Prólogo

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  ~ Sakura

  Quem sou eu? Bem, sou Sakura. Haruno Sakura. Vocês devem me conhecer... a menina de cabelos rosas, taxada de inútil, que chorava muito durante a época escolar e era cegamente apaixonada por um típico bad boy, que não me dava a mínima. Conhecem? Que bom, porque se vocês dizem me conhecer assim, é porque não me conhecem de verdade.

  Sim, eu chorava, era apaixonada por Uchiha Sasuke e tinha/tenho cabelo rosa. Porém, eu não era cegamente apaixonada por ele, claro, era um exagero o que eu sentia, contudo, não era o sentimento por ele que me impedia de reparar no gatinho do Kiba; na belezinha, apesar de preguiçoso, que era o Shikamaru; no, incrivelmente, baka e bonito, Naruto; no próprio Itachi, irmão de Sasuke; além, é claro, do atraente Asuma, professor de matemática e lógica; do fofo do Iruka, professor de história; e da perfeição em pessoa, o professor de literatura, Hatake Kakashi.

  "Como assim, Sakura? Você olhava até seus professores?" Não... talvez... sim... mas não é isso, eu apenas reparava na beleza de cada um. Afinal, quem os conhece tem noção do encanto que cada um possui. Enfim, em relação ao meu cabelo, é natural, por mais que não pareça, consequência de uma mutação genética na anáfase primária. Como eu sei disso? Bem, hoje, sou formada em medicina pela Universidade de Konoha, enquanto estudava esses processos, fiz pesquisas sobre meu cabelo.

  Por último, não menos importante, eu chorava? SIM. MUITO. Mas a vida acontece e nós crescemos e aprendemos. Depois que perdi meus pais, muitas coisas mudaram. Hoje, moro sozinha, em um apartamento, próximo ao hospital em que trabalho e ao cemitério, local em que me reencontro com meus progenitores. Sou neurocirurgiã, contratada por Tsunade, a médica, a qual prestei serviços, como estagiária, antes de me formar, e que considero minha segunda mãe.

  O que isso tudo importa para vocês? Na realidade, não importa muita coisa, mas achei necessário, para que eu pudesse começar a contar como tudo aconteceu até o dia de hoje, no caso, o dia do meu segundo parto. Prontos? Então vamos nessa...

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  - Rápido, Naomi, preciso terminar a sutura.

  BIP... BIP... BIP... BIP

  - Vamos perdê-lo. Depressa!

  BIP BIP... ... BIP BIP... ... BIP BIP

  - Está perdendo o compasso. Naomi, segure aqui e deixa essa parte, comigo, se não, não terá volta.

  - Mas Dra. Sakura.

  - É uma ordem.

  - Se eu soltar...

  - Apenas segure aqui!

  BIP BIP BIP BIP BIP BIP BIP

  - Terei que expulsá-la da sala de cirurgia, Naomi? SEJA RESPONSÁVEL, DÊ-ME A TAREFA E SEGURE AQUI, RÁPIDO!

  BIIIIIIIIIIP

  ...

  ...

  ...

  - Dra. Haruno... me desculpe...

  - Naomi... era só segurar aqui.

  - Eu queria mostrar que sabia fazer... - abaixou os olhos e encolheu os ombros.

  - Eu sei do que é capaz. Mas nessas horas, Naomi, não depende de quem sabe ou não sabe. Depende de quem faz. Tem horas mais apropriadas para você me mostrar qualquer coisa. E em pacientes de emergência, não é essa hora. Agora assine o atestado, na linha de auxiliar e entregue-o à mim - ela o fez - vá chamar os necropsistas, vou falar com a família - ela saiu da sala cabisbaixa, enquanto eu assinava o óbito do paciente.

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