13. Ciclo da Vida

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Idades
Jace : 10
Magnus : 9
Alec : 8
Izzy : 5 e meio

🌷🌷🌷


A cada sessão que Alec tinha com a psicóloga era trabalhado técnicas de como tentar controlar sua respiração para ter um pouco de controle antes de uma crise. Maryse depois que conversou com Catharina compreendeu o motivo das crises de Alec e agora estavam mais atentos às suas rotinas para não se repetir com frequência as crises. Os meninos decidiram também criar sua própria rotina, estavam agora no parquinho da escola, Alec no balanço e Jace o empurrando, Magnus estava ao lado esperando sua vez.

— Estava pensando que a gente deveria brincar às segundas, quartas e sextas. O que acham? — pergunta Jace.

— Bem, infelizmente até o final desse ano eu só poderei aos sábados, no domingo como já expliquei eu passo o dia todo com meu pai. Alec apenas fica olhando para o céu enquanto Jace o empurra no balanço.

— Já sei, você pode ir estudar lá em casa pelo menos dois dias na semana, eu te ajudo nas suas atividades para você terminar logo, e depois a gente vai se divertir! — fala Jace cheio de orgulho por ter pensado numa solução.

— Isso vai ser maravilhoso, e vai me ajudar muito! — comentou Magnus. E Alec olhou nos olhos de Magnus e depois falou:

— Gostei muito dessa ideia! — E o que seria apenas um motivo para estarem juntos tornou-se algo forte entre eles, os unindo cada vez mais com o passar dos dias.



**** 2 ANOS Depois****



Maryse estava em casa, as crianças na escola, até a pequena Izzy já estava na escolinha; quando o telefone toca, a mesma vai atender. Era a governanta da casa dos pais de Robert, explicando que Andrew Lightwood havia falecido e Phoebe tinha sido encaminhada desmaiada para hospital após perceber que seu esposo estava sem vida. Imediatamente Maryse liga e pede que Robert venha para casa, logo após liga e pede para Maia, a babá, vir ficar com as crianças quando chegarem da escola.

Quando Robert chega Maryse lhe conta o ocorrido e eles vão para o hospital. Chegando lá descobrem que Phoebe sofreu um AVE* e que está em coma induzido para tentar reduzir os danos. Maryse deixa o esposo acompanhando a mãe e vai organizar tudo para o velório de Andrew.

Liga para Maia, e a babá a tranquiliza dizendo que as crianças estão estudando e Izzy está assistindo um desenho e comendo seu lanchinho.

De noite Maryse volta para casa pouco depois do jantar e vai preparar alguma coisa para comer, quando Robert liga para ela. — Amor, infelizmente minha mãe não resistiu, teve uma parada cardíaca agora, os médicos tentaram de tudo, porém ela era muito idosa e não resistiu. — Robert falava entre soluços. — Eu perdi os dois de uma vez Maryse. — fala o homem inconsolado.

— Estou indo para ficar com você querido, vamos passar por isso juntos. — Desliga o telefone e vai ao quarto de Jace.

— Meu amor, aconteceu algo bem triste, seus avós estão no céu agora. — Fala alisando o rosto do filho. — E eu preciso ir ajudar seu pai que está lá sozinho no hospital. Cuide de Alec, e amanhã de manhã eu venho está bem? — pede beijando os cabelos loiros de Jace.

— Pode deixar mãe, eu sempre cuido! — Maryse sorrir, sai do quarto, vai nos outros onde Alec e Izzy dormiam tranquilamente, beija cada um e depois volta ao hospital.



❍❍❍❖❍❍❍



Na manhã seguinte Maryse volta para casa, Robert havia ficado no velório. A mulher entra e encontra os pequenos tomando café da manhã, a mesma beija cada um e diz que logo retorna para comer junto com eles. No quarto após um banho, decide ligar para Catharina e pedir ajuda. — Desculpe te atrapalhar em pleno sábado, — suspira antes de falar — acontece que os pais de Robert faleceram e o enterro será hoje, não quero contar para o Alexander, temo que ele tenha outra crise, ele está tão bem. — sua voz era um pouco desesperada.

Catharina percebe sua angústia, contudo seu lado terapêutico entra em ação. — Sei que é difícil Maryse, porém não será saudável colocar o Alexander dentro de uma bolha onde nada de ruim vai acontecer com ele, devemos prepará-lo para a vida e aprender a enfrentar as situações difíceis e assim estaremos ajudando-o a se tornar forte. Pode ser que ele tenha crises, sim! E isso é a forma de seu corpo reagir. — Faz uma pausa para Maryse assimilar tudo. — Escute, ele está crescendo, você deve ajudá-lo a voar, abrir as asas e descobrir o mundo, vai haver dor e angústia, sim! Mas alegrias e conquistas também. — Maryse apenas escuta e a psicóloga continua. — Ele é inteligente, sabe do ciclo da vida, apenas conte que o ciclo da vida de seus avós terminou. Acredite, ele vai precisar se despedir. E na segunda-feira estarei com ele para apoiá-lo também. — Maryse agradece e promete conversar com Alec.

Após o café da manhã terminar antes que perca a coragem ela senta no sofá com Izzy em seu colo, Alec e Jace um de cada lado e então explica de forma mais fácil possível. — Meus amores, vocês sabem que tudo tem uma sequência, por exemplo, quando pegamos uma semente e colocamos na terra, depois de um tempo nasce uma plantinha pequenina, e ela vai crescendo tornar-se uma árvore, depois vem os frutos, mas com o passar dos anos ela vai ficando velhinha, velhinha e... — Alguém complete a frase antes Maryse termine.

— Morre! — Alec diz olhando para suas mãos.

— Isso mesmo, e chamamos de ciclo da vida, e ontem o ciclo da vida terminou para seus avós. — fala e espera a reação dos filhos.

— Nunca mais vou ver minha vovó? — pergunta Izzy já colocando a cabeça no ombro de Maryse e chorando.

— Um dia nós vamos todos nos encontrar no céu, mas agora temos que continuar nossa missão aqui, e quando a saudade estiver forte é só fechar olhos e lembrar de todos os momentos que estivemos juntos e assim será mais fácil diminuir a saudade. — conclui beijando os filhos. — Agora precisamos dar apoio ao papai que está sozinho esperando a gente.

Depois de algumas horas, a família está reunida no cemitério após as palavras do Padre, Robert coloca flores brancas sobre os caixões e diz palavras de adeus, em seguida Maryse e Jace. Eles ficam um momento em silêncio Robert com Izzy nos braços, ao seu lado Maryse segurando a mão de Alec e a outra segurando a de Robert, Jace segurando a mão de Alec; ficam assim por um tempo e após receberem os cumprimentos e pêsames de todos que compareceram, voltam para casa em num silêncio pesaroso e melancólico.

Vez ou outra Maryse olha para os filhos, sua princesa de quase 6  anos, Izzy dormiu depois de muito chorar, Jace se mostrava ser o mais forte com apenas dez anos, contudo Maryse o conhecia e sabia que sua defesa era essa para não mostrar quando estava triste, já Alec estava muito quieto e isso a preocupava, o pequeno estava com 8 anos e há muito tempo não tinha uma crise. Em casa após um banho cada um vai para seu quarto tentar descansar depois de um dia tão difícil.

Na manhã seguinte, Jace chega ao quarto dos pais desesperado.

— Mãe! É o Alec, ele não está na cama, não está em casa.



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Perdoem os erros.

Precioso ( Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora