Capítulo 6

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— Já tô aqui Duda. 

— Ta bom, tô saindo.

Arturo esperava o amigo sair da escola encostado no carro de braços cruzados, olhando para o chão. 

O relógio marcava uma e meia da tarde.

levantou a cabeça quando ouviu o barulho do portão de ferro abrindo e de lá saiu seu amigo e ele logo destravou o carro.

— Boa tarde delegado —

 Disse simples ao passar por ele, entrando no carona.

— Boa professor. 

disse sério dando partida no carro.

— Estou morto de fome, tomara que a dona Dulce tenha feito lasanha. 

disse guardando a bolsa e alguns materiais que tinha na mão no banco de trás. 

— Fez, foi uma das primeiras coisas que falou quando eu e os meninos chegamos.

disse fazendo uma curva. 

— Delícia, vou dar um beijão nela. — disse ao virar para o amigo — a gente também precisa passar no supermercado para fazer as compras do mês.

falou olhando para o amigo que fez que sim com a cabeça. 

— Conseguiu fazer tudo direitinho sem mim, hoje pela manhã? 

falou se gabando, se referindo ao fato do mais velho ter ficado com as crianças sozinho.

— Muito pretensioso Dudinha — falou passando a vista no amigo que revirou os olhos pelo apelido infantil — mas eu domei as feras. 

Falou rindo de lado e aquele sorriso que tanto Eduardo via, era seu preferido. 

— Nós somos casados e você é pai dos meninos. 

falou em um rompante e o outro o olhou com os olhos arregalados e com uma expressão de questionamento.

— Como assim Arturo? 

— Ah, uma mulher lá do prédio ficou enchendo minha paciência e associou você ao babá dos meninos — falou sério — ai eu disse pra ela que você não era babá, mas sim pai. — falou simples, como se aquilo fosse a coisa mais normal a se fazer. 

— Meu Deus, estou casado e não sei, eu não espera dessa forma, sou romântico. 

falou Edu fingindo indignação. 

— Estamos, e acredito que não será apenas ela a saber— falou ao amigo— eu vou passar na farmácia antes, porque o médico receitou uns remédios para a mamãe e ela me deu a receita. 

mudou de assunto de forma espontânea.

— Tem que comprar frauda, o Bento não se deu com essa marca que estamos usando. —falou.

disse olhando para o mais velho que retribuiu o olhar já que pararam em um sinal. 

— Agora Arturo sabe que essa sua falta de paciência é excessiva, porque não respondeu a pobre mulher direito.

Se referiu ao que o amigo falou sobre estarem casados.

— De novo isso? sério — Falou Arturo já impaciente — eu não sou obrigado a ficar dando detalhes sobre a nossa vida. 

— Ta vendo, nem sei como sou seu amigo. 

— Melhor amigo e porque você me ama — falou seguindo viagem depois do sinal ter ficado verde.

SEMPRE FOI VOCÊ - ROMANCE GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora