• trinta e nove •

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CAPÍTULO TRINTA E NOVE
when all things went wrong

Naquele dia, Morgana havia acordado animada, Mavena mandara uma carta, contando mais informações sobre os pais e algumas soluções para com a fuga do casamento. Pensaram juntas que na pior das hipóteses, se separar logo após o casamento poderia ser fácil, mas era quase impossível quando sabiam que logo após a cerimônia, o casal receberia a marca e assim não poderiam fugir. Já Mavena, também estava preocupada com a chegada do bebê no final de junho e em como isso poderia afetá-lo.

"Muito bem, Morgana, você precisa se preparar, entendeu? Você terá que fugir antes do casamento, uma ou duas semanas, talvez a ideia de ir para a casa de Dora seja boa. Vou tentar dar um jeito de ajudar você, a Ordem pode dar um jeito. Charlie pode ir com você, se for o que ele deseja.
Agora, não fale nada para os nossos pais, em hipótese alguma!
Vamos ajudar você.

Com amor,
Mavena Dempsey."

Morgana relaxou, sabia que tinham um plano que poderia dar certo e desejou que acontecesse logo. Já em Hogwarts, a escola cercada por proteções, os alunos não sabiam de nada que estava começando a acontecer, claro, ninguém além dos filhos de Comensais. Então, a diversão de final de ano após as provas não parou e o último jogo do ano estava cada vez mais movimentado. Morgana estava ansiosa esperando as notas de seus N.I.E.M's, mas tinha a impressão de que havia se dado bem.

Quando o jogo começou, Morgana não conseguiu tirar os olhos de um certo James Potter que sobrevoava o campo à procura do pomo e riu quando Pandora passou raspando com a vassoura por alguns torcedores que estavam na arquibancada da Sonserina, enquanto tentava não ser atingida por um balaço, já Sirius, também um batedor, ria da pequena falha da garota, a qual se irritou e bateu tão forte na vassoura dele que quase o fez cair, mesmo que tenha levado uma falta por causa disso. Pararam tão perto de onde Morgana estava, que ela pôde escutar parte da conversa dos dois.

— Treinando para o balé, Black? — ela falou, rindo.

Ao lado de Morgana na arquibancada estavam outros colegas, os quais estranhamente ela não falava mais, todos pareciam a ignorar. Vestia uma camiseta verde, imitando o uniforme de Pandora, com seu sobrenome e seu número cinco estampados, enquanto torcia incessantemente para a melhor amiga, a qual estava arrasando ao lado de Regulus, cada vez mais próximo de pegar o pomo. Aquele era o último jogo de quadribol do ano e o último que Pandora jogaria em Hogwarts, ela precisava que fosse perfeito. E foi.

A Grifinória estava na frente, com cento e dez pontos, mas foi a Sonserina quem pegou o pomo e ganhou o jogo com cerca de cento e setenta pontos, Morgana nem percebeu quando foi arrastada até o campo e pulou nos braços de Pandora, que pulava de animação como um canguru, além de Charlie, goleiro do time, que segurou a garota e a deu um abraço apertado em comemoração. Logo a taça surgiu e a Capitã do time, Pandora, a ergueu aos céus, recebendo gritos de aprovação.

Em meio ao transtorno de felicidade sonserina, a garota fugiu da multidão e começou a procurar James, que deveria estar chateado e ela sabia que poderia animá-lo. Quando chegou perto da tenda onde os jogadores ficavam, imediatamente chamou a atenção de James, que já vestido com roupas normais, a puxou para longe.

— Sinto muito que tenha perdido, Jamie. — ela sorriu, tentando consolá-lo. — Pode chorar no meu ombro, se quiser.

Ele riu.

— Tudo bem, pode rir. Eu deixo você rir de mim, Morgie. — brincou. — A Sonserina precisava mesmo de uma taça, só para variar.

— Potter! — berrou Morgana, em um falso tom de desaprovação.

