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Caminhamos em silêncio até a casa de Jennie, e que casa! Acho que dava dez casas minhas fáceis. Minnie se intensificou no portão e logo a nossa entrada foi liberada, eu segurava uma única rosa, não sabendo o porque havia a pegado. Não sabia o que ia fazer de verdade.

Quando a campanhia foi tocada, demorou uns dez minutos até ela abrir, não sei como não caí no chão com aquela visão. Jennie de um jeito "não arrumado" era a visão do paraíso, com apenas um blusão que chegava até uma parte das suas coxas e o coque mau feito, mas muito bem combinado com a sua cara de sono.

- Lisa...?

- Oi...

- A minha parte foi feita. Lili, agora é com você.

Olhei quando Minnie se foi, e fiquei estética quando ela aceitou a rosa que eu oferecia, seu sorriso me fez sair do transe. Ela me deu passagem e a única coisa que pude notar, como se não fosse chamativa, foi o grande salão que habiatava a entrada, ao lado me parecia uma sala e no outro uma sala de jantar, no meio uma grande escada com corrimãos dourados dividindo a escada para a esquerda e a direita.

- O que faz aqui?

- Precisava conversar com você.

- Certo... vamos subir.

Eu a segui pelos os inúmeros degrais que haviam ali. Portas e mais portas, chegamos em uma suíte bem "fofa" por sinal. Rosa com detalhes brancos e cinzas, a cama tão espaçosa que me perguntei se ela realmente precisava de tango espaço assim, vi coisas simples, uma parede com fotos e essas coisas, estava prestando mais atenção nela.

Me sentei na cama quando ela me puxou, a rosa foi colocada no criado mudo, e a sua atenção se voltou para mim.

- Então... simplesmente não consigo te tirar da minha cabeça, Jennie. Eu tentei. Eu fiquei com a Minnie, tentei achar a minha felicidade com ela, mas a minha felicidade sempre esteve com você. Eu beijava ela pensando em você, eu dividia as minhas coisas com ela, imaginando que era você. Então não importa se você vai me machucar, não ligo, se vai me falar mais mentiras, eu não ligo. Tem que ser você, as suas mentiras, só você tem esse direito, o direito de me machucar, o direito de me fazer chorar. E se você não me aceitar assim, agora, juro que eu não sei o que eu fasso. Só espero que tudo tenha ficado muito claro aqui.

Ela sorriu timidamente, gostava tanto daquele sorriso, como gostava dela igualmente.

- Eu senti tanto a sua falta, Liz...- seu sussurro me arrepiou, e depois de tanto tempo, grudei nossos lábios de uma forma urgente, uma forma calorosa. Minha língua se enfiando ali, dançando junto a ela de uma forma molhada e profunda. Segurei a sua cintura a trazendo para mais perto, precisava sentí-la. Precisava tê-la ali pra mim.

Sua pele macia na palma da minha mão, passeando em sua perna calma a conhecendo, aquele beijo estalado me deixava em um tipo de hipnose se é que era possível. E mesmo com a falta do ar, parece que nem eu nem ela queríamos parar aquilo.

Tomei a coragem e mordi o seu pescoço de um modo forte, deixando ele vermelho, acabei sorrindo. Ela puxou o meu cabelo, me fazendo levantar a cabeça, nossos olhos se cruzaram, e ficaram presos um no outro permanente. Seus carinhos em meus fios me fez sorrir. Fui ao encontro da sua boca, deixando beijos sem intenção alguma.

- Não tem ideia do quanto eu te quis e te quero, Lisa... senti tanto a sua falta... doeu tanto te ver com a Minnie... me senti um lixo ao perceber o quão idiota eu agi com você...  acho que eu nunca senti nada comparado ao que sinto por você, é muito forte. Eu preciso de você, Lisa. Eu preciso muito de você...

- Estou aqui agora.- sorrimos.

- E agora você não pode ir a lugar nenhum...- ela murmurou subindo em cima do meu colo, sorri ao sentir cada beijo que ela depositava.- Porque agora você é minha namorada...

Levantei as sobrancelhas me agarrando a sua cintura, queria que ela olhasse pra mim, queria ver se mentia mais uma vez.

- Como?

- Namoramos agora, Liz. E não tem a opção de recusar.

- Está me obrigando a namorar com você?- ri.

- Estou sim. Agora me beije, namorada.

Acho que podia sorrir agora.

Stay For Me (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora