Capítulo 2

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— Não dona Dulce, a senhora vai sim, já liguei para seu filho que disse que em dez minutos ta chegando, a senhora vai ficar bem gata e vai sim.

— Mas meu filho, ficar gata para ir ao médico? 

Perguntou a senhora ao mais novo, enquanto o mesmo organizava a bolsa dos bebês para esperar o mais velho, os anjinhos como ele se referia as crianças estão acomodadas em suas respectivas cadeirinhas só aguardando o pai.

— Claro que sim! vai que o médico seja um coroa gato? 

Perguntou virando-se para ela com as mãos na cintura.

— Mas menino e eu tenho idade pra isso, estou velha.

Falou a senhora rindo do jeito leve e engraçado do Eduardo.

— Não aceito isso não dona Dulce, espere. 

Falou, guardando o último item na bolsa e indo até a senhora.

— Não diga isso não viu, nunca é tarde pra um novo amor, a senhora é linda por dentro e por fora. 

Falou abraçado a senhora que se emocionou, tamanha doçura e carinho do mais novo.

— Você é tão especial meu bem, és lindo por fora e por dentro também, tens uma alma linda.

Falou agora com a mão de cada lado do rosto dele.

— Olhe não fale assim viu, se não eu choro. 

Disse com os olhos rasos de lagrimas.

— Bem que o Arturo fala que você é uma manteiga derretida.

constatou já limpando as lagrimas dele.

— Eu não, seu filho que é um coração de pedra.

falou afoite e divertido, deixando a senhora de lado e indo ver os bebês, é sim uma manteiga derretida, mas odiava esse fato.

— Água mole pedra dura, tanto bate até que fura. 

Disse ao passar por ele indo abrir a porta já que a campainha tocou.

Eduardo acompanhou a senhora com um olhar interrogativo, não tinha entendido, mas a senhorinha era sábia.

Ao abrir a porta deparou-se com o mais velho, ainda com a blusa com o simbolo da PF.

— Ta vendo, disse a senhora, vá se arrumar e ir ao médico, já sabe a dica.

falou Eduardo, já com a bolsa dos bebês sobre os ombros e indo em direção à porta, onde o mais velho beijava a cabeça da senhora.

— Dica de que? 

Falou indo em direção aos bebês, olhando de mim para a mãe.

— Dona Dulce vai no medico e eu disse para ela...

— As besteiras que o Duda fala meu filho.

Falou a senhora desviando a conversa e acrescentando o apelido que Eduardo fingia não gostar.

— Imagino as besteiras, Duda não cresce.

Pegou as cadeirinhas um em cada mão.

— Você que cresceu de mais Tutu.

disse e correu para fora, sabia que o mais velho de verdade não gostava de ser chamado dessa forma na frente das pessoas.

— Tchau dona Dulce, amo a senhora.

Dona Dulce rio e Arturo apenas balançou a cabeça em sinal de " não cresceu mesmo".

— Tchau meu filho, tome cuidado no caminho, os dois já estão alimentados e vão dormir bem agora pela tarde.

SEMPRE FOI VOCÊ - ROMANCE GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora