41. Iya

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O retorno da pequena viagem foi complicado, no voo tiveram algumas turbulências e isso aumentava muito a ansiedade de Alec, quando se sentia próximo de uma crise, ele fechava os olhos com força e segurava a mão de Magnus bem forte. O indonésio esqueceu que estavam num avião, apenas apertava a mão de Alec e a outra alisava seu rosto falando baixinho. — Está tudo bem, Alexander, logo vamos sair dessa turbulência, só aguente mais um pouquinho. — Alec não respondia, somente apertava mais ainda a mão do namorado.

Os minutos pareciam horas, seu corpo começava a tremer, sua respiração estava ofegante, o barulho que o avião fazia e a sensação que estava caindo sem controle, isso deixava cada vez mais desorientado. — Pense em Rafe... Hum! Como foi bom ficar com ele esses dias... Você estava feliz... Rafael também. — Magnus sente Alec relaxar um pouco.

— Só fique mais perto. — diz se aproximando do Iindonésio. — escondendo o rosto no pescoço do namorado, começa a aspirar o perfume de Magnus, sentindo o cheiro de sândalo invadir sua respiração e o acalmar.

A aeromoça chega perto avisa que já estavam saindo da turbulência, pediu que ficassem sentados firmes nas poltronas. Alec permanece inclinado sobre Magnus, aos poucos sua respiração volta ao normal. Após algum tempo o voo segue tranquilamente. Magnus agora abraçava Alec, fazendo círculos calmantes em suas costas.

— Como você está, Alexander?

— Com sono. — diz se aconchegando mais no abraço do namorado, escondendo o rosto na curva do pescoço do mesmo e logo adormece.

Magnus continua ali velando pelo sono do seu Alexander, sabia que depois de uma crise o moreno sempre ficava sonolento. Beija sua cabeça ouvindo-o murmurar enquanto ressonava baixinho.

Assim que desembarcaram no Aeroporto de Nova Iorque, Alec estava segurando sua mão, andava tranquilamente, Magnus não conseguia parar de olhá-lo com a carinha de sono, os lábios vermelhinhos, seu cabelo era uma bagunça de fios desalinhados, mas não menos sexy, o blusão moletom velho e sua calça jeans preta. "Simplesmente adorável" Pensa o indonésio.

Com uma plaquinha de "Bem-vindos" Maryse aguardava os dois com um sorriso enorme. Logo corre e abraça o casal.

— Sentimos muita saudade. — diz alisando o rosto dos dois.

— Porque veio sozinha? — pergunta Alec.

— Ah! Seu pai e Jace tinham uma reunião importante, Izzy até tentou vir, porém, tinha revisão de matéria então não deixei ela faltar a aula. Ragnor ficou preparando o almoço para vocês. Vamos?

Na casa de Magnus, eles sentam à mesa para almoçar e contar sobre a viagem. Ragnor percebe que Magnus esconde alguns detalhes, não se importou, sabia que o filho estava mais feliz do que o normal e isso era o suficiente.

As horas passam, logo Alec está no jantar em família contando sobre a viagem, como foi passear com Rafael e também contou sobre a crise que teve no voo de volta para casa. O moreno explica que Magnus o ajudou e não demorou muito para se acalmar, diz que após a turbulência logo dormiu e só acordou quando já estava na hora de desembarcarem. Todos ficam mais tranquilos, sabiam que se tinha alguém capaz de fazer Alec se acalmar, era o Magnus.



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Não estava fácil o final do semestre, apenas faltando 3 meses e alguns dias para o fim das aulas. Magnus e Alec estavam agora no pátio da escola conhecendo as diversas faculdades e marcando entrevistas com alguns olheiros. Sabia que teria facilidade em algumas instituições, por conta do arco e flecha, natação e claro suas belíssimas notas. Sua preocupação era passar para uma faculdade que Magnus não fosse chamado, pensando nisso resolveu se candidatar para as mesmas faculdades que o indonésio. Então marcaram a primeira entrevista, após teriam que enviar uma redação com o título: "Porque devo ganhar uma bolsa desta Universidade?" Magnus era muito bom com as palavras devido às aulas de teatro, então marcaram de toda noite, treinarem uma hora para a redação.

Precioso ( Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora