O Encontro

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Quando olhei para ver de onde vinha aquela voz doce e ao mesmo tempo calorosa, vi um homem lindo falando em seu celular fui chegando cada vez mais perto dele até que o galho se quebrou, me derrubando no chão bem perto dos seus pés.
Gritei de dor e de vergonha ao mesmo tempo, com tontura devido a queda, não percebi que tinha despencado do lado dos humanos até que eu os vi.
_ Moça está tudo bem com vo...
Antes que ele terminasse de falar corri para me esconder em meio a um tronco grande de arvore que estava ali por perto, sai correndo mancando, pois tinha machucado minha perna.
O rapaz preocupado veio até mim e falou:
_ Não tenha medo não vou te machucar.
Devido a dor, estava atordoada mas quando minha visão voltou ao normal eu consegui vê-lo, ele era muito lindo, seus olhos verdes era selvagem e ao mesmo tempo com uma gentileza e pureza nunca visto, seus cabelos claros se moviam com a brisa fresca que entornava seu rosto e uma barba bem pequena e sutil mas bem apresentada, e seu corpo era bem torneado, comigo ainda analisando aquela imagem divina a minha frente quase sendo um sonho, ele quebra o gelo e diz:
_ Oi meu nome é Felipe, está tudo bem com você? Precisa de algum médico para ver sua perna? Como é seu nome?
Eu apavorada e com muita dor falei meu nome e sai correndo até conseguir achar um buraco no meio do muro que separava os lados e passei para o outro lado, com muita dor consegui chegar até Maísa, que quando ela me viu foi correndo em minha direção preocupada, veio gritando algumas coisas só que acabei desmaiando.
Quando acordei me deparei com minha mãe muito brava com o médico, minha avó segurando minhas mãos e Maísa e seus pais no final da cama.
Helen me viu acordando e chamou minha mãe com uma voz de preocupada, Virginia veio correndo em minha direção perguntando-me com uma voz preocupada e brava:
_ Raquel Oliveira está tudo bem?
Quando eu ouvi minha mãe me chamando pelo nome inteiro, sabia que Maísa tinha entregado a gente. Quando fui falar alguma coisa, minha mãe me interrompeu e disse na minha frente:
_ Maísa contou para a gente o que aconteceu, Raquel vivo lhe falando para você ter cuidado, sei que rolou pela escada quando estava indo para a cozinha tomar água, da próxima vez vê se acende a luz.
Intrigada por Maísa não ter nos entregado e inventado aquela historia, fiquei pensando como ela sozinha me trouxe para o hospital, só que imediatamente falei:
_ Sem problemas, mãe! Desculpa-me por ser tão desastrada.
Quando todos foram embora e só restava eu naquele quarto de hospital, fiquei pensando no humano que tinha conhecido, em como ele era lindo e como ele se preocupou comigo. Não tirava ele da minha cabeça, pois o Felipe era perfeito. Não via a hora de me curar e poder ir à divisa de terras novamente para poder ver ele.
Aqui estou sonhando com um humano perfeito, lindo e gentil, como aquele homem iria querer algo comigo, uma lobisomem que nunca tinha namorado ou nem sequer dado um beijo na vida, nem eu mesmo iria querer ter algo comigo se eu fosse outra pessoa.
Quando sai do hospital e minha perna estava curada novamente, não conseguia parar de pensar naquele humano, tinha que ver ele novamente e pelo menos desta vez queria poder falar com ele, agradecer e pedir desculpas por eu ter sido rude naquele dia.

Raquel, a LobisomemOnde histórias criam vida. Descubra agora