15. my strange addiction

702 65 155
                                    

Quarto dia.

Amy.

Era cerca de nove da manhã. Era a minha vez de ficar de vigia, enquanto Jake descansava.

Estava sentada na cadeira encarando a janela, esperando qualquer movimento do lado de fora.

A equipe tática já tinha me chamado pelo rádio há alguns minutos atrás. Além das informações do dia anterior não tínhamos nada novo.

Estávamos esperando Monterghau aparecer mais uma vez, e então iríamos apreendê-lo junto com o resto do esquadrão.

Me levantei da cadeira, esticando minhas pernas e alongando minhas costas.

Olhei para o lado e vi Jake dormindo pacificamente, parecia um anjo.

Era engraçado e confuso o jeito que eu me sinto por ele. Talvez ainda esteja muito cedo para dizer que eu o amo, mas isso meio que define o que eu sinto. Nós estamos oficialmente juntos há pouco mais de um mês, então não quero apressar as coisas.

Flashback on;

Era a noite mais fria do ano. Dia 16 de novembro.

Como o normal, eu estava abraçada com Jake na cama, sendo a conchinha maior e ele a menor. O calor que ele radiava era agradável, e me deixava com menos frio.

Senti algo estranho nos meus pés. Mexi um pouco e levantei a coberta, vendo as meias no mesmo. Ele as tinha colocado. Olhei para trás enquanto Jake estava dormindo e apenas sorri.

Tempo atual.

Jake.

Já havia se passado algumas horas desse que meu turno de descanso tinha começado, então eu já estava acordado.

Amy estava sentada na cadeira enquanto olhava através da janela.

Me levantei e fui até a minha mala, procurando algo para comer.

— Ah, droga. — Suspirei. — Meus salgadinhos acabaram.

— O quê? Todos aqueles? Isso é impossível, Jake. — Ela falou com indignação.

— Eu fico com fome! — Olhei para ela. — Eu vou no mercado lá em baixo comprar, vai ser rápido.

— Tem certeza? — Amy cruzou os braços. — Não pode esperar até amanhã?

— Está tudo bem, Amy. Ninguém vai me reconhecer lá fora. Vou usar meu disfarce de pevertido e nem os pevertidos de verdade irão chegar perto de mim. — Sorri.

— Por quê nós estamos juntos? — Ela falou enquanto revirava os olhos e negava com a cabeça.

Peguei o boné bege-claro, o bigode falso e os sapatos estranhos, e logo os vesti.

Sai do hotel. Aquela era primeira vez que saía desde que chegamos lá. Holt disse que não havia problema em sair, desde que não fosse os dois juntos, já que um tinha que ficar de vigia.

O pequeno mercado ficava ali do lado. Entrei no local e não havia ninguém além de um senhor de idade por trás do caixa.

𝐭𝐡𝐞 𝐧𝐞𝐰 𝐚𝐠𝐞𝐧𝐭; 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐥𝐭𝐢𝐚𝐠𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora