Ruchin

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ルーチン
Ruchin
Rotina
 

 
Eu sabia que de alguma forma estava perdido, principalmente quando os olhos de Chanyeol se tornaram marejados talvez por saber o que estava acontecendo e por não poder me explicar. Querendo ou não eu desconfiava, na verdade tinha certeza que meus pais tinham haver com isso. Eles sabiam qual o problema comigo.
 
- Baekhyun eu...
 
- Está tudo bem – não, comigo não estava, mas eu sabia o que ele diria – não se preocupe, eu apenas...
 
- Eu sei, mas não pode ser eu a esclarecer as coisas, até porque eu não sei o que aconteceu por completo – suspirei e aproximei o meu corpo do dele, sendo envolvido em seu abraço quente.
 
- Meus olhos ficarão assim?
 
- Ficarão sim – me afasto um pouco para mais uma vez encarar o meu reflexo no espelho – a cor de seus olhos apenas aumentaram a sua beleza Baek, por favor, não se martirize por isso - assenti antes de ser virado pra ele e ter meus lábios selados pelos seus.
 
Ainda no ósculo, caminhamos às cegas até o quarto, por mais que todos aqueles acontecimentos estivessem me deixando cada vez mais frustrado. O beijo de Chanyeol parecia fazer tudo aquilo desaparecer, naquele momento só existia nós dois. Eu não sabia explicar o que eu sentia quando estava com ele, eu só sabia que já o pertencia, Algo dentro de mim me fazia inteiramente dele, poderia eu em tão pouco tempo dizer que estou apaixonado por ele?
 
- Hm... E o Luhan. Está tudo bem?  – questionei assim que deitamos na cama.
 
- Está sim, ele veio apenas para eu me certificar disso, a propósito... Mande Oh Sehun ficar longe do meu irmão – engoli em seco.
 
- Oh Sehun?  Como sabe o nome dele?
 
- Eu tinha que saber o nome de quem quase caçou o meu irmão Baekhyun, Kai fez questão de descobrir e só poupou a vida daquele inútil porque você o conhecia – então ele também sabia disso.
 
- Sabe também que nós...
 
- Desconfiava e agora que comprovou, sei – sua feição muda para aborrecida então ele se levanta.
 
- Chanyeol! – o sigo tentando entender o motivo dos ciúmes, eu estava com ele não com o Sehun.
 
- O que?
 
- É sério?  – cruzei os braços o encarando sério – terminamos antes d’eu vir pra cá, esse ciúmes não tem nenhum cabimento.
 
- Não é ciúmes – sorri soprado – tudo bem, me desculpe – recebo um selar rápido.
 
- Te desculpo se fizer algo pra eu comer, estou morrendo de fome – digo com a voz manhosa.
 
- O que acha de uma pizza caseira?  – d’eu água na boca só de pensar.
 
- Perfeito.
 

 
 
Três dias se passaram e Baekhyun já não sentia aquelas coisas de antes, seu corpo estava incrivelmente normal e ele se sentia ótimo com aquilo. A segunda feira se aproximava e ele se sentia pronto para voltar ao trabalho, estava sendo ótimo ter Chanyeol consigo, mas ele tinha que confessar estar sentindo saudades do trabalho.
 
- Está mesmo animado desse jeito?  – eu estava no quarto arrumando tudo para amanhã, já que sairia cedo.
 
- Estou com saudades do Min, de almoçar no restaurante em que o Kyung  trabalha e – de repente a sua feição mudou, porque o Kyungsoo parecia afetar ele?  – Chan?
 
- Hm?
 
- Esta tudo bem?  – ele assentiu – okay.
 
- Acho melhor irmos dormir, você tem que descansar pra amanhã – diz ele sentado na cama.
 
- Você não parece muito feliz Chanyeol – o vejo dar meio sorriso.
 
- É só saudade – vou engatinhando até o seu colo.
 
- Mas eu to aqui – sou abraçado com força, achando tudo aquilo muito fofo.
 
- Eu sei – sussurrou antes de me derrubar na cama.
 
- Está tudo bem mesmo?
 
- Não se preocupe – depois de dizer isso, a luz do quarto foi apagada, e eu me aninhei em seu abraço para em seguida adormecer.
 

 
Na manhã seguinte, Baekhyun despertou de seu sono ao se sentir sozinho na cama, o cheiro delicioso que adentrava o quarto denunciava que Chanyeol já havia levantado. Cheio de preguiça, ele vai até o banheiro para fazer suas higienes, após o banho e já vestido, ele vai de encontro ao maior.
 
- Bom dia Chanyeollie – tento o pegar de surpresa quando o abraço por trás, mas ele apenas sorri.
 
- Hm... Adorei o apelido e bom dia.
 
- Poxa Chan, você não ficou surpreso?  – ele negou sorrindo.
 
