CAPÍTULO 13

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Boa leitura!♡

    ENQUANTO Liu saiu para fazer algo que não quis me dizer, aproveitei para olhar os meus e-mails e também entrei nas redes sociais. Tinha várias mensagens de parabéns de pessoas que eu nem conhecia, mas por eu ser esposa do pianista eles me felicitaram. Tiveram as que me mandaram no meu aparelho celular, essas sim, eu conhecia todas.
25 anos, como o tempo passa rápido!

Começo a tossir e junto com ela vem o  ardor. Vou até o banheiro e tomo mais um antibiótico, espero que amanhã acorde melhor. 

Parecia que tinha uma bola na minha garganta que não descia por nada na vida. A secura também incomodava bastante, me fez beber muita água. 

— Senhora, Lincoln. 

— Pode abrir a porta, Helena. — entra ela calmamente. — Não sei porque você me chamar pelo sobrenome do meu marido, já te falei que pode me chamar de Alice, até porque, senhora Lincoln é a minha sogra. 

— Eu acredito que já me acostumei, principalmente porque raramente a família Lincoln usa o primeiro nome. 

Isso é verdade, desde que eu vim trabalhar na casa deles que ela me relatou que eles  gostavam de ser tratados pelo sobrenome. Claro que depois a mesma me mandou chamá-la pelo primeiro nome. 

Eu acho que eu nunca vou me acostumar a ser chamada de senhora Lincoln.

— Entendi, se puder me chame apenas de senhora Alice, agradeceria —  ela deu um ceno de cabeça. 

— O Senhor Arthur está aqui.  — franzi a testa. Eu não lembro dele ter ligado avisando que iria nos visitar. 

Talvez Liu esqueceu de me falar.

— Obrigada. Diga que irei descer. 

  ARTHUR levanta do sofá assim que me ver descer as escadas. 

Ele estendeu sua mão para me comprimentar. 

— Tudo bem? — perguntei passando as mãos nas minhas pernas sem saber o que dizer.

— Sim. Nossa! — enfiou ele as mãos dentro do bolso da calça me fitando. — Me desculpa, é que eu fico surpreso que você possa ficar mais linda — desviei os meus olhos de Arthur me sentindo  tímida com o seu elogio extremamente desnecessário. 

Notei discretamente que ele continuava me encarando e isso sinceramente me deixou sem jeito.

Eu estava vestida com a calça de moletom da Nike justa em um azul marinho, uma blusa branca por dentro, acompanhada de uma jaqueta jeans de lavagem clara, e o cabelo no habitual rabo de cavalo.

— A propósito. — gesticulou com a mão. 

— Feliz aniversário!

— Obrigada. Liu não está. Você ligou para ele? Talvez Liu tenha esquecido, o que não é do feitio dele, me desculpe. 

— Não liguei, vim sem avisar mesmo. Me desculpe. — disse dando um passo em minha direção me deixando alerta. 

Nunca me senti confortável na presença de Arthur, sinto-me sempre alarmada. Não entendia muito porquê, claro que ele era bem malicioso às vezes, mas nunca fez nada além do permitido. 

— Está tudo bem, apenas terá que vir outro dia. — informei passando minhas mãos uma na outra, enquanto mordia o canto de minha boca por dentro. 

Fiquei tensa, quando ele deu novamente alguns  passos para minha direção, e falou mansamente perto do meu ouvido.

— Se em algum momento não der certo, saiba que eu estou disponível para você. — Senti um calafrio em todo o meu corpo, e logo após sentir ódio.

Como ele ousa vir aqui falar isso? Que insulto!

— Olha só, Arthur. — dou um passo para trás me distanciando dele o suficiente para não me sentir intimidada dentro de minha casa.

Ele me fita massageando a nuca com um ar de riso. 

— Eu não vou mais permitir a sua maneira maliciosa comigo, esse pode até ser o seu jeito, porém não gosto, principalmente por causa do Liu.

— Eu só estou brincando, Alice. Não leve a sério tudo o que eu falo… só a parte que eu disse que você estava linda. — o seu sorriso malicioso estava lá estampado na sua cara o que me deixou extremamente irritada.

— Não gosto de brincadeiras, e você não tem mais idade para se comportar dessa maneira. — o rosto dele deixou de sorrir, assumindo uma expressão mais séria. 

Eu tentava parecer firme com as minhas palavras, mesmo que minha voz demonstrasse um leve tremor.

— Está me repreendendo? Nossa! Tudo bem, desculpe. — levanta as duas mãos em forma de redenção.

Permaneço muda, não sabendo o que dizer no momento. Não queria criar um clima ruim entre a gente por  ele ser empresário do meu marido, e talvez isso seja um erro, talvez eu devesse colocar ele no seu bendito lugar de uma vez por todas.

— Eu estou indo. Foi muito bom te rever, Alice, meus sinceros parabéns. — finalmente diz indo de encontro a porta para meu alívio. 

— Obrigada, Arthur. — falei me aproximando da porta para fechar. 

Quando finalmente tranquei me senti muito mais leve. O que foi tudo isso? Dessa vez ele  passou do ponto com as suas brincadeiras maliciosas. 

   QUANDO LIU voltou já era bastante tarde, o sol já estava se pondo.

— Não gostei de você ter saído e demorado a voltar no dia do meu aniversário. — Vexada falei indo ao seu encontro.

— Me desculpa, fui na casa da minha mãe e acabei que demorei lá. — sua voz saiu gentil.

Ele tinha em suas mãos uma caixa cheia de buraquinhos bastante pequenos e  uma bolsa de loja que eu não consegui identificar de onde era.

— O que é isso nas suas mãos? — me apresso a interrogá-lo toda curiosa.

— Que esposa curiosa eu tenho.  — ele vai até a escada, senta no segundo degrau e coloca a caixa no terceiro, o  que me deixa bastante intrigada. 

Liu me chama e eu vou quase correndo. Me sinto na outra ponta de maneira que a caixa fica no meio entre nós dois. 

— Primeiro este. — me estende a bolsa cor bege com o nome Britney em letras de negrito escrito nela. Ela era pequena.

Tão logo que peguei abri e dentro junto com o papel seda estava um pulseira de pedras rosas e brancas. Ela era linda. 

No momento que a peguei coloquei em meu braço.

— Liu, são lindas! —  disse admirando elas. — Que pedras são? — pergunto enquanto passava a minha outra mão nelas. 

—Quartzo rosa e Ágata branca. Eu achei ela muito bonita por isso que comprei para você. Gostou, Alice? 

— Eu amei, são tão delicadas. Obrigada. — me aproximo e lhe abraço pelo pescoço. 

— Agora por favor, o que tem dentro desta caixa? — Já sentada de volta no lugar, olhava para a caixa misteriosa. 

Ela se mexe me deixando alerta. O que será que meu marido está aprontando? Eu olho para ele de maneira interrogativa, porém ele fica em silêncio e não dá nenhuma dica o que me deixou mais ansiosa. 

Meu Anjo Azul #2/ Segunda EdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora