[15] Raiva deste rapaz

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Alexander foi-se embora com um ar satisfeito, enquanto que Roselyn olhava para Adam com a expressão: "quero uma explicação já!", mas Adam estava demasiado furioso com o que se passara que nem olhava para ela.
Andava de um lado para o outro sem parar e quando se decidiu sentar num banco do bar, olhou finalmente para Roselyn. Nesse momento, ela começou a bater o pé como uma criança quando está aborrecida, porém Adam não deu importância a esta atitude infantil.

- É melhor ires para a aula, eu tenho assuntos para resolver aqui. Depois falamos.

- Adam, eu sou tua namorada e tenho direito a saber o que se passou aqui! O que é que tu e esta vagabunda andaram a fazer?! - olhou para mim com desprezo e nojo e quando eu já me ia dirigir a ela, Adam pôs-se no meio de nós e disse-lhe, aparentemente calmo:

- Roselyn, se tu ficares aqui só haverão mais problemas... Podes, por favor, ir à tua vida e depois eu falo contigo com mais calma?

- Adam, se tu não saíres daqui comigo, eu acabo contigo aqui e agora. Estou farta que me vejas como um objeto e que não me trates como eu mereço. Estou farta de te dar tudo de mim e tu não fazeres nem um esforço para me valorizar. Por isso, a decisão é tua: ou ficas com esta estúpida, ou vens comigo para as aulas.

- Olha lá, mas o que eu conheço-te de algum lado para me falares assim? Voltas a dizer alguma coisa a meu respeito e ficas sem dentes! - avisei.

- Aí é? Então manda vir, garota! - Roselyn incitou que se começasse ali uma briga feia, contudo a Aurora estava lá e puxou-me a tempo para eu não lhe dar uma chapada na cara.

Adam agarrou em Roselyn pelo braço e foi falar com ela para um canto mais reservado do bar. Sentaram-se e Adam punha imensas vezes a mão a "segurar" a testa como se fosse uma forma de pensar melhor no que ia dizer. Roselyn via-se que estava ansiosa pelo facto de a perna esquerda não parar de tremer. Ao fim de 15 minutos a falar, Roselyn pegou nas suas coisas e foi-se embora a conter as lágrimas. Quando isto aconteceu, Aurora já não estava comigo, pois tinha ido para a sala, porque tinha tocado à aparentemente 20 minutos e estávamos super atrasadas. No entanto, eu quis ficar, ver o que é que aquela conversa ia dar e exigir explicações ao Adam sobre o que raio se tinha passado entre ele e o Alexander.
Adam levantou-se da cadeira e dirigiu-se a mim.

- Como estás? O Alex tentou magoar-te? - inquiriu com uma expressão preocupada e uns olhos meigos.

- Nada disso, ele só me veio informar que sabia do que se tinha passado connosco e que eu devia ter cuidado e mais umas cenas estúpidas...

- Que cenas estúpidas? - questionou.

- Só que eu não me devia apaixonar por ti e que tu eras uma pessoa perigosa e mais umas cenas sem sentido nenhum... Gostaria de saber porque é que ele diz tão mal de ti. - afirmei, meio a fazer um pedido e meio a exigir uma explicação.

- Não achas melhor irmos para a aula?

- Não desvies o assunto. - reclamei.

- Não estou a desviar, apenas não quero chumbar por faltas e acho que tu também não estás interessada nisso... - falou num tom desinteressado.

- Ah então isso quer dizer que não me vais explicar nada do que se passou entre ti e o Alexander? Não achas que eu mereço uma satisfação?

- Acho que te deves preocupar contigo e a tua vida, não vais ter mais problemas com o Alexander. - garantiu-me.

- Duvido, ele disse "isto não vai ficar assim".

- Isso é o que ele diz para meter medo, mas não passa de um pussy.

- Não acredito em ti. - olhei para ele de lado e com desagrado.

- Problema teu. - encolheu os ombros.

- Como é que tu podes ser tão instável?! Primeiro estás preocupado comigo e num espaço de 2 segundos já não queres saber?! MAS TU ÉS BIPOLAR OU QUÊ?? - nesta altura gritei com ele, estava colérica e só me apetecia apertar-lhe o pescoço.

Estávamos perto da sala de aula e ele limitou-se a dizer-me:

- Fica longe de mim, Evelyn. Faz isso e nada vai correr mal.

- És um idiota, não dá para falar contigo.

Chegámos à porta da sala e quando eu ia bater deu o toque que se tinham passado 45 minutos. Então, o Adam disse-me:

- Com 45 minutos passados, eles dão sempre falta ao aluno, mais vale bazar.

- Só se fores tu, eu quero passar de ano.

A porta de repente abriu-se de repente e era o professor de Filosofia.

- Que rico diálogo entre dois alunos logo no segundo dia de aulas, a vossa diretora de turma vai gostar de saber.

Estou lixada com a minha mãe.

- Posso entrar, stor? - perguntei.

- Claro, mas como o seu colega lhe disse, já tem falta.

Não respondi e limitei-me a entrar na sala e sentar-me perto da Aurora.

Que merda. A minha mãe vai-me matar quando souber da falta. E agora o que é que eu lhe digo? Não lhe posso contar a verdade, senão ela não vai acreditar. Tenho de arranjar uma boa desculpa.
E aquele Adam... Fogo, como eu fui estúpida ao ter-me "envolvido" quase com ele. O gajo não passa de um estúpido com problemas do passado, um bipolar da merda que não sabe o que quer e um gajo impossível de aturar que ainda por cima é da minha turma. E eu que pensava que gostava dele... Que burra, Evelyn. Estou a começar a ter-lhe uma raiva que nem posso.

O DESTINO DE EVELYNOnde histórias criam vida. Descubra agora