Cordialmente, Fernando

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Este capítulo é ENORME e tem tudo que vocês gostam (menos treta, porque semana passada foi demais)

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- Eu ouvi os criados dizendo que você ia embora, Carmen! Isso é mentira, né?

A professora havia arrumado novamente suas roupas e malas dentro do closet quando Max surgiu feito um raio em seu quarto, surpreendendo a jovem.

O rosto dele estava corado, mas não por vergonha: era visível que ele estava chorando e aquilo a afetou. "Tudo por causa daquele cretino!"

- Você não vai embora, né? Meu pai não te mandou embora por causa daquele chá!

- Não... Não, meu amor, não teve nada disso. – mentiu descaradamente, mas era o melhor para Max. Preferia proteger a imagem que o menino tinha de Aragón naquele momento. – Foi apenas um mal-entendido, ele pediu que eu participasse de algumas reuniões, apenas isso.

As lágrimas correram pelo rosto do príncipe, que correu na direção de Carmen e a abraçou forte.

- Fique aqui, Carmen, por favor. Não vá embora, por favor! Se quiser... Se quiser eu coloco o Sr. Giorgio e a Sra. Alma para morar aqui, e... E Lena vem também, seria legal! Por favor...

Carmen respirou fundo. Não queria chorar e deixar registrado que estava mentindo.

Os dois se sentaram no chão do quarto, abraçados, e Carmen passou a mão nos cabelos do menino, que fechou os olhos sentindo o carinho que vinha de sua tutora. Ela não sairia do palácio, não o deixaria só.

- Não vou embora, Max... Eu vou ficar aqui com você, não apenas hoje, como todos os dias, ouviu? – deu um beijo em sua cabeça. – Neste fim de semana eu vou ficar aqui no palácio e a gente vê um filme no cinema, que tal?

O menino levantou o rosto e sorriu.

- OBA! Traz Lena também!

- Tudo bem, eu vou chamar Lena.

- E eu escolho o filme, vai ser um da DC!

- Mas você sabe que ela não vai querer...

- Não interessa, Carmen, dois contra um!

A jovem sorriu, passando os dedos no rosto de Max, secando suas lágrimas.

- Eu vou falar com Lena pra ela dormir aqui neste fim de semana, ok?

- Obrigado, Carmen, obrigado! Eu te amo!

Aquela frase veio com tanta confiança e naturalidade que o coração de Carmen deu um salto. Não conseguia mais ver uma existência afastada do menino, que era mais do que um aluno – ele era uma parte de Carmen que parecia vinda diretamente dela, carne de sua carne, sangue de seu sangue.

- Eu te amo, meu príncipe. – e o abraçou, protetora. Não queria que Max sofresse por ela nunca mais. Não permitiria que o rei o ignorasse e o ferisse com informações mistas, com seu desprezo. Max merecia uma família de verdade, pessoas que se importavam com ele, e além da rainha Esmeralda, Carmen sentia que apenas ela poderia proteger Max de todo o mal, mesmo que esse mal viesse do comportamento do próprio pai.

 Max merecia uma família de verdade, pessoas que se importavam com ele, e além da rainha Esmeralda, Carmen sentia que apenas ela poderia proteger Max de todo o mal, mesmo que esse mal viesse do comportamento do próprio pai

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Coração de Rainha [livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora