CAPÍTULO 11

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Boa leitura!♡

   EU TENTEI conversar mais sobre o assunto dele não querer ter filho, porém foi impossível. Liu começou a ficar muito estressado e nervoso, para evitar que ele tivesse uma crise me calei. Apesar de querer muito uma criança eu amava o meu marido e queria permanecer casada com ele. Lincoln era uma pessoa que não sabia lidar muito bem com pressão, tinha que ser tudo no tempo dele, por isso esperarei um pouco para ver se ele mudaria de opinião.  

Escrevi o meu desejo de querer ser mãe no meu caderno de oração que sempre aprendendo  á Deus. Eu orava pelas coisas escritas no caderno três vezes por semana, além das minhas orações diárias todos os dias.

No dia seguinte após a discussão desci para tomar o meu café da manhã e vi que Liu tinha preparado um banquete.  Tinha bacon, ovos. O bacon que ele usava aqui em casa não era um brasileiro e sim da Inglaterra, pois ele era  menos gorduroso. Também tinha pão assado,cogumelos e até feijão e uma bela xícara de café. Literalmente era um café da manhã inglês e bem tradicional. Óbvio que eu não iria comer tudo aquilo,  Liu que era de lá nem comia, o máximo que ele  come é pão assado, bacon e chá.

— Nossa, quanta comida!  — exclamei quando cheguei na cozinha. 

Ele está terminando de pôr a mesa. 

Discretamente foi até ele e selei nossos lábios em um beijo de bom dia. 

— Talvez exagerei um pouco mesmo, porém você merece. 

Abra um sorriso em agradecimento.

Estava tudo uma delícia, até um pouco do feijão eu acabei comendo, ele fez tudo com tanto carinho. 

Ele sempre faz o nosso café da manhã, já virou rotina na casa e eu amo a comida dele. 

✯✯✯✯

O MEU dia foi muito corrido, me inscrevi no curso de língua inglesa, vi anúncio na internet e me interessei, peguei o endereço e fui lá. Eu tinha que fazer alguma coisa, não dava para ficar em casa. Era muito chato quando Liu não estava. 

Depois fui visitar a ONG que meu marido estava ajudando. Ele já estava lá. Fiquei impressionada, o prédio era bastante grande com várias salas, era tudo tão organizado. Conheci alguns dos alunos,  de faixa etárias diferentes. Tinha desde crianças até jovens adultos. 

Eram pessoas humildes mas de coração riquíssimo. É engraçado pensar que o mundo não conseguia ver essas pessoas, de almas puras e tão bonitas.  

Conheci uma criança chamada Maria, ela era muito esperta, de cara me conquistou. Aos poucos fui me aproximando, logo percebi que a mesma que era  tímida. Depois o seu professor me falou que ela tinha autismo de suporte nível 1 como o Liu. 

Maria parecia uma índia com seus cabelos lisos e negros. 

Fiquei a observando de longe enquanto tocava o seu clarinete, era tão encantador. Ela ficava olhando para a partitura que o professor lhe deu para tentar tocar a música. Todas as vezes que ela errava  o professor mandava ela voltar do início e, todas as vezes ela respirava profundamente para então repetir o processo. 

Eu consegui conversar um pouco com ela . Era uma ótima ouvinte e pouco falante. Todavia quando falei de música os seus olhinhos brilharam, ela tinha 7 anos e era muito dedicada à música. Maria me falou que estava muito feliz pela oportunidade que tinha, pois a ONG que lhe dava acesso a música. Me confessou que toda sua família tinha orgulho dela. 

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora