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Após tanta treta, um capítulo tranquilo e sem sobressaltos para relaxar...

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Santa Cecília não era apenas a capital de Azzurro. A cidade mais nova entre as principais metrópoles do país, trazia em sua formação a característica mais notável das cidades azzurrinas: a mescla do antigo, representado pelo centro antigo de pedra, com as casas de tijolos na cor terra e as ruínas dos castelos que pertenceram aos primeiros habitantes da região, incluindo o primeiro morador, Fruela; e a modernidade do centro empresarial, localizado às margens da baía Blanca, que tinha esse nome pela areia da praia ser tão clara, que era quase branca.

Para Massimiliano Domenico, o príncipe-herdeiro de tudo, a parte da tour onde ele passava pelo centro empresarial foi um momento de surpresas; já que ele nunca havia pisado por ali. Caminhar pelas ruas – isoladas por um forte cordão e equipes preparadas de segurança – ver as pessoas penduradas nas janelas para vê-lo, entre empresários engravatados e os vendedores de comida cujos carrinhos ficavam na calçada, e poder cumprimentar a todos da forma como ele sabia e se sentia mais confortável, foi algo que o marcaria para sempre.

- Olá, bom dia! Tudo bem? Meu nome é Max! – era assim que ele cumprimentava as pessoas, estendendo a mão, não importando se o interlocutor era o CEO da empresa ou o rapaz da limpeza.

- Meu Deus, o príncipe me tocou! – dizia um.

- Alteza, que Santa Cecília o abençoe! – respondeu outro.

- Casa com minha filha, alteza! – outra, mais empolgada, gritou de longe, deixando o menino vermelho feito um pimentão.

- O que eu faço quando alguém fala isso, pai? – perguntou o menino, ao lado de Aragón, que cumprimentava as pessoas com um forte aperto de mão e colocando a outra mão por cima da do súdito, como se quisesse passar confiança.

- Ria. Apenas ria. – respondeu ele, ao mesmo tempo que dizia "bom dia" para uma senhora idosa.

Um pouco atrás, Carmen andava junto a um dos seguranças, convocado apenas para acompanhar a tutora. Inicialmente, o homem alto, careca e branco parecia sua sombra, e aquilo a incomodava; mas quinze minutos depois...

- Teodoro, você passou protetor solar?

- Não, senhorita. – respondeu ele, tentando ser profissional, mas o olhar meio apertado por conta do sol já mostrava que logo ele se afetaria com a exposição.

- Pois deveria ter passado, daqui até o final do dia vai tostar no sol. E coloque os óculos escuros homem!

- Sim, senhorita.

Ela caminhou com pressa, seguindo os passos do rei e do príncipe, Max sorrindo para todas as crianças e adultos que acenavam para ele, sob o olhar curioso de Aragón. "O menino realmente tem jeito para a coisa", concluiu o rei ao perceber que ele se sentia igual a todos, e as pessoas não apenas se aproximavam de Max por curiosidade, mas ao perceberem o quanto o menino era simples e sem afetação, encontravam no príncipe uma pessoa em quem se espelhar.

- Você vai na escola? – perguntou uma menininha de cabelos cacheados, que parecia ter seis anos, e as bochechas tão vermelhas que pareciam duas maçãs.

- Já fui, mas hoje tenho tutores que me dão aulas.

- Eu não gosto da escola... – disse a menininha, fazendo bico.

- Mas a escola é legal! Tem colegas bacanas, passeios, aulas legais, os professores são inteligentes, não fique chateada em ir na escola, aproveite!

Max olhou para os lados e viu sua tutora a uma certa distância, ao lado do segurança que discretamente, aplicava um pouco de protetor solar no rosto.

Coração de Rainha [livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora