CAPÍTULO DEZOITO
snowMorgana sentiu o seu coração acelerado e a respiração pesada quando parou de correr, ao seu lado estava James, também sentindo o ar faltando e rindo como nunca. Quando ambos pararam ao lado de uma estátua, ouviram-se passos no corredor.
Era Sirius Black, carregando um estranho pergaminho, na qual a garota não reconheceu. Ele parou em frente aos dois e os encarou fixamente, mesmo ainda estando escondidos pela capa, confundindo ainda mais a garota.
— Que babaca, Pontas! — falou. — Indo à Hogsmeade sem nem me convidar? E ainda por cima, com Morgana Bouveair!
— Como ele sabe? — perguntou Morgana, extremamente confusa.
— Depois eu explico. — falou James. — Não precisa começar com a chantagem, eu trago algo para você.
Sirius sorriu imediatamente e olhou outra vez para o tal pergaminho estranho.
— É melhor irem logo, o Filch está vindo. — riu. — Bom passeio, pombinhos.
A garota revirou os olhos e quando deu por conta, estavam dentro de uma passagem estreita e muito longa, ela riu sozinha ao pensar que sua mãe a mataria por estar fugindo da escola com um traidor de sangue, como a própria Seline Bouveair o chamou.
Quando chegaram à uma estranha escada, Morgana conseguiu ouvir muitas vozes falando alto e um cheiro de doces invadiu suas narinas, percebeu que estranhamente os dois estavam na loja Dedos de Mel.
A garota nem saberia informar quantas regras ambos estavam quebrando naquele momento, mas sabia muito bem que seu coração palpitava em euforia e mal poderia se lembrar da última vez em que se sentiu dessa maneira.
— O que acha de comermos umas balinhas congelantes e algumas lesmas de gelatina? — sussurrou James.
Morgana assentiu e logo ambos lotaram seus bolsos de guloseimas, deixando as moedas de pagamento no balcão do caixa, confundindo o Sr. Flume, dono da loja. Saíram rapidamente da loja, caminhando por aquelas ruas congelantes de Hogsmeade, logo, sentaram-se perto da Casa dos Gritos, abaixo de uma árvore.
— Essa casa é assombrada, ouvi dizer. — comentou Morgana, enquanto beliscava uma balinha congelante. — Os moradores vivem falando que ouvem gritos.
— Tem medo de fantasmas, Morgie? — perguntou o garoto, sorrindo.
— Não tenho medo dos mortos. — riu, encarando-o. — Tenho medo dos vivos.
Continuaram comendo aqueles docinhos por alguns instantes, enquanto discutiam sobre o clima e coisas extremamente aleatórias, que lhes parecia interessante.
— Eu gostaria de saber o que vai acontecer quando isso acabar. — comentou James.
— O dia? — perguntou Morgana. — Espero que não com a gente na detenção...
— Não isso. — riu. — A escola.
— Eu queria ser Auror. — falou a garota. — Mas, eu vou me casar com alguém que minha mãe queira, ter dois filhos e viver uma vida infeliz.
James a encarou, parecia triste com os comentários da garota e pensou em como deveria ser horrível ter sua vida programada por seus pais.
— Por que você obedece ela? — perguntou. — Por que não foge?
— Eu já pensei nisso, Pandora e eu pensamos. — riu sem graça. — Mas eu sei que não vai funcionar, eu conheço ela, é minha mãe.
— Eu gostaria de viajar o mundo, me casar, ter vários filhos e... — suspirou. — Ser feliz.
Morgana sorriu, mas não sabia pensar ao certo no que dizer, já que ela nunca havia se imaginado em um futuro feliz. Mas o que seria essa felicidade?
Quando a garota se deu por si, o silêncio reinava sobre os dois, mas não era um silêncio ruim, nunca era quando estava na presença de James, mas ela nunca confessaria isso. Olhou para o céu por alguns segundos e teve que espremer os olhos para conseguir enxergar os pequenos floquinhos de neve que começaram a cair.
— James, olha! — Morgana sorriu. — Neve!
O garoto sorriu e encarou Morgana, era incrível como ele gostava de ter seu nome pronunciado por ela. Se levantou rapidamente, oferecendo a mão para Morgana, convidando-a para dançar.
Morgana recuou por alguns momentos, mas logo aceitou o convite e ambos começaram a mover seus corpos em um ritmo lento e desengonçado, enquanto a neve caía sob suas cabeças.
— Musicam Audi. — anunciou James, apontando para os dois.
Uma música começou a tocar baixinho e Morgana riu ao se dar conta de que era uma de suas músicas favoritas de um cantor trouxa. Nenhum do dois saberia explicar a sensação de ter um ao outro em seus braços, tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo.
A garota suspirou pesadamente ao sentir o cheiro de bolo Floresta Negra que invadira suas narinas, a fazendo sentir estranhamente confortável e atraída por James, mas ao mesmo tempo, culpada por estar sentindo aquilo por ele.
— Eu queria tanto que você sentisse por mim o que eu sinto por você. — ele falou.
— Isso não seria nada bom, nós somos muito diferentes. — Morgana sorriu. — E você está enfeitiçado.
— Morgana...
Quando saíram desse momento de êxtase, perceberam que já estava tarde demais e precisavam voltar para a escola, então se enfiaram por baixo daquela capa e sumiram por meio das ruas de Hogsmeade.
— Ah, você esqueceu de contar como o Sirius descobriu a gente. — falou.
— É... não conta pra ninguém, mas...
— Ele é um adivinho? — Morgana riu.
— Nós temos um mapa encantado. — contou. — Ele mostra todas as pessoas em Hogwarts.
— Caramba! Vocês não são tão burros! — ela sorriu. — Espera... todo mundo? Até eu?
— É, Morgiezinha, eu sei que você foge do dormitório de vez em quando.
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INSOLENCE • james potter
FanfictionINSOLENTE | "parece ter medo de mim, potter." MORGANA BOUVEAIR era perfeita, ao menos era isso que todos alunos de Hogwarts pensavam. Filha de Comensais da Morte, vivia uma vida de mentiras, mas quando embarcou para seu sétimo ano, a garota nem pode...