• trinta e um •

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CAPÍTULO TRINTA E UM
the passion

Confusão, pura confusão. Assim estava a cabeça de James, o qual pedia aos céus algum tipo de ajuda que o mostrasse que caminhos seguir. Se caso seguisse o caminho da omissão, Morgana jamais saberia sobre seus sentimentos, mas se resolvesse apenas falar a verdade, talvez pudesse saber o que se passava na cabeça daquela garota parada em sua frente. Por Merlin, ele sonhou com aquilo por noites, ouvindo Morgana falar que também estava apaixonada, que não conseguia o tirar da cabeça e mostrando que aqueles toques que haviam dado não eram mentira.

Poderia soar clichê, mas talvez funcionasse assim, você se torna um desesperado quando está apaixonado. Ansiando pelo toque de quem você ama. Amor? Talvez. Porque, afinal de contas, James e Morgana eram uma incógnita infinita, eram repletos de talvezes. E o amor não era assim? Uma pergunta sem resposta.

Sabia que seria egoísmo de sua parte contar a verdade, deixar que seus sentimentos sobressaíssem os problemas de Morgana, mas era inevitável. Ele apenas queria ter a chance de amá—la, de se apaixonar por ela perdidamente e não conseguir mais se ver nos braços de outra pessoa. Naquele momento, naquele armário de vassouras, Morgana era sua e James era dela.

— Morgana... Eu me lembro de tudo. — ele falou, sem rodeios. — Me lembro das brigas, me lembro da dança na neve, do beijo com gosto de chocolate quente. Eu me lembro de você contando sobre suas angústias, sobre sua obrigação. E me lembro do jeito que você olhou para mim naquela noite em que me deu o antídoto, porque, Morgana Bouveair, eu estou completamente apaixonado por você.

A garota ficou petrificada, sem reação, como se tivesse acabado de ver um Trasgo gigantesco passear pelos corredores. Estava certa de que teria uma resposta, mas não que seria aquela, não que teria em sua frente os sentimentos de James expostos. E então gargalhou, porque estava confusa, feliz e apaixonada, tinha tantas perguntas.

— Eu sei que você quer saber como descobri. — ele afirmou. — Foi uma coincidência. Vimos você e Pandora saíndo do Salão Comunal, seguimos vocês e então descobrimos o plano.

— Mas você tomou a poção...

— Foi tudo combinado. — James sorriu. — A poção estava perfeita, Pandora deve se orgulhar, mas o nosso antídoto também.

E então tudo pareceu fazer sentido para Morgana, que sempre desconfiou de James, do seu modo de falar, de agir com ela, aquele jeito sagaz e maroto que ele não agiria se estivesse verdadeiramente enfeitiçado. Mas ela não ficou chateada, ela estava nas nuvens, porque soube enfim que sua paixão era correspondida e então nada mais importou. Não o julgaria por mentir, não quando ela fez o mesmo.

— Está chateada? — o garoto perguntou. — Me desculpe, eu... não deveria ter mentido, mas eu não sou mais aquele James.

Morgana sorriu.

— Não, você é o meu James, meu pedacinho de paraíso. — sussurrou.

Não haviam pessoas em Hogwarts mais felizes que James Potter e Morgana Bouveair naquele momento, sentiam—se tão realizados, como se estivessem enfim em casa, verdadeiramente apaixonados e fascinados por saber que agora a verdade caía sobre seus colos.

Se encararam fixamente por longos segundos, aqueles segundos que permitiram James correr seus olhos pelo rosto de Morgana e apreciar cada detalhe existente nele. As borboletas no estômago de Morgana levantavam vôo como nunca antes, enquanto a garota observou com calma o jeito que o cabelo dele era rebelde, como seus olhos cor de avelã brilhavam contra a luz de velas.

Então, finalmente, suas bocas se tocaram ferozmente, num beijo que explodia em saudade, em desejo e agradecimento, por agora estarem ali. Os lábios macios de Morgana causavam êxtase em James, que abraçou—a em um movimento cheio de carinho, fazendo com que a garota se derretesse por inteira.

Ah, estavam tão apaixonados...

