O primeiro contacto que tive com a história “Moana” da @comminuo foi um tanto perturbador. A capa era engraçada tinha um aspeto infantil e que me fez conectar a história com algo joyful – não me lembro da palavra em português – e que me iria fazer por certo rir. Fiquei, então, um pouco motivada a ler aquele conto, até que… li a sinopse. A banda sonora do psycho arrombou-me a porta do quarto vorazmente e eu fui atacada por aquela única frase à qual fora chamada (incorretamente) de sinopse. Não sei qual foi a ideia, mas nada daquilo me chamou ou cativou para ler a história ao invés disso acho que foi mais uma premonição de que aquilo viria a ser pornografia gráfica [QUANDO NÃO O É!].
Isto é o retrato das mensagens enviadas entre Moana, uma mulher responsável pela distribuição da correspondência aos clientes de um dado hotel, e Harry, um ricaço que adora o cheiro a mulheres todos os dias na sua cama.
Tudo começou quando Harry, revoltado pelo pai lhe ter congelado a conta bancária, decidiu enviar uma carta a uma antiga parceira sexual, Ashley. Visto está, que não fora Ashley que recebera aquela carta, mas sim Moana, que respondeu a Harry que a pequenita Ashley já não se encontrava hospedada naquele hotel.
Antes de nos depararmos com a história em si está lá presente (na primeira parte) uma pequena introdução à história [Uma espécie de prefácio penso eu]. Prefácio esse que me fez pensar, PORQUE RAIO ISTO NÃO É A SINOPSE! A sério, deu-me uma comichão infernal nos ovários quando vi que aquele primeiro capítulo era mais cativante do que a própria descrição da história, que é supostamente o vosso meio de chamar clientes! Se eu tivesse lido esta apresentação antes de ler aquela descrição iria logo a correr ler a história, no entanto com a atual sinopse quase que senti os abalos premonitórios a anunciarem um novo terramoto de 1755!
Tenho a dizer que achei a história um pouco súbita, sobretudo pela segunda carta da Moana onde esta demonstra um grau elevado de rudez, que não é de esperar vindo da parte de alguém que trabalha num hotel e que sei lá…trata diariamente as pessoas com simpatia! A carta de Moana a informar Harry que a sua coelhinha não estava no hotel deveria de ter sido formal e muito pouco sarcástica. Ao invés disso, esta miúda havaiana mostrou-se ser uma péssima profissional de serviço e acabou por afastar um possivel cliente. {MOANA, E Ku'u Aloha[1], you’re fired!}.
Encontrei em algumas cartas (acho que foi só numa das cartas e foi só uma vez) um erro que eu considero suicídio ocular a troca de “às” pelo “ás”. Vão à caça dele e matem-me esse filho da mãe!
A escrita é boa, as duas raparigas combinam muito bem porque o estilo de escrita se assemelha. No entanto achei a história estranha e muito repetitiva, parecia que era tudo à base do mesmo: Comentários sexistas, raciais e piadas secas pela parte do Harry e por último a resposta torta e amargurada da Moana. {Alerta: eu só li até ao décimo capitulo. Aquilo são treze se não estou em erro. A história pode ter mudado o seu rumo.}
Conselho da Octávia: Gostaria que a história não fosse apenas cartas - no entanto existem contos que eu li e que adorei que se basearam em cartas de um única pessoa, portanto podem não fazer o que eu digo. Mas eu gostava que houvesse um duplo PDV, o do Harry e o da Moana, cada um num único capítulo e que houvesse a altura da narrativa VS a altura da carta. Entendem? Acho que seria interessante ver as vossas descrições e as rotinas de cada uma das personagens bem como a personalidade de cada uma. {Dica de leitura: Vai aonde o coração te Leva de Susanna Tamaro. A sua história tal como a vossa é toda ela à base de cartas e ela consegue criar um enredo maravilhoso e consegue transmitir sentimentos e sensação nunca antes sentidos.}
SUMÁRIO DA OCTÁVIA:
Titulo -> Não consegui comentar em cima, mas dar o nome de uma das personagens à história é pisar solo seguro, pode não ter sido um golpe intrépido, mas foi sem dúvida seguro – Bom.
Capa -> Engraçada/cómica.
Sinopse –> Iniciem a leitura porque ela está no primeiro capitulo da história!
História -> Um tanto precipitada, e repetitiva.
Personagens -> Womanizer & Rudoana [rude + moana].
Diálogos -> São cartas, basicamente. Portanto vou considerar as cartas diálogos(?). Mas como a escrita é boa, vou dar um muito bom neste campo.
Português -> É bonitinho, mas baseia-se muito em torno do mesmo conjunto de palavras.
Apreciação final -> Apesar de tudo é uma leitura light e por isso dou-lhe um Suficiente.
P.s.: Estou cansada desculpem algum erro.
[1] Significa “My Love”
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