E então como se não houvesse todo um mundo ao seu redor, seus lábios se tocaram de forma delicada, as mãos de Morgana pararam ao redor do pescoço de James e as dele, apertavam a cintura dela. Era bizarra a maneira em que os dois necessitavam estar juntos, era como se fosse respirar, sim, estar ao lado um do outro era como se respirassem pela primeira vez. Encostaram-se em uma das árvores próximas dali e riram quando se desequilibram a caíram ao chão, jogados na grama bem verdinha e que cheirava bem, a qual James tirou alguns resquícios do cabelo de Morgana.

Quando estavam prestes a juntar os lábios outra vez, perceberam que não estavam sozinhos, ali estavam Charlie Monarch, Severus Snape, Lucius Malfoy e uma contente Narcisa Black, parados lado a lado como se formassem um paredão. Cada um representava um tipo diferente de emoção, as quais Morgana não sabia de fato como lidar. Lucius estava se divertindo, Severus estava chocado, Charlie solidariamente apavorado e Narcisa não se importava o suficiente para sentir algo. Imediatamente Morgana e James se levantaram, ficando um ao lado do outro, enquanto eram encarados por aqueles que haviam acabado de chegar.

E claro, Morgana também apresentava uma emoção que ficara evidente, o medo. Soube daquele instante em diante que sua mãe ficaria ciente do acontecido e já prepararia uma forma de matá-los.

— Ora, ora, ora! — berrou Lucius. — Que coisa feia! Então o Potter e a Bouveair tem um casinho...

— Não vai dizer nada sobre isso, Monarch? — perguntou Narcisa. — Ela não é, tipo, sua noiva?

— Eu digo que vocês têm que sair daqui agora. — vociferou Charlie.

Surpreendentemente — para James —, ele falava com Lucius e Narcisa.

— Agora que o show começou? — perguntou o loiro. — Não. Vamos ficar.

— Malfoy, Black, parem com isso. — foi a vez de Severus falar. — Vamos sair daqui.

— Defendendo sua amiguinha do coração quando ela traiu a confiança do noivo? — riu Malfoy. — Vocês são todos da mesma laia, mesmo.

— Lucius, vá embora. — pediu Morgana.

Ele gargalhou.

— Não, já disse que não! Sua maldita sangu...— Lucius berrou, a confundido. — Vamos contar para sua mãe o que descobrimos. Ela vai adorar.

Sangue-ruim, era isso que ele iria dizer? Ele só poderia ter enlouquecido. Morgana o encarou com ódio nos olhos e caminhou até ele, sendo seguida por um protetor James. Não precisou nem usar a varinha, já era ameaçadora o suficiente sem ela e encarou o Malfoy com raiva, enquanto chegava cada vez mais perto dele.

— Você não vai fazer isso. — ela sussurrou. — Não vai. Sua barata nojenta, abominável e asquerosa, vai se arrepender.

— E você acha mesmo que tenho medo de alguém como você? Não mesmo. — ele riu. — O maldito covarde que chantageou você tinha, mas eu não tenho medo.

— Lucius, por favor. Já chega! — pediu Charlie. — Você é intragável de vez em quando.

— Já chega? Deveria estar bravo também, quando a sua garota traiu e mentiu para você!

— Ela não mentiu. — ele falou baixo. — Eu sabia de tudo. Satisfeito? Agora chega de show, sua doninha insuportável.

Malfoy pegou a varinha e tentou ameaçá-los, mas acabou saindo com pressa para dentro do castelo, onde provavelmente contaria para todos o que havia descoberto. James, que estava igualmente apavorado correu em busca dos amigos para lhes avisar do que havia acontecido e deixou Morgana sozinha com Charlie, o garoto andava de um lado para o outro, tentando pensar em algo que não os deixassem ferrados.

Mas era aquele, o destino inevitável deles.

INSOLENCE • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora