Fiquei Paranoi[c]a.

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Então é assim vocês sabem aquela sensação de quando leem muita merda junta, mas que depois encontram aquela história perfeita, imaculável e completamente não merecedora de pertencer a este livro da merda? Pois conheçam a Marta. A autora da história Paranoia e a pessoa, que me fez vomitar arco-íris de todos os meus orifícios corporais. [Sim, sou um unicórnio e peido arco-íris quando a merda é muita boa. – Não sei porquê unicórnios agora são fixes(?)]

Por onde começar? Pela sinopse. Honestamente, foi a melhor que já li no site, cativou-me por completo, era grande era chamativa dava a conhecer a Bri, personagem principal, e encheu-me o cérebro com inúmeras especulações. A capa é spooky, misteriosa e acima de tudo bonita, já para não falar que tem um ótimo efeito visual.

Passando há história estou a escrever isto agora dia 31 de Dezembro de 2014 e são três da manhã. Estive a noite toda a decifrar o enorme puzzle que é a Paranoia. A escrita da autora não é como eu costumo gostar de ler as coisas, não tem qualquer floreado é muito direta, objetiva e não tem segundas intenções. Nunca me pensei apaixonar com tanta força por isto! Adoro o facto de esta autora ser a única de todas aquelas, que critiquei, a usar a terceira pessoa como método de narrar a ação. Utilizar PDV é terrível, irrita-me e além do mais para o fazerem deveriam utilizar um estilo de escrita ligeiramente diferente para se distinguir o modo de ver as coisas de cada personagem – e isso é demasiado difícil de se fazer. A terceira pessoa é a melhor forma para fazer diferentes pontos de vista e é a mais divertida. [DIGAM NÃO AOS MÚLTIPLOS PONTOS DE VISTA, LIGUEM PARA O MEU NÚMERO 91XXXXXX7].

Desde o início da história que tudo tem sido muito lento e, sobretudo, muito incerto. A velocidade da ação assemelhava-se sem dúvida a um bom livro de mistério e eu não consegui deixar de pensar na Amanda Quick enquanto me embrenhava neste conto. Apesar da história ser lenta e tudo o mais, assim que se descobre um pequeno nada do grande puzzle, que a compõem, tudo passa por ti velozmente e caí-te sobre a cara, como se fosse uma bomba atómica, todo o resto do puzzle. [Entretanto a bomba de mistério explode-te com a mente e tu sais da história uma pessoa mais feliz e sobretudo realizada. Dizem que a população portuguesa é a mais infeliz da Europa, vamos todos fazer voluntariado e entregar livros da paranoia… ou então não, eu quero o livro só para mim.]

Vamos falar das personagens! As personagens da Marta, como a própria autora costuma dizer, são autênticas cebolas, porque se descascam com facilidade e, em adição a isso, provocam lágrimas enquanto o fazes [esta última parte fui eu que inventei]. Existe algo que eu adoro no elenco da paranoia é que todos os personagens têm um lado negro e um lado bom. As personagens delineadas por esta autora estão tão bem escritas e idealizadas que me fazem mergulhar literalmente na história, eu interligo-me com as personagens e sinto-me parte da história. É uma das melhores sensações e a Marta consegue dar-ta em qualquer capítulo, em qualquer hora, em qualquer lugar e o melhor? É à borla. Isto pareceu um anúncio de sexo gratuito, ew. (Desculpa @Martafz por estar a corroer com a tua crítica).

A autora é extremamente cuidadosa e escreve muitíssimo bem, a gramática está ali toda impecável e erros nem vê-los! O mistério ao ler cada capitulo é constante eu parei no capitulo 15 ou 16 e estou numa altura de clímax, penso eu. Mas também se aquilo não é o clímax da história então quando este chegar acho que vou ficar toda rebentada no final, ao menos tenho mais buracos por onde cuspir arco-íris.

Enfim outra autora que eu detesto não só por ter escrito uma história imaculável, mas por me ter obrigado a escrever um capítulo sem piada nenhuma. Obrigada, Marta pelo agravamento dos meus sérios problemas de vista e por me teres abençoado com uma ótima história. Eu sei que isto pareceu um bocado graxa, mas acreditem eu não sou graxista e se eu digo isto então é porque a história é mesmo boa.

É nestas alturas, em que acho caricato o facto da Margarida Rebelo Pinto, uma mulher que não dá nome às personagens, poder ter o seu livro publicado, e no entanto algo com pés e cabeça, estrutura, realismo e acima de tudo cativante é deixado na merda de um site de escritores amadores! Fuck you wattpad.Fuck you Portugal. Let’s all be british.

SUMÁRIO DA OCTÁVIA:

Titulo -> Paralelismo com o meu estado de espirito enquanto lia isto!!!!!!!!!! O titulo é bom.

Sinopse -> É o perfeito exemplo para todas as meninas com sinopses de merda.

História -> Cheia de suspense, cativante, faz-nos mergulhar dentro dela.

Personagens -> São perfeitas.

Diálogos -> Adoro-os, são muito terra à terra.

Apreciação Final -> Esta foi a mais difícil porque não gosto de dar classificações muito altas a autoras, mas tendo em conta antigas classificações que dei neste livro de críticas vejo-me obrigada a dizer que a Marta afunda tudo o que eu avaliei. TUDO. E portanto decidi atribuir-lhe MUITOOOO BOOOM MAIS (mais). {Como disse o excelente é só para alguns autores publicados.} Leiam a Paranoia nunca li nada online tão bom. 

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