Os beijos já haviam se tornado cada vez mais exigentes, como se o corpo dos dois pedisse encarecidamente pelo toque um do outro, assim como eles próprios pediam. Morgana se sentou na pequena mesa que ali havia e puxou James para mais perto, fazendo com que ele ficasse mais colado nela, ansiando pela proximidade de suas peles. Ah, e como ela sentiu falta daquilo, do toque e da proximidade, dos beijos quentes que só eles conseguiam dar.

James sabia que se não fosse o resto, ele passaria a vida inteira apenas beijando Morgana e nunca reclamaria. A garota possuía um cheiro doce, mas não como flores, flores pareceriam muito comuns comparadas com ela e Morgana nunca seria comum, não aos olhos dele. Encarou—a por alguns segundos e deleitou—se com a beleza que ela possuía, beleza aquela que era apenas dele naquele momento.

Ela sentiu algo dentro dela ferver quando as mãos de James escorregaram por dentro de seu vestido, que já não continha tantos botões assim fechados, era um toque suave que apalpava sua cintura nua com força. Morgana prendeu—se aos cabelos escuros dele quando sentiu os lábios de James deslizarem delicadamente por seu pescoço e soltou a respiração que nem sabia que estava segurando.

Logo as mãos ágeis de James se encaminharam para outras partes do corpo de Morgana, nas quais ele estava extremamente contente por explorar e ela também. Naquele instante, não havia vergonha, nem algum pingo de insegurança, porque ambos sabiam que poderiam jamais ter pensado que estariam juntos nessa situação, mas sentiam como se esperassem aquilo por séculos.

Séculos ansiando o toque um do outro.

Não era como se nunca tivessem feito aquilo, mas aquela era a primeira vez em que estavam um com o outro e verdadeiramente apaixonados.

Gemeu silenciosamente quando sentiu o toque da mão dele em sua intimidade, enquanto fazia movimentos circulares que instigavam cada vez mais a sanidade de Morgana, que em certa altura, poderia implorar por ter os dedos dele dentro dela, por ter ele dentro dela. E James sabia disso, mas decidiu que faria com que aquele momento durasse o máximo possível, tanto para ele, quanto para Morgana, principalmente para ela.

E ela só notou que os toques haviam sido parados quando olhou para onde James estava, ajoelhado na frente dela e tirando delicadamente a roupa que ali sobrara, definitivamente a levando à loucura. Ali ajoelhado, na frente dela, ele continou com os toques e dessa vez, com um de seus dedos entrando lentamente dentro dela, causando arrepios de desejo em Morgana.

Morgana mordeu o lábio inferior fortemente quando passou a ter os lábios dele em sua intimidade, fazendo um trabalho excelente, que arrancou gemidos baixos e desesperados por mais. Suas mãos agarraram a mesa e ela arqueou involuntariamente o quadril para frente, o que tornou mais fácil o trabalho de James.

— James... — sussurrou. — James...

— James mais, James pare, ou James por favor? — ele perguntou.

— James, por favor...

Aquela coisa que ferveu dentro dela parecia querer explodir, como quando a gasolina encontra o fogo, era assim que ela se sentia com James. Os gemidos se tornaram mais altos e ela tentou evitá—los, mas era impossível, ela queria gritar de prazer só de olhar para James, que parecia estar extremamente determinado ao trabalho que estava exercendo, fazendo movimentos com a língua nos quais Morgana nunca havia sentido e estava gostando.

Ela chegou ao ápice logo depois que sentiu mais dedos a tocarem e soltou um gemido prazerosamente exausto, enquanto sua mão agarrava fortemente a mesa. Precisou de alguns segundos de respiração descompassada para recuperar o fôlego, enquanto encarava profundamente James, na qual ela nunca quis tanto agarrar os lábios e não soltá—los nunca mais. Se não fosse por muitas batidas frenéticas na porta, o resto de suas roupas já estariam ao chão.

— Oi? Morgana? Tá aí? É hora de jogar verdade ou consequência. — Dora berrou do outro lado da porta.

Foi como um choque de realidade, perceberam então que aquilo não havia sido imaginação, era pura verdade. Riram como se não houvesse amanhã, enquanto Morgana se vestia rapidamente, fechando alguns botões do vestido com a ajuda de James.

— O que faremos agora? — perguntou ela, o encarando.

— Eu não faço a mínima ideia. — respondeu. — Farei o que você quiser.

— O que você está fazendo com a minha cabeça, garoto?

INSOLENCE • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora