Capítulo 12

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      Estou no meu quarto do Campus ao que parece uma eternidade

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      Estou no meu quarto do Campus ao que parece uma eternidade. Depois de apresentar Max — contragosto — aos meus amigos, fiquei bastante envergonhada com sua presença. O vi apenas duas vezes durante cinco dias inteiros indo para as aulas, almoçando no refeitório e voltando direto para os alojamentos. É claro que foi insuportável, até porque não tem muita o que fazer aqui. Kim ficava saindo toda hora com Jason e Callum sempre estava ocupado com alguma atividade ou trabalho. A minha saga de encontrar um emprego ainda não acabou, mas estou esperando o momento certo para voltar a procurar. Seattle é enorme, e mesmo assim não há um único lugar que eu já tenha visto que me interesse o bastante para me fazer despejar uma grande quantidade do meu tempo e dedicação.

Estou deitada em minha cama pequena olhando para o teto, com o tédio evidente. Meu cérebro está enviando vários sinais de aborrecimento por não estar trabalhando muito. Não está acostumado com o lazer de ficar sem compromisso.

Pensei muito em ir a tal academia de dança contemporânea, mas estou meio aflita. Parte de mim teme em abandonar de vez o balé. É como se eu estivesse colocando uma enorme parte da minha vida em esquecimento, quando na verdade não chega perto disso. Apenas uma nova fase, repito todos os dias, mas as palavras não se fixam em minha mente ao ponto de fazer o sentimento se esvaziar e ir embora por completo. Maldita aflição.

Tenho um sobressalto quando meu celular vibra.

Topa tomar um café mais tarde?

É Max. Meu Deus do céu. Como ele conseguiu meu número, pra começo de conversa? Mudei meu chip assim que cheguei aqui.

O que devo responder? Não quero o ignorar, mas ao mesmo tempo estou receosa em aceitar o convite.

E quando eu penso que as coisas não podem piorar, minha mente puxa uma memória de três dias atrás.
A voz de Sean ecoa em minha cabeça: "Que tal irmos jantar sábado?"

Ele estava tão animado, e é claro que eu disse sim. Disse sim porque estava desesperada para tentar tirar Max da minha cabeça. Mas agora, ele acabou de me mandar uma mensagem tentadora. Tá, nem é tão tentadora assim, mas quando estou perto dele me sinto nas nuvens e essa sensação é incrível. Ao mesmo tempo, não quero magoar Sean. Porque ele é um cara legal. Merda, ele não é só um cara legal. Ele é incrível, inteligente e super, hiper, mega encantador. É impossível não se hipnotizar com seus olhos verdes. Bom, menos quando íris prateadas também estão na reta.

Caramba. O que eu faço? Sei que se sair com Max, vou ficar horas ao seu lado e coisas podem acontecer, inclusive dar um bolo em Sean, e não é isso que quero fazer.

Eu marquei com o garoto de cabelos pretos primeiro, então acho que tenho que comparecer, todavia, meu corpo fica em chamas apenas em imaginar o rosto de Max e sua voz rouca e aguda.

Respondo a mensagem, mesmo com incerteza.

Achei que tínhamos combinado da amizade ser sem benefícios.

Marcante como a Lua [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora