34. Justo Com Ela?

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A terça-feira era um dia mediano na semana. Não era nem segunda para eu estar com vontade de voltar ao domingo, mas não era sexta para desejar o sábado. Era apenas um dia comum que fazia eu lembrar que a semana estava apenas começando.

E a julgar que o meu professor de Neuropsicologia já começara a planejar o trabalho do semestre nas primeiras aulas, foi um balde de água fria atrás do outro.

Mas curei a ansiedade quando vi minha professora de Psicopatologia entrar na sala. Aquela com certeza era uma das minhas matérias favoritas. E eu me animei ainda mais quando Cinthia começou a introduzir o estudo dos transtornos psicológicos porque era um assunto que chamava muito a minha atenção, por isso mal vi o tempo passar de tanto que prestei atenção na aula.

No final da aula eu saí da sala e dei de cara com Andreia, que me esperava na porta. Ela me olhava com um sorriso levemente culpado.

— Apareceu a margarida. — digo fingindo estar séria, mas era impossível não sorrir ao olhar para ela e reparar nas trancinhas que seus cabelos carregavam.

— Desculpa não ter avisado a minha falta, tive que ir resolver algumas coisas com a minha mãe. — Andy explica.

Suavizo as expressões e sorrio levemente, concordando com a cabeça.

— Tudo bem amiga, não precisa se preocupar. — asseguro e então entrelaço meu braço no dela e começamos a andar até o refeitório. — Vai almoçar com a gente?

— Vou sim. — ela concorda enquanto anda ao meu lado. — Como estão as coisas entre você e o Lucas?

— Estão indo muito bem. 'Tô muito feliz, parece até um sonho. — confesso e sorrio levemente envergonhada. — Ele é muito perfeito amiga, às vezes me questiono se realmente mereço alguém como o T3ddy. — murmuro.

— Ué, mas é claro que merece Cris. Vocês se complementam de uma forma tão palpável que é IMPOSSÍVEL não olhar para os dois e sentir uma conexão. — Andreia comenta e eu olho pra ela.

— Sério?

— Claro que sim. Esses dias eu e a Tati estávamos conversando justamente disso. Parece que vocês se conhecem há muito tempo. É muito doido porque quando ele te olha, a gente sente o amor. — ela continua e eu sorrio levemente surpresa.

Era claro que, eu sentia tudo isso. O meu amor por Lucas era muito grande e incrivelmente forte, apesar do pouco tempo, mas era surpreendente que outras pessoas pudessem ver isso.

Intimamente, eu acreditava muito em energias e conexões entre as pessoas, e sempre que assistia um filme de romance, ficava admirando o amor dos personagens e pensava que aquilo jamais aconteceria comigo, que seria impossível alguém me amar daquela forma.

E no presente momento, depois de conhecer Lucas e ser correspondida, finalmente sentia que aquele poderia existir e apesar das minhas inseguranças, tudo estava indo perfeitamente bem.

— Desse jeito você me deixa sem graça. — comento rindo levemente.

— Não senhora, nada de ficar assim. Mas então, e o trabalho? Tudo bem também? — ela prolonga o assunto.

Conforme íamos caminhando, ia contando a ela sobre o trabalho, até que chegamos na mesa. Estranho o fato de ela estar parcialmente vazia, com exceção da presença de Geovana, Tatiana, Pedro e Gabriel.

Me sento ao lado de Geo.

— Oi gente. — digo colocando a bolsa encima da mesa.

— Oi amor, como você 'tá? — Pedro pergunta animado e eu rio levemente.

E De Repente, Era Amor - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora