• quarenta e sete •

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CAPÍTULO QUARENTA E SETE
the one

O clarão do sol fez arder os olhos de Morgana, quando percebeu que havia acordado. Ao seu lado, na cama estava apenas o vazio, mesmo que James tivesse deixado o lençol desarrumado e seu cheiro impregnado no travesseiro, o qual ela abraçou antes de forçar-se a levantar. Aquele ainda era o quarto dela, o que ficava em sua casa pequena, mas no dia seguinte, ela não viveria mais ali. Abriu a porta com cuidado, tentando não fazer barulho, mas acabou dando de cara com Alma Sevier, com os cabelos loiros iguais o de Morgana presos no alto. A mulher caminhou até ela e a puxou para a mesa, oferecendo um café da manhã rico de frutas e pãezinhos. Na sala, estirada no sofá, estava Pandora, os pés esticados enquanto Evangeline lhe ajudava a pintar as unhas, já que para um milagre, ela usaria sapatos altos e abertos.

— Achei que iriam me acordar. — comentou Morgana, enquanto devorava uma cestinha de morangos.

— Mas você estava tão bonitinha dormindo. — riu Pandora. — E estamos dentro do horário. Eva estava até dizendo que ela se atrasou, mas nós estamos adiantadas.

— Quis que tudo fosse perfeito. Por isso acordei mais cedo e ajudei Dora a se arrumar. — falou Alma. — James saiu antes do sol, mas eu o vi parado no batente da porta olhando você por longos minutos. Deixou flores espalhadas pela casa toda.

Morgana sorriu.

— Que lindo. — Evangeline sorriu e falou com seu sotaque pesado. — Meu marrido poderria fazerr isso também. Serria rromântico.

— Seu marido aprendeu francês só para falar os votos do casamento, por Merlin, Evangeline, ele também é romântico. — Morgana gargalhou.

— Acho que só o maldito Sirius não ousa nem me pedir em casamento. — Dora revirou os olhos. — Não que eu esteja desesperada, é claro. Eu também poderia pedir ele em casamento, mas eu aposto que...

— Você e ele apostam muitas coisas. — Morgana comentou. — Poderiam simplesmente apostar quem pede o outro em casamento primeiro.

— Isso seria muito simples, eu ganharia. — suspirou. — Nossa porcaria de personalidade é durona demais. Não seria exagero dizer que o mundo treme quando estamos juntos. E não da forma boa que é com você e James, somos brutos.

— E é porr isso que deverriam se casarr. — disse Evangeline.

— Antes eu diria que vocês eram opostos, mas agora eu sei que são irredutívelmente iguais. Por isso demoraram tanto tempo para aceitar que se amam. — Morgana sorriu de lado. — Nem quero imaginar como seriam seus filhos.

— Forças da natureza. — ela piscou. — Mas hoje não é meu casamento, é o seu. E nós temos que arrumar você.

— Vamos usar magia, eu ficarei pronta em dez minutos. — ela riu.

— Não, não vamos, eu quero fazer seu cabelo. Do jeito que minha mãe fez o meu quando me casei. E do jeito que você vai fazer com sua filha, ou filho. — disse Alma. — Ande logo, tome um banho e se prepare para passar o dia todo se arrumando.

— E onde é que a outra madrinha se meteu? — perguntou Morgana, desconfiada.

— Mavena bebeu cervejas amanteigadas até cair ontem na sua despedida de solteira. — Pandora gargalhou. — Eu quase morri de rir quando ela chamou o Caldeirão Furado inteiro para dançar ABBA, eles nem conheciam essa banda trouxa... Essa maluca vai chegar daqui a pouco, Morgie, não se preocupe.

— Sabe, por mais que eu respeite o jeito bruxo de fazer as coisas, os trouxas usam uma coisa chamada telefone e se comunicam mais rápido do que com cartas. — comentou Alma. — Eu sei que o marido da sua irmã tem um em casa, eu ligo e pergunto.

INSOLENCE • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora