Lena
- Licença, licença! Caramba, sai da frente! – tentei chegar até onde eles estavam. Quando consegui, já tinham dois garotos entre eles, para acabar com aquela confusão. Corri até o Gu e tirei ele de lá, até chegar na rua, onde daria para ele me escutar.
- Gustavo! Você tem problema? Pelo amor! Na boa, o que deu em você?
- Desculpa, L.
- Não me chama de L.! – interrompi.
- Lena, eu fui ali para te defender, você não percebeu?
- Gu, para que? Era só ignorar ele!
- Desculpa, mas eu também não ia deixar ele falando aquilo e sair. Eu não sou covarde!
- Covardia é você ficar lá brigando. Por favor, né! – suspirei, tentando encontrar um resto de calma em mim. - Vem! Seu nariz ta sangrando.
Fui andando com ele até a minha casa. O único barulho que tinha eram de carros passando e um pequeno ruído da música, que a cada passo foi ficando mais baixo, até desaparecer. Quando finalmente chegamos, mandei ele ficar no sofá e fui pegar uma toalha molhada.
- Me promete que você nunca mais vai se meter em brigas, por favor!
- Eu prometo.
- Viu o que aconteceu? Você se machucou.
- Nem ta doen... Ai! Devagar!
- Pronto, parou de sangrar.
- Obrigado, amor. – ele agradeceu, me puxando para mais perto, até nossas testas encostarem. Olhei nos seus olhos, dava para perceber que ele estava arrependido. - Eu te amo. – ele se declarou.
- Eu também te amo, Gu. Só não faz nenhuma burrada, ok?
- Tá.
Sentei do lado dele, e ele deitou a cabeça no meu colo. Fiquei cantando músicas de ninar, como se ele fosse um bebê indefeso, até dormir. Quando ele fechou os olhos, a campainha tocou:
- Quem é? – perguntei antes de abrir.
- A gente, Lili! – abri a porta.
- Eu não acredito que ele se meteu numa briga com o Luís. – o Augusto reclamou.
- Como ele está? – a Bia perguntou.
- Ele já ta bem. O nariz estava sangrando, mas já parou.
- Eu nem vi a briga, Lili! Só depois que escutei que eles estavam brigando, aí procurei vocês e não achei, então o Gus falou que vocês deviam estar aqui.
- L., quem ta aí? – ele acordou com o nosso barulho. – Oi gente!
- Oi, senhor maluco! – a Bia falou, irritada.
- Desculpa. – ele olhou para o chão.
- Gente, mudando de assunto, vamos fazer alguma coisa?
- Ver um filme? – o Augusto sugeriu.
- Pode ser. – a Bia concordou.
- De novo? Não! Please!
- O que, então? – foi a vez do Gu questionar.
- Hum... Verdade ou desafio? - sugeri. Aliás, era o único jeito de saber o que eu queria.
- Pode ser!
*~*~*~*
- Bia, verdade ou desafio? – perguntei.
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Éramos apenas amigos..
Любовные романыGustavo e Lena se conhecem antes mesmo de começarem a se entender por gente, já que com dois anos, ambos estavam na mesma creche. E, como a paixão sempre nos prega peças, ao longo dos anos: BAM! Havia um sentimento forte no peito. Aquele que faz vo...