Spin-off 2
Ninguém no mundo era parecido com Alan Wolf. Dono de uma personalidade forte, um sorriso bonito, e um corpo invejável, Alan, como ele mesmo diz, era o pacote completo. Claro, tudo isso sem contar com a inteligência que possuía, que, na o...
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"Fique, fique com suas pedras porque isso é tudo que você sabe fazer Eu fiquei preso no meio Eu engulo minhas palavras até o fim Porque nada é assim tão simples ... Tarde da noite você derrama tudo isso Sabe que só te traz pra baixo ... Mas vá em frente, coloque toda culpa em mim Distorça as minhas palavras e coloque fogo nelas Todos nós sabemos Que você vai dizer a todos os seus amigos Que eu sou aquele que você deseja nunca ter conhecido
Todos nós sabemos ... A história nunca termina ... Me machuque como um brinquedo girando muito rápido Em todas as direções Como, como eu poderia ficar quando você acendeu um fósforo para todas as minhas intenções?"
The story never ends
•Alan Wolf
Abro os olhos e demoro um pouco para me acostumar com a luz forte do ambiente.
Me mexo um pouco desconfortável e é depois de uns cinco minutos que me lembro onde estou.
Como se fosse em um estalar de dedos, a imagem de Amelie me ajudando de madrugada surgiu em minha cabeça e quase que imediatamente tento me levantar.
Porém, quando olho para o lado, a um corpo feminino encolhido junto ao meu, usando meu braço como travesseiro.
Olho para ela e abro um pequeno sorriso. Ela estava muito preocupada comigo ontem, e creio que ficou comigo para ver se eu ficaria bem e acabou dormindo.
Com cuidado, levanto seu corpo do tatame e instantaneamente ela se aconchega mais no meu peito. Ainda com um sorriso no rosto, saio da sala de treinos e vou até o andar de cima.
Como a porta do quarto de Amelie estava com a senha e a minha estava entreaberta, meu quarto ficou a opção mais fácil de deixá-la dormindo.
Empurro minha porta com o pé e levo Amelie até minha cama.
Aconchego ela entre os travesseiros e logo depois a cubro com o lençol.
Pego uma calça moletom em meu guarda roupas e vou até o quarto de hóspedes tomar um banho.
Assim que entro no box do banheiro e ligo o chuveiro, a água gelada invade todo o meu corpo e me traz de volta para realidade.
Lembro de cada acontecimento da madrugada e involuntariamente um sorrisinho surge em meu rosto. A sensação de desabar e ter alguém ali pra você, é inexplicável. Foi a primeira vez que senti isso, e não sei, foi como se eu tivesse depois de anos, um lar.
Eu não poderia sentir isso novamente. Em hipótese alguma.
Deixo meus pensamentos um pouco de lado e volto a focar no meu banho gelado.
