79. A Noite de Natal

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Finalmente a véspera de natal havia chegado e todos estavam animados para as festas. Apesar de ter acordado cedo (lê-se 7:00 da manhã, NAS FÉRIAS) ainda assim me mantive animada e deixei o mau humor de lado para ajudar Geo e Pedro na cozinha.

Os outros meninos trabalhavam na árvore de natal (a qual decidiram montar de última hora, com a desculpa de que natal sem árvore enfeitada não era um natal completo) e eu apenas concordei desde que não fizessem muita bagunça, o que obviamente não foi atendido e vez ou outra eu escutava gargalhadas e logo aparecia um dos três enrolados em pisca-pisca, bolinhas coloridas ou com estrelas grudadas nas roupas, o que causava risadas em mim, e Geovana e Pedro também não escapavam das boas risadas. O clima estava ótimo e acompanhado de músicas alegres que percorriam toda a casa através das caixas de som na sala. De um lado minha amiga preparava a farofa, do outro Kwon preparava os temperos do frango.

Naquele dia Caio havia tirado a folga mas depois Geovana me contara que tinha convidado ele para jantar conosco e eu achei bom. Imaginava a dificuldade que era passar o natal longe dos pais. O que inclusive me fizera parar para pensar diversas vezes enquanto cortava os legumes da maionese.

Era o meu primeiro natal longe dos meus pais e a saudade apertava mais uma vez, porém eu logo espantava a vontade de chorar e voltava ao que estava fazendo. Sabia que mais tarde poderia falar com eles pelo telefone e aquilo me aliviava.

Assim que terminei de preparar a maionese, coloquei a travessa na geladeira com o maior cuidado e quando fecho a porta levo um susto quando vejo meu namorado ali atrás.

— Que susto amor. — indago colocando a mão sobre o peito onde conseguia sentir meu coração acelerado.

— Desculpa, não quero te atrapalhar. — ele diz com um sorriso no rosto e vejo que ele escondia algo atrás das costas. O olho desconfiada.

O jeitinho que ele sorria dava as suas expressões um ar maroto e perceber aquilo fez meu sorriso aumentar gradativamente.

— O que você tem aí atrás? — questiono curiosa.

— Ah, eu trouxe uma flor para outra flor. — Lucas diz e me entrega um cachinho com florzinhas amarelas. Sorrio largo e mordo o lábio inferior, dando um selinho nele logo em seguida, enquanto meus braços circulam seu pescoço.

— Obrigada amor, são lindas. E se parecem com as que vi no jardim ali fora. — digo fingindo um tom de repreensão. — Mas eu adorei. — acrescento e faço um carinho em sua barba rala com a mão vaga, me perdendo em seus olhos castanhos por longos segundos.

Logo ele me dá outro selinho e sai da cozinha, Pedro me olha com um sorriso no rosto. Acabo sorrindo sem graça.

— O que aconteceu?

— Eu gosto de ver vocês dois juntos. — ele comenta simples e sorri, voltando a preparar o frango.

— Eu já terminei a minha parte. Alguém quer ajuda? — questiono enquanto levo os utensílios que eu havia usado para preparar a maionese até a pia e começo a lavar aquela louça. Assim que termino, seco as mãos.

— Acho que todos terminamos Cris. — Pedro diz enquanto embrulha a travessa do frango com papel alumínio e deixa na geladeira também.

Olhei para o relógio e constatei que eram 11:28 da manhã. Meu estômago já estava vazio e com fome, mas como todos combinamos de esperar pela ceia, a única opção era beliscar algumas bolachas que Geovana havia trazido das compras de ontem. 

— Hm... Ainda preciso de ajuda para escolher a roupa, vocês me ajudam? — Geovana diz e eu concordo de imediato, mastigando o biscoito que estava na minha boca.

E De Repente, Era Amor - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora