66. Inesperado

500 38 84
                                    

[...]
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

— Você tá sentindo alguma dor? — Tatiana me questionou assim que eu me sentei na cama.

Sentia minhas pernas moles e sentia que a qualquer momento eu desmaiaria pela fraqueza. Naquele instante todo mundo já estava acordado e eu me sentia levemente culpada por preocupar todos.

— Nenhuma dor. Só me senti enjoada e não consegui segurar. — expliquei.

— Aqui, um copinho de água amiga. — Gabriel voltou para o quarto.

Segurei o copo com as duas mãos e bebi todo o conteúdo, respirando fundo quando acabei. Encaro minhas amigas enquanto Gabe se sentava ao meu lado.

— Você quer ir no hospital? — Geovana questiona.

— Não é necessário, eu já melhorei. Juro. — comento.

— Tem certeza? O hospital é pertinho, se você quiser podemos ir. — Andy acrescenta e eu nego novamente.

— Acho que eu só preciso dormir mesmo. Amanhã amanheço melhor, deve ter sido alguma coisa que eu comi agora a noite. — murmuro já voltando a me deitar e me cobrir.

Fechei os olhos e logo o silêncio se fez presente no quarto. Enquanto não pegava no sono, fiquei cogitando milhares de causas para aquele enjoo, mas não cheguei a qualquer conclusão já que eu dormi antes que isso acontecesse.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
[...]
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Acordei no dia seguinte com um cutucão no braço. Uma voz baixinha me chamava e eu apenas a ignorei, até que ela voltasse a me chamar, me obrigando a abrir os olhos.

Encarei o rosto da pessoa por longos segundos até reconhece-la. Quando o faço, arregalo os olhos e me sento na cama.

— Lucas? Amor, o que você 'tá fazendo aqui? — questiono rapidamente e espantada.

— Cheguei de Ribeirão agora, passei em casa e vim direto pra cá. — ele comenta e percebo a felicidade estampada em seu rosto.

Aquele simples fato fez meu coração se tranquilizar por completo. Me permito abraçar ele bem apertado, e pude reparar no quanto sentia falta daquele corpo perto do meu. Deixo um beijo em sua bochecha e me afasto.

— E o pessoal? — questiono.

— Estão lá embaixo tomando café. — T3ddy explica e eu aceno com a cabeça.

— Você já comeu? — pergunto curiosa.

— Comi um pão de queijo no aeroporto, mas confesso que me senti assaltado depois de pagar a conta. — ele comenta e eu acabo rindo.

— Realmente, a comida de lá é muito cara. — afirmo e vejo quando ele se senta no colchão. — Você ainda vai pra aula hoje?

— Apesar de eu só pensar em deitar e dormir por dois dias, preciso ir. Hoje um professor vai entregar a nota de um teste importante. — Lucas explica.

— Entendo bem. — respondo o olhando.

Lucas parecia tão mais feliz e renovado que tive certeza de que a viagem até a casa dele havia sido ótima.

— Depois preciso saber sobre a sua viagem, mas antes preciso me arrumar. — volto a dizer a medida que me levanto.

— Eu senti tanto a sua falta. — Lucas comenta com um risinho pequeno nos lábios e passa a me encarar.

Apesar de estar acostumada com tantas demonstrações de afetos, eu sorrio e dou um pequeno pulo pra cima dele. Acaba que nós dois caímos encima da cama rindo.

E De Repente, Era Amor - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora