CAPÍTULO 22

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Larissa

Estava no postinho, hoje eu iria me consultar com o médico pra saber do bebê, tudo isso por causa do Corujão. Ele me forçou a vir e ainda mandou um tal de Nego e Tayane atrás de mim.

Já tinha uns vinte minutos esperando e minha paciência já tinha ido pra puta que pariu. Sempre fui atendida em segundos, era só colocar o pé na porta que meu nome era chamado.

— Larissa Lunares Casaes. — a médica me chamou.

Fui atendida mas a médica pareceu não gostar muito de mim, começou a perguntar se eu não me prevenia e quase perguntei a ela se séria ela que iria cuidar.

— Como foi? — Tayane me perguntou assim que sai da sala da médica.

— Foi normal. — falei sem da importância.

Eu só queria chegar logo na casa do Corujão e tomar um banho e dormir, depois acordar na minha casa como tudo fosse só um pesadelo.

O Nego tinha ido fazer alguma coisa pro Corujão, então foi eu e Tayane pra casa.

O telefone da Tayane começou a tomar e a mesma atendeu.

— O que é PL? — ela fez uma pausa pra escultur o outro lado da linha. — Calma que tô brotando pra quebrar a cara dessa puta! — ela desligou nervosa.

— Sabe o caminho de cada, né?

— Sei. — falei aliviada pelo fato de finamente não ter uma sombra atrás de mim.

Ela saiu as pressas sumindo no beco.

Fui caminhando lento e entrei em um corredor dando de cara com uma loira.  A mesma olhou pra minha cara e riu debochado. Quem é essa maluca?

Fui caminhando e quando fui passar a mesma me barrou. Respirei fundo sem paciência.

— O que você quer, hen? — perguntei com minha cara de debochada.

— Não lembra de mim não mona?

— A Rihanna tá diferente. — falei vendo a mesma frever. Eu não lembrava dela iria fazer o quê? — Sai da minha frente que não sou vadia igual a você. — falei isso e tentei passar mas a loira me jogou longe me fazendo bater meu cutuvelo na parede.

Ela veio pra cima de mim e tentou puxar meu cabelo mas pra me defender passei minha unha na cara dela. Ela pegou minha cabeça tentando bater no chão mas alguém chegou tirando ela de cima de mim.

— Me chama de vadia agora sua puta!—  uma mulher de idade tentava arrastar ela.  — Meu nome é Carla! Agora tu guarda meu nome direitinho vagabunda!

Ela sumiu no corredor mas ainda podia escultar seus gritos.

Me levantei sentindo meu braço doer.

[...]

Cheguei em casa vendo a Joana na cozinha limpando algo.

— Como foi a consulta lá? — ela perguntou sem olhar pra mim.

— Normal. — fui manquejando até o sofá, depois de ter subido a ladeira minha perna tinha comessado a doer também, tudo culpa daquela piranha  favelada. — Só que uma loira tentou me bater. — falei vendo ela me olhar assustada e correr até perto de mim.

— Meu Deus, sua boca tá sangrando. — falou assustada. — O bebê?

— O bebê dev tá bem, coisa ruim não morre. — falei lembrando que ela não tinha batido na minha barriga mas se tivesse seria um favor que ela teria feito. — Agora vou tomar um banho.

Tomei um banho gelado e vestir um conjunto de blusa e short de dormir com a minie na frente.

Depois almocei e fui dormir.

[...]

Acordei com o Corujão em pé me chamando.

Levantei ficando sentada.

— O que foi? — apesar de ter dormido muito minha cabeça ainda pedia pra mais alguns minutos de sono.

— Que história é essa mermo que tu apanhou? — reparei que ele parecia estar com raiva.

— Quem te contou? — só podia ter sido a fuxiqueira da Joana.

— Não te interessa caralho! Tô te perguntando!

— Foi uma loira meio gorda, por que?

— Vem aqui. — ele me pegou pelo braço e me arrastou pra fora.

Dei de cara com a loira de hoje cedo e o Colombiano que a segurava pelo braço.

Ela chorava e negava com a cabeça.

— Foi ela? — ele me perguntou

A loira me clamava com os olhos para que eu negasse.

— Foi ela mesmo. — falei a encarando bem.

— Não, Não, Não. Por favor...— ela chorava — Eu não fiz nada.

— Fez sim, se não fosse uma mulher que chegou na hora ela tinha estourado minha cabeça no chão. — eu queria mesmo que aquela vadia se ferrasse.

— Leva ela. — Corujão disse pro Colômbiano que saiu arrastando ela.

Perdida no Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora