— Já tô aqui Duda.
— Ta bom, tô saindo.
Arturo esperava o amigo sair da escola encostado no carro de braços cruzados, olhando para o chão.
O relógio marcava uma e meia da tarde.
levantou a cabeça quando ouviu o barulho do portão de ferro abrindo e de lá saiu seu amigo e ele logo destravou o carro.
— Boa tarde delegado —
Disse simples ao passar por ele, entrando no carona.
— Boa professor.
disse sério dando partida no carro.
— Estou morto de fome, tomara que a dona Dulce tenha feito lasanha.
disse guardando a bolsa e alguns materiais que tinha na mão no banco de trás.
— Fez, foi uma das primeiras coisas que falou quando eu e os meninos chegamos.
disse fazendo uma curva.
— Delícia, vou dar um beijão nela. — disse ao virar para o amigo — a gente também precisa passar no supermercado para fazer as compras do mês.
falou olhando para o amigo que fez que sim com a cabeça.
— Conseguiu fazer tudo direitinho sem mim, hoje pela manhã?
falou se gabando, se referindo ao fato do mais velho ter ficado com as crianças sozinho.
— Muito pretensioso Dudinha — falou passando a vista no amigo que revirou os olhos pelo apelido infantil — mas eu domei as feras.
Falou rindo de lado e aquele sorriso que tanto Eduardo via, era seu preferido.
— Nós somos casados e você é pai dos meninos.
falou em um rompante e o outro o olhou com os olhos arregalados e com uma expressão de questionamento.
— Como assim Arturo?
— Ah, uma mulher lá do prédio ficou enchendo minha paciência e associou você ao babá dos meninos — falou sério — ai eu disse pra ela que você não era babá, mas sim pai. — falou simples, como se aquilo fosse a coisa mais normal a se fazer.
— Meu Deus, estou casado e não sei, eu não espera dessa forma, sou romântico.
falou Edu fingindo indignação.
— Estamos, e acredito que não será apenas ela a saber— falou ao amigo— eu vou passar na farmácia antes, porque o médico receitou uns remédios para a mamãe e ela me deu a receita.
mudou de assunto de forma espontânea.
— Tem que comprar frauda, o Bento não se deu com essa marca que estamos usando. —falou.
disse olhando para o mais velho que retribuiu o olhar já que pararam em um sinal.
— Agora Arturo sabe que essa sua falta de paciência é excessiva, porque não respondeu a pobre mulher direito.
Se referiu ao que o amigo falou sobre estarem casados.
— De novo isso? sério — Falou Arturo já impaciente — eu não sou obrigado a ficar dando detalhes sobre a nossa vida.
— Ta vendo, nem sei como sou seu amigo.
— Melhor amigo e porque você me ama — falou seguindo viagem depois do sinal ter ficado verde.
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SEMPRE FOI VOCÊ - ROMANCE GAY
RomanceQuando duas pessoas que já se conhecem a anos descobrem que o que sentem um pelo outro vai além do sentimento de amizade. Quando a relação que construíram é mais solida que muitos relacionamentos efêmeros vistos por ai. Eles apenas não se dão conta...