Snapestalada

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Sim, vocês já viram isto em dezenas de livros de críticas e desta vez não vai ser diferente. Eu vou reclamar duma história intitulada com o nome de uma rede social! Para ra ram tan tannn

Primeiramente, é de notar que a autora em questão é uma outra vitima assumida do Síndrome capas larilas e diálogos fatais, na medida em que a história dela é baseada nas conversas entre duas pessoas no snapchat [nota: a capa não é assim tão larilas, a doença está apenas num estado inicial]. No entanto, isto não é como possam pensar apenas diálogos, de facto a história tem descrições, mas as descrições que não sejam sobre sexo não lhes fora permitida a entrada na história, mas isso irei falar mais à frente.

Vou começar por comentar talvez a sinopse – porque isso é a única coisa de que sei criticar como deve de ser devido a experiencias passadas. Esta impressionou-me a primeira (e única) coisa que vi foram palavras. Apenas palavras, não havia nem verbos conjugados, nem predicados, nem nada. Apenas palavras. Eu vou até citar a definição da história para não parecer lunática:

“Snapchat. Conversas picantes. Duas pessoas. Sexo. Tragédias.”

Heis o que eu retive da história só por ler a sinopse:

A Neryn Cobain foi ao Snapchat mostrar a língua inchada do picante, que tinha ingerido enquanto falava com a mãe, que finalmente ganhara a coragem de castigar a filha pelas inúmeras asneiras que dizia. Foi aí, nessa aplicação, que ela conheceu uma pessoa, chamada Zayn Malik, que lhe começou a falar de sexo, então ela decidiu meter o piri-piri na vagina para simular a cópula e aconteceu tragédia…”

Eu sei a minha interpretação não foi lá muito boa, mas sem dúvida alguma esta seria uma história melhor que aquela que li. E como estava a dizer, antes que me interpretem mal, eu tenho a dizer que esta história corta um pouco com aquilo que muita gente pensa sobre ela, isto não é apenas mensagens partilhadas entre o sexybeast93 e a Stilinskybaby. Esta fiction tem escassos momentos de narração, mas as descrições que aparecem por lá são tão azeiteiras e tão cheias de SWAG, que me fazem escorregar no chão aderente do meu quarto [Sintam a ironia].

“O Tronco dele tão hot. Tão bem definido.. Deixa-me toda molhadinha.” (In Snapchat de @deborahjxx.) Espera lá deixa-me toda molhadinha? Oh Hell No! Mas que descrição, mas que absência de estilo e de elegância numa única frase. Querem saber quem é que não ficou molhadinha com isto? EU! Não vale a pena a autora dizer-nos que a sua história possui conteúdo sexual explícito porque isto não assombra ninguém, nem sequer a freira mais inocente.

Esta história, de facto li até metade, foi um turn off do início ao fim. A delicadeza da autora a falar de sexo é tão subtil e elegante quanto um elefante a pisar ovos, e mesmo assim o elefante ganha.

Outra coisa que a autora faz muito mal é a introdução de diálogo nas personagens. É assim os diálogos têm de ser introduzidos com o travessão, mas a autora insiste em confundir o meu cérebro pequenino com diálogos mal introduzidos e que são facilmente considerados um simples parágrafo, onde existe narração da história. [Só os portadores da doença Síndrome das capas larilas e dos diálogos fatais é que são capazes de distinguir.]

Uma das coisas que detesto em histórias é duplo PDV (ponto de vista). Detesto. E nesta história achei muitos pontos de vista diferentes (porque raio as pessoas não escrevem na terceira pessoa?). E o pior é que nos capítulos em que existem, de facto, o ponto de vista de várias personagens existem logo uns 5 ou 6 pontos de vista (vá exagero). Mas vocês entendem, eu não gosto de num único capitulo ter de ler a narração no ponto de vista de toda a população de personagens. Ela devia guardar um capítulo para uma única e exclusiva personagem. Se é que me faço entender.

As cenas de sexo (fora do chat) entre personagens é facilmente equiparado a cenas retiradas de um livro a explicar a virgens como se faz sexo. Muito 50 sombras de grey, se querem que vos diga - detesto essa história. Além disso verifica-se nesta história, o contínuo uso de descrições ranhosas e de palavras indecentes como “foder” e “pixa”. Com isto tudo só tenho uma coisa a dizer: Why you gotta be so rude, Débora?

Eu aconselhava a autora a ler mais livros pornográficos, pois falta-lhe o vocabulário. Outra coisa de notar porque tenho estado só a insultar a autora sem lhe dar os devidos parabéns por algo que ela conquistou: a @deborahjxx evoluiu ao longo dos capítulos de história que li e eu acho isso ótimo, no entanto mantenho a seguinte classificação:

SUMÁRIO DA OCTÁVIA:

Titulo -> Prestes a ser processado pelo EvanSpiegel e Jonathan May (cocriadores da aplicação).

História -> Hilariante, sem meter graça nenhuma.

Diálogos -> Outra piada merecedora de um prémio.

Personagens -> Rudes e acham que sexo oral não é sexo.

Narração -> Digo-vos apenas isto “Quem me dera poder entrar dentro deste estúpido ipad e dar entrada na casa dele, mandar-me para cima dele e foder-lhe todo.” E aí têm o quão boa é a narração. [Sim, isto foi retirado da história.]

Sinopse -> Parece que a minha cadela aprendeu a escrever.

Capa -> Não tão larilas, mas continua a ser muito pita.

Apreciação Final -> BRADSAJFIJASIFASJDIJASIDJSAIJSIFODSOVJDSIFDSIFJSD Suficiente menos (menos).

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