mandasse sua parte no dia estipulado.

Ah, ele também odiava trabalhos em grupo. E tinha um motivo: sempre sobrava para ele. No Ensino Médio caía em grupos irresponsáveis e formados por pessoas totalmente sem comprometimento e não ia prejudicar suas boas notas por causa deles. Fazia o trabalho todinho e dava as falas mastigadas para os outros depois de muito cobrar e ser ignorado, mas depois da apresentação contava para os professores que quem tinha feito tudo havia sido ele. Sua nota permanecia intacta e a dos outros ia ladeira abaixo.

E não se arrependia de nada, se fosse preciso faria de novo. Ele não se escorava nos outros e não levava ninguém nas costas, não!

Depois de discussões, áudios de cinco minutos e quase sair no soco com um garoto do seu grupo, o trabalho de Guerra Fria estava pronto, intacto, de slides perfeitos e completos. Harry havia feito cada um do grupo apresentar para ele no dia anterior sem cola ou qualquer auxílio para saber como estavam e, apesar de sua desconfiança e receio de alguém faltar ou travar, estava perfeito.

Não posso reclamar do Sr. Tomlinson, afinal, pensou e suspirou ao olhar para o seu guarda-roupa, querendo uma vestimenta formal, mas que valorizasse seu corpo. Sou exigente demais também, concluiu.

Pegou uma camiseta branca e a vestiu, logo colocando uma calça preta de cintura alta e folgada. Calçou botas pretas e altas, vestiu um blazer escuro e amarrou os fios sedosos em um coque, deixando alguns cachinhos soltos nas laterais. Pegou o pen-drive na escrivaninha e deu um beijo nele, estava pronto para conseguir um dez.

Deixou a bolsa no ombro e desceu, apressando o seu pai que comia uma maçã e logo entrando no carro. Estava ansioso, era a primeira apresentação da sua era universitária e Louis era o professor mais exigente que tinha, qualquer errinho que cometesse teria pontos descontados e ele torcia para que a sua exigência atingisse os padrões da exigência de Tomlinson.

Only The Brave | Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora