• treze •

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CAPÍTULO TREZE
howler

Morgana acordou com a chegada de sua coruja de penas brancas em seu dormitório, Farol trazia consigo uma carta de papel branco e selo roxo, com o brasão da família Bouveair. A garota imediatamente abriu, mas se arrependeu quando percebeu que era na verdade um berrador, vindo de sua mãe.

MORGANA ROSE BOUVEAIR! COMO SE ATREVE A NAMORAR AQUELE GAROTO? SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO PROBLEMAS E A CULPA É TODA SUA! EUPHEMIA POTTER ME MANDOU UMA CORUJA, PARABENIZANDO-ME PELO NAMORO DE NOSSOS FILHOS! — berrou a voz irritante de Seline Bouveair.

Morgana olhou para o lado e notou que sua melhor amiga, havia acordado por conta dos gritos. Pandora tentou controlar o riso, mas acabou gargalhando alto. A garota ainda não entendia como a mãe poderia saber de toda essa história.

VOCÊ NÃO PODE NAMORAR UM TRAIDOR DE SANGUE COMO ELE, ENTENDEU? — a garota suspirou. — NÃO MANCHE O NOME DA NOSSA FAMÍLIA, GAROTA! ESPERO QUE ESTEJA ENVERGONHADA DAS SUAS ATITUDES!

A loira assentiu com a cabeça, mesmo sabendo que a mãe não poderia ver.

Ah, aliás, você está acima do peso, querida, coma menos. Não arranjará um marido se não puder montar uma vassoura sem quebrá-la ao meio.

Então o berrador se rasgou em centenas de pedaços que rapidamente viraram cinzas, Morgana estava completamente confusa. James havia inventado uma mentira de que os dois estavam namorando? E por quais motivos ele faria isso? Ou, como a mãe de James tivera a coragem de mandar uma coruja parabenizando os Bouveair pela união?

A loira se arrumou em minutos e logo estava no salão comunal, esperando para o café da manhã e o momento em que poderia azarar James Potter por ter inventado um namoro entre os dois. Quando olhou para os lados, percebeu que estava cercada por outros alunos, Severus e seus amigos, Avery e Mulciber, nos quais Morgana sabia que faziam parte dos Comensais da Morte.

— Ah, oi, Sev! — abraçou o amigo. — Avery, Mulciber.

— Como vai, Bouveair? — perguntou Avery, parecia nervoso com a presença da garota. — Soube que você e o Monarch estão namorando... ou não?

A garota revirou os olhos e nem sequer respondeu, afinal, ela também não sabia a resposta.

— Nem tente, Avery. Você não faz o tipo da Morganinha. — uma voz conhecida apareceu. — Beleza, Bouveair?

— Oi, Crouch. — a loira sorriu.

Barty Crouch Jr. era com certeza, um aliado de Voldemort, a garota sentia um ar de insanidade vindo dele, mas não sentia medo. O mais novo se retirou sorrateiramente e logo Morgana fez o mesmo, encontrando a amiga à caminho do Grande Salão. As duas comentaram sobre o berrador de Seline Bouveair durante todo o caminho e se sentaram uma ao lado da outra na mesa de sua casa.

Toda aquela mesa de comida enjoou Morgana, que resolveu tomar apenas um suco de abóbora e nem sequer teve vontade de tocar na comida depois do que sua mãe disse.

— Eu sei, Dora! Ele também está me dando nos nervos! — contou Morgana. — Mas está enfeitiçado, não é culpa dele. Aliás, já pegou o antídoto?

— Não consegui! — revirou os olhos. — Slug não relaxa na segurança do armário de ingredientes. A não ser...

Pandora olhou pensativa para a sua comida e seus olhos brilharam, estava claramente criando um plano.

— A não ser quando ele não pode ficar de olho, quando está ocupado demais, Morgana! — a morena sorriu convencida. — Na festa de Ano Novo!

— Pandora! — brincou. — Finalmente uma ideia boa!

Pandora riu e as duas garotas saíram da mesa.

Mais tarde, após o término das aulas, um grupo estava sentado à sombra de uma árvore. Morgana, Pandora e Severus discutiam sobre a aula de Poções e como realizarem o antídoto para a Amortentia.

— O que me diz, Príncipe Mestiço? — questionou Morgana.

A garota se levantou e começou a rodopiar como uma bailarina na frente dos amigos, que riram.

— Será que eu vou passar o resto da vida com o Potter Pirado na minha cola?

— Aquele traidor de sangue nojento! — exclamou Severus. — Está tão afim de você.

Morgana deu um último pulinho no ar e encarou o amigo.

— Ele é um nojo! — Morgana revirou os olhos. — Mas não é culpa dele.

— E está vindo até aqui. — comentou Pandora. — Com o Lupinzinho e... Ugh... o Black.

Morgana olhou para trás e percebeu que os Marotos caminhavam até eles, James Potter usava vestes parecidas com as trouxas e o cabelo, despenteado como sempre.

— Lupinzinho! — Pandora sorriu, cumprimentando os garotos. — Potter Pirado, aquele-cujo-o-nome-não-me-importa e, ah, claro! Sirius Black!

O garoto revirou os olhos, provavelmente ainda chateado com a perda no último jogo de quadribol.

— Gostei da camiseta. — a garota riu, apontando para James. — Música trouxa, então? Os Beatles... francamente...

— Não gosta deles? — o Potter perguntou.

— É claro que gosto! — berrou Pandora, ofendida. — Música excepcionalmente boa para um bando de trouxas.

— Tão bons quanto a Witched Floyd. — comentou Morgana, chamando atenção.

James virou-se para a garota com um sorriso apaixonado.

— Morgan...

— Potter! — berrou. — Seu babaca! O que você falou para sua mãe?

— Que nós estamos namorando. — Potter riu.

— Mas não estamos! — Morgana revirou os olhos. — E graças à sua mãe, eu recebi um berrador hoje cedo! UM BERRADOR! Não faça mais isso, ou ela é capaz de me lançar uma Maldição Imperdoável.

— Não foi nada legal. — comentou Pandora.

— Me desculpe, Morgana. — disse o garoto. — Me perdoe, tudo bem?

A loira bufou, por um lado, sabia que tudo aquilo não passava do efeito da poção que ela mesma havia concordado em fazer.

— Okay, Potter, okay. — suspirou Morgana. — E é Bouveair.

— Então vai comigo à Hogsmeade? No próximo final de semana.

Dessa vez, o berro veio de Severus Snape, visivelmente irritado.

— Ela não vai à lugar algum com você, seu... traidorzinho de sangue! — Snape vociferou. — Entendeu?

— Eu não preciso que você decida com quem eu saio ou não, Sev. — ela falou. — Posso fazer isso sozinha.

— Ah, o Ranhoso ficou bravinho. — brincou Sirius. — O que acha de fazermos de novo aquela brincadeira, huh? Você sabe... na casa dos gritos. Dessa vez, sem James pra te salvar.

Severus arregalou os olhos, mas se manteve firme.

— Do que ele está falando, Sev? — perguntou Morgana, preocupada.

— Nada. — contou. — Nada, Morgie, ele só fala bobagens.

— Sirius! — berrou Remus, bravo. — Já chega, vamos embora!

Lupin encarou Severus, como se pedisse desculpas, mas não foi correspondido.

— Você vai, não é? — perguntou Potter.

— Se for pra fazer você parar de me infernizar, sim. — Morgana falou. — Mas não pense que é um encontro!

INSOLENCE • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora