CAPÍTULO 38

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Boa leitura!♡

  EU ESTAVA DEITADA  no sofá da sala, vendo o desfile pela grande TV de plasma.
Na minha época de escola eu sempre participava dos desfiles do dia 7 de setembro, nunca em destaque como alguns jovens, com aquelas roupas  bonitas, mas sempre participava. Achava bastante divertido, porém, vendo pela TV as pessoas debaixo do sol escaldante que está fazendo em São Paulo, não via nada divertido.

— Alice. — Me virei assim que escutei a sua voz. 
— Eu vou ter que dar uma saída. — franzir a testa sem entender.
Ele vai ter que sair em pleno feriado?
— Para onde você vai? — ele passa a mão pelo rosto.
— Vai ter uma pequena reunião lá na ONG, aproveitar esse feriado para discutir alguns assuntos. Ideia do Marcelo — diz dando de ombro como se aquilo explicasse tudo.

Rápido ele vem até mim e cheira o meu cabelo.

— Não vou demorar, prometo.  — quando eu voltei a dar atenção a TV, lembro de algo.

— Liu. — Chamei e na mesma hora ele volta para mim.

— Qual foi a reação do Arthur quando você falou que não iria voltar a fazer show este mês?

Ele estava muito ansioso para Liu  voltar  a fazer novamente as suas apresentações pelo mundo, desde que minha mãe morreu que ele não faz para não me deixar sozinha. Eu até tentei convencê-lo de volta, Liu não quis, falou que o próximo mês volta, e apenas para fazer as que foram canceladas, e depois como é final de ano, vai fazer apenas no Brasil pequenas apresentações como de costume.

— Ele não gostou muito, porém pouco importa.

✧✧✧

ESTOU DEITADA na banheira de pedra branca oval, cheia de espuma enquanto escuto músicas. Se eu não estivesse grávida talvez teria pegado um pouco do vinho do meu marido. Gosto de ficar nessa banheira funda enquanto penso na vida. Em tudo que eu já passei. É bastante surreal para mim, está aqui, feliz ao lado do homem que eu amo, apesar de sempre sonhar com isso, nunca imaginei que realmente teria algo para mim assim.
Eu desejo que todo mundo possa realizar os seus sonhos, e que sejam gratos a Deus por eles. Pois nossas histórias é escrita pelo dedo dEle. 

Meu celular começa a vibrar e logo deslizei  meu dedo na tela  quando vejo que é a minha amiga.

— Oi, Val. — falo enquanto brinco com a espuma da banheira.
Oi, eu estava aqui pensando… em fazer um chá de bebê.  Estava pesquisando as coisas e percebi que tá muito em alta chá de revelação. O que você acha dessa ideia?

— Depende — digo e logo sopro a espuma em cima da palma da minha mão e ela cai na banheira como se fosse flocos de neve.
Depende de quê?— rebate um pouco  insatisfação com a minha resposta.

— De quem é esse chá da revelação, porque se for para o meu bebê, jamais eu deixaria que alguém soubesse qual é o sexo dele antes de mim. Eu quero saber tudo sobre ele antes de todo mundo. Chá de bebê, talvez eu faça, mas de revelação, fora de questão.

  Eu já vi alguns desses chá de revelação de pessoas famosas e não famosas, é divertido, confesso. Mas eu não quero para mim.

Desmancha prazer. — A Valquíria me acusa de uma maneira engraçada que me fez rir.
Tenho certeza que ela está revirando os olhos.

— É que  não gosto, acho divertido quando as outras pessoas fazem, mas para mim eu não quero. Aceita e segue a vida, Val.

Tudo bem, já entendi. Quando a senhorita decide se vai fazer pelo menos o chá de bebê, por favor me chame para organizar? Gosto de fazer essas coisas.

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora