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Finalmente a atualização, perdão pela demora!
Infinitamente grata pelos 2K de visualizações.


— Any. Any. Any.

Escuto alguém chamar e sinto um leve balançar sobre meu corpo. Abro os olhos despertando a consciência com dificuldade. Levo alguns segundos até resgatar as últimas memórias.

Preferia não ter lembrado. Uma onda gélida de vergonha me atinge brutalmente!

A recordação de me jogar no chão e gritar para não tomar a injeção castiga meu orgulho. Nunca fui fácil com medicamentos, por isso — principalmente — não gosto de hospitais. Sempre sou teimosa e chorona. Entretanto uma coisa é agir assim na frente de meus próximos, agora na frente de Josh e Noah?

Quero ser um suricato para caber num buraco e fazer de lá minha morada.

Sinto que levei uma dura pancada na cabeça e finalmente visualizo com exatidão Belinha e Bailey carregando expressões preocupadas.

— Ei você acordou. – Belinha cochichou com um sorriso brando.

Não é como se tivessem dado a escolha de dormir mais alguns minutos, já que, basicamente obrigaram-me a acordar.

— Oi... – Minha voz saiu um pouco mais alto que o esperado e Bailey se apressou em por o indicador em sua boca em sinal de silêncio.

Franzi as sobrancelhas não entendendo o pedido, está louco?

Tudo esclarece quando inclina sua cabeça. Apontando para o sofá atrás. Surpreendo-me ao ver a cena extremamente fofa. O loiro e o moreno estavam deitados, desajeitados, numa posição que imagino não ser nada confortável com Noah descansando a cabeça no ombro de Josh. 

— Eles passaram a noite inteira aqui. A enfermeira pediu para falarmos baixo porque disse que o Josh só dormiu faz uns 30 minutos. – Desvio o olhar dos meninos sem reação.

Mais um nó sem ponta. Isso causava um terremoto na minha mente já bagunçada. Então ele não dormiu? E fez o que a noite inteira?

Só de imaginar Josh me observando dormir eu tinha duas sensações, as duas completamente opostas. A primeira é claro, raiva. Raiva por agir dessa maneira tão atenciosa e preocupada, postura, a qual, considero fingida. Logo em seguida me questiono sobre eu estar exagerando. A segunda, por motivos óbvios, não dou muito ouvidos, pois essa sensação vem do coração e praticamente tudo que é movido pelo coração, considero estupido e inconsequente. E o órgão estupido que fica no meu peito, bate forte no ritmo da bateria de um desfile de carnaval, apresentando-se em plena Sapucaí. Não entendo os motivos de tanta agitação tão cedo. Quero que pare. Estou a um centésimo de procurar Klaus Milkaeson e implora-lo para remover meu coração de um vez, se for para tê-lo arrancado, que seja pelo meu malvado favorito.

Seja como for, não posso ignorar sua atitude gentil.

— Legal da parte deles. – Meu HD responde extremamente lento a informação.

— É... Eu fiquei presa numa linha temporal onde passou apenas dois dias para mim, mas para vocês se passaram anos? – Belinha pergunta e não compreendo, papo de doido. — Tipo vocês literalmente se odiavam e do nada ele trás você ao hospital e passa a noite inteira acordado cuidando de você?

My Sweeter Place | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora