Spin-off 2
Ninguém no mundo era parecido com Alan Wolf. Dono de uma personalidade forte, um sorriso bonito, e um corpo invejável, Alan, como ele mesmo diz, era o pacote completo. Claro, tudo isso sem contar com a inteligência que possuía, que, na o...
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•Alan Wolf
Entro no carro tentando sufocar todos os meus sentimentos e fazendo de tudo para não desabar aos olhos atentos de Amelie.
Ligo o carro e em questão de segundos já estou saindo do estacionamento do hotel.
Tento ao máximo não pensar em nada que foi dito naquela briga estúpida com Dominic. Minhas emoções estão à flor da pele, e relembrar a discursão só vai deixar as coisas mais embaraçosas para mim. Estou um caco e tenho certeza que meu supercílio assim como meus lábios estão cortados e machucados.
Amelie me encara atenta e engulo em seco. Não sei se ela ouviu alguma coisa que foi dita no quarto, e eu espero profundamente que não.
Sinto quando ela põe sua mão no meu braço, chamando minha atenção.
Olho rapidamente para ela e depois volto meu olhar para a estrada.
-Vamos parar em uma farmácia Alan_Ela fala seria_Você está sangrando,e pode ser que esses machucados fiquem inflamados.
-Estou bem._Digo por fim.
-Você me ajudou Alan, deixe eu ajudá-lo agora!
Respiro fundo e estaciono o carro no meio fio.
Amelie continua me encarando fixamente, e quase como se fosse instantâneo, assim que pouso meus olhos nela, sua mão vai delicadamente até meu olho esquerdo, o qual eu nem tinha percebido que tinha machucado.
-Vamos em uma farmácia Alan.
Concordo com a cabeça cedendo. Não estou no clima para brigas. Cinco minutos depois, já estávamos descendo do carro e eu já ajudava Amelie a andar até o estabelecimento.
Amelie pediu ao atendente um kit de primeiros socorros e assim que ela estava com ele em mãos, veio até mim e se pôs de pé em minha frente.
Como sou três vezes mais alto que ela, sento no banco atrás de mim e Amelie continua de pé.
Ela fica entre minhas pernas e começa a me fazer curativos. Quase que automático, minhas mãos vão até sua cintura e ficam pousadas ali até que ela termine. Encaro seu rosto delicado.
-Por que não nos contou?_Pergunto de repente.
Por alguns segundos, ela tira seus olhos do meu machucado e me encara.
-Contou o que?
-Que você fugiu de casa.
Amelie para de fazer os curativos e me encara perplexa.
-Não sei do que está falando.
-É claro que sabe.
Vejo quando seu olhar vacila, porém, ela não deixa de cuidar dos meus machucados e evita me olhar.
