[ Ep. 08 ]

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Bernardo chegou às sete em ponto na mansão Alvarez acompanhado de Laurel.

— Bom dia — Margarete diz assustando os dois que tentavam ser silenciosos.

— Bom dia.

— Bom dia, Margarete — Laurel foi mais gentil, olhando para o lado ela percebe Bernardo parado no meio da sala parecendo perdido — Você não ia tomar banho para falar com a Elle?.

— Sim — Bernardo responde distraído.

— E tá fazendo o quê parado aí ainda?.

  E só aí ele parece despertar e caminha rumo ao seu quarto.

— Ele dormiu na sua casa? — Margarete pergunta sem se importar se está sendo indiscreta.

— Sim, ele chegou todo desorientado lá em casa, meio perdido então, tive que colocar juízo naquela cabeça dura, mas eu vim mesmo para visitar a Elle, soube que ela está de repouso — Laurel explica.

— Claro, ela já deve estar acordada — fala apontando para a segunda porta do lado esquerdo, ao lado da de Bernardo.

  Laurel lhe da um aceno com a cabeça caminhando até o quarto de Elle, dando duas batidas suaves na porta ela recebe permissão para entrar.

— Oi, bom dia — sorrir para Elle que retribui.

— Oi... Senta — fala apontando para a poltrona que foi instalado perto de sua cama.

— Bernardo me contou o que aconteceu, como você está? — pergunta depositando a bolsa no chão, ao seu lado.

— Me adaptando para dizer a verdade. Tem hora que parece surreal, que isso não está acontecendo comigo, parece que tem outra pessoa abitando o meu corpo — responde sincera.

— Ele também me contou que é o pai do bebê, você está bem em relação a isso?.

— Eu não sei ainda como me sinto em relação dele ser o pai do bebê, mas acho que me sinto aliviada por ser ele sabe, ele aparenta ser mais maduro do que o Andrew e o Mattwell. Não estou dizendo que eles seriam péssimos pais não, não é isso, é só que as vezes eles parecem mais crianças do que uma criança — diz e acaba arrancando uma risada de Laurel.

— Eu entendo o que quis dizer, conheço Mattwell desde criança e sei que as vezes ele é muito mimado e imaturo, já o Andrew não sei como ele é, não convivemos muito juntos. Mas tenho certeza que o Bernardo vai ser um ótimo pai e não estou falando isso porque é meu amigo não, é porque o conheço e sei que ele vai dar o melhor de si.

— Você gosta dele — Elle afirma.

— Não romanticamente, mais como amigo e irmão sim, eu gosto. Quem eu amo não me olha do jeito que eu queria — diz enigmaticamente.

  Logo Elle capta de quem ela está falando.

— Eu trouxe uma coisa para o meu sobrinho, eu já tinha feito a algum tempo, mas a cliente na hora não quis mais, então guardei e agora estou dando ele para você e o bebê — fala entregando-lhe uma sacola.

— Obrigada — agradece antes de abrir e se deparar com um sapatinho amarelo de lã — Ah meu Deus, é a coisa mais fofa que já vi, eu amei, é o primeiro presente dele ou dela. Obrigada Laurel.

— De nada.

  Alguns minutos depois Bernardo aparece na porta de seu quarto, que estava entre-aberta.

— O que é isso? — pergunta se referindo ao sapatinho na mão de Elle.

— Entra. Ah, é o primeiro presente do bebê, Laurel quem deu, não é fofo? — questiona mostrando a ele.

Cinderella com uma MissãoOnde histórias criam vida. Descubra agora