- Não – se virou ao terminar de organizar a mesa – eu senti o seu cheiro – seu rosto se enterra na curvatura do meu pescoço.
 
- Chanyeol... – solto quase um gemido ao receber beijos molhados em um local tão sensível.
 
- Tá bom, vamos tocar café – eu assenti e nós dois nos sentamos.
 
Baekhyun e Chanyeol conversaram durante o café da manhã, o assunto foi o irmão mais novo do maior. Pelo que o Byun entendeu, Kai o melhor de Chanyeol, sempre foi apaixonado por Luhan, entretanto este o via apenas como amigo. Algo incomodou Baekhyun assim que se lembrou que ao encontrar Sehun, este estava paralisado por completo, ele se perguntava o que havia o feito parar. Porém, deixou aquilo de lado ao finalizar a primeira refeição.
 
- Tenho que ir – pego o meu casaco assim que vejo as arvores lá fora se balançando.
 
- Eu também – deu meio sorriso e eu senti o meu coração apertar, como eu poderia já estar com saudades dele.
 
- Beijo?  – ele assentiu e selou os meus lábios antes que nós nos separássemos.
 
- Bom trabalho – disse antes de seguir em direção a floresta e eu, passei a caminhar para a estrada dos betas.
 

 
 
- Podem dizer que sentiram minha falta – digo assim que abri a porta da loja, surpreendendo Xiumin e Chen.
 
- BAEK! –disseram em uníssono e vieram me abraçar.
 
- Own, que saudade – sou abraçado por ambos.
 
- Me conta como você está?
 
- Estou melhor, obrigado pela preocupação.
 
- Ai eu senti tanto a sua falta – Xiumin quase me enforca.
 
- Amor você vai matar ele – Chen da um ataque de riso assim que se afasta.
 
- É que eu to morrendo de saudades.
 
- Vamos matar muito as saudades nesses dias Min, não se preocupe – ele se afasta e assentiu.
 
Enquanto organizava as suas coisas na sala, Baekhyun se preparava para um dia de trabalho depois dos dias loucos que se passou. Pelo menos ele tinha a companhia de Chanyeol, falando nisso a saudade dele preenchia o seu peito. Por mais que estivesse adorando estar com Xiumin mais uma vez depois de dias sem nem ao menos ligar para o mesmo.
 
Aquele dia passou incrivelmente rápido, Baekhyun nem havia notado que já estava próximo do horário do almoço, logo Luhan chegaria. Ele não negaria que estava doido para chegar em casa e se jogar nos braços de Chanyeol, é claro que esperava que o mesmo voltasse pra sua casa, mesmo que tardes da noite.
 
- Cheguei! – afasto meus pensamentos assim que ouço a voz de Luhan.
 
- Oi Luhan – sorri pra ele.
 
- Pode me chamar de Lu.
 
- Então, oi Lu – ele sorri.
 
- Oi Baek, hm... – ele se aproximou de mim – o Chan tá lotado de coisas pra fazer, papai ficou um pouco enfurecido por ele ter estado ausente por esses dias que estava com você... então ele não poderá te encontrar por alguns dias – minha animação para voltar pra casa desaparece por completo.
 
- Oh, eu entendo – além de me sentir estupidamente deprimido, também me sentia culpado por fazê-lo ficar tanto tempo comigo.
 
- Não se sinta triste Baek, não foi sua culpa... Era necessário que ele ficasse ao seu lado – assenti, tentando dar o meu melhor sorriso, forçado.
 
- Está tudo bem.
 
- Lu, vou almoçar! – Xiumin pega o casaco e sela a bochecha do recém-chegado – vem comigo Baek?  – sua mão estava estendida pra mim e eu sem ter uma opção melhor, segurei na mesma.
 
- Tchau Lu, bom trabalho – também deixo um selar em sua bochecha e saio, precisava de alguém pra conversar e era nítido que Xiumin havia notado a minha mudança.
 

 
 
- Boa tarde – fazia mais ou menos 5 minutos que Luhan estava sozinho na loja, mesmo com o foco maior no celular, ele pôde ouvir o sino da porta e logo saudou o cliente.
 
- Eu não tiro você da minha mente e nem sequer sei a droga do seu nome – os olhos do menor dobram de tamanho ao ver em sua frente o caçador.
 
- O que faz aqui?
 
- Você é ele não é? Aquele lobo majestoso que eu quase tirei a vida – o ar se prende nos pulmões de Luhan que estava completamente espantado com as palavras que acabara de ouvir.
 
- Do que você...
 
- Não adianta tentar desmentir, eu sei que é você – Luhan suspirou.
 
- E o que vai fazer Sehun?  – já que não tinha saída, Luhan assumiu o que era – vai me matar? Me vender?  Vai... – o menor se cala ao ter seus lábios ocupados pelo primeiro osculo com o caçador.

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