• três •

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CAPÍTULO TRÊS
par ou ímpar?

— Eu quero o Remus! — berrou Morgana.

— Não, eu fico com o Lupinzinho! — Pandora exclamou. — Por que não fica com o Pettigrew?

— Porque ele é péssimo em Poções. Nem sei como conseguiu passar no N.O.M.s. — a loira respondeu. — Ah, por favor, deixe eu ficar com o Lupin.

— Nem pensar, com quem eu ficaria?

— E com quem eu ficaria? — respondeu irritada.

As duas correram igual malucas até a mesa de Remus Lupin e quase a derrubaram no colo do pobre garoto que nada tinha a ver com sua discussão, ele deu um pulo e corou imediatamente.

— Lupin, você já tem dupla? — perguntou Morgana, ofegante.

— Claro que tem, eu! — Pandora falou depois de soltar um suspiro pesado.

— Ah, me desculpem, eu prometi que faria com outra pessoa. — contou. — Quem sabe da próxima vez?

As garotas se olharam totalmente desanimadas, o que fariam agora? Estavam sem nenhuma opção, quer dizer, nenhuma opção válida. Ficaram rodando a sala em busca de alguém sem dupla, até Peter havia encontrado um garoto da Sonserina e as duas ainda estavam sozinhas.

— Desculpe, professor, mas podemos fazer juntas? — Morgana perguntou, com seus olhinhos pidões. — Não sobrou mais ninguém.

— É claro que sobrou, os senhores Potter e Black estão sozinhos também, queridas! — Slughorn sorriu. — Andem, sentem-se com eles antes da atividade começar!

As garotas caminharam lentamente até o fundo da sala, onde se encontravam James e Sirius, os dois as observaram vir em sua direção e fizeram uma expressão desanimada. Nenhum dos quatro estava contente, mas não havia outra saída.

Morgana parou em frente à mesa com Pandora ao lado e as duas se olharam por alguns segundos, fazendo quase uma comunicação telepática. Os dois marotos não conseguiam traduzir aquelas expressões e pigarrearam, chamando atenção.

— Quem você quer? — perguntou Dora.

— Nenhum dos dois. — Morgana repondeu, estava visivelmente irritada com a presença deles. — Tiramos no par ou ímpar?

— Fechad...

Pandora foi interrompida por James Potter, quando já estava se preparando para jogar um número par.

— Espera, vocês vão sortear a gente? — Potter questionou, parecia ofendido.

As duas amigas reviraram os olhos e se viraram para que ficassem de frente uma para a outra. James era par, Sirius ímpar e Morgana nunca quis tanto que fosse inventada outra sigla matemática para que ela não precisasse sortear nenhum dos dois. Então foram um... dois... três dedos de Morgana mais três de Pandora.

A loira faria dupla com James, como se as coisas não pudessem ficar piores para si.

— E o resultado foi? — Sirius perguntou confuso.

— Vem, Black, vamos sentar. — falou Pandora.

Ela puxou Sirius para longe pela manga de sua capa.

— Parece que seremos um par, Morgana. — foi a vez de James soltar uma risadinha debochada. — Não sabe o quanto eu sonhei com isso.

Os dois sentaram-se no fundo da sala, lado a lado pela primeira vez em anos. Morgana estava se sentindo desconfortável, mas não sabia explicar o motivo. James estava irritado, ele conhecia a fama de garota perfeita da Sonserina que cercava Morgana e não tinha vontade alguma de ser amigo dela.

— E, à propósito, para você é Bouveair, Potter.

— Poxa, Morgiezinha, Bouveair Potter só depois do casamento. — o garoto falou.

James deu uma piscadinha com o olho, Morgana quis poder arrancar seu olho amendoado naquele mesmo segundo.

— Nem morta, eu envenenaria sua comida se tivesse o desprazer de ser sua esposa. — murmurou Morgana.

— Se você fosse minha esposa, eu comeria.

Depois de uma rápida experiência de como seria viver no inferno, Morgana caminhou ao lado da melhor amiga para o Grande Salão, ambas com muita fome e cansaço. Ela nunca havia trabalhado tanto em uma aula de Poções antes, Morgana e James discordavam de todos os processos e quase explodiram o caldeirão em sua primeira tentativa de produzir uma poção. Poderia ter sido pior.

Sentou-se com Pandora e Severus, que chegou um pouco depois. Todos irritados com as aulas, despejaram a raiva em seus pratos de comida e seus amigos devoraram quatro pedaços de torta de frango cada um, Morgana preferiu apenas tomar um suco de abóbora e beliscar um biscoito.

— Não vai comer, Morgie? — Severeus perguntou, com a boca cheia de comida. — A torta está magnífica.

— Não, perdi o apetite.

Do outro lado do salão, Morgana observou a mesa da Grifinória, os Marotos riam de alguma palhaçada qualquer e tentavam auxiliar James a conquistar Lily, mas já estavam desanimados em relação à isso, eram anos de tentativas e a ruiva não demosntrava o mínimo interesse no garoto.

— Cara, você não cansa de levar fora, não? — Aluado perguntou.

— Eu sei que um dia ela vai gostar de mim. — Pontas respondeu. — Ontem eu chamei ela pra um encontro em Hogsmeade e ela disse "não", antes ela só falava "some daqui, James". Tenho progresso.

— Meu Merlin! — Almofadinhas tapou o rosto com as mãos, sentindo vergonha por seu amigo. — Que deprimente.

— É sério, nós nos encaramos por um tempo e... — contou James.

— Se encararam? Caramba... — Sirius fez uma falsa cara de surpresa. — Realmente, Pontas, acho que isso quer dizer que vocês vão se casar.

Remus gargalhou.

— James, todas as garotas de Hogwarts querem namorar você, por que não dá uma chance? — Rabicho questionou ao amigo.

— Nenhuma delas é a Lily.

— Desiste, Peter, esse daí não vai desistir nunca. — Sirius comentou. — A insistência infinita é coisa de Potter.

INSOLENCE • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora