Capítulo 14

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Dan nada dizia.

Pelos fundos da casa ele entrou com Beatriz ainda em suas costas, ela se debatia e quando ameaçou gritar, ele tampou sua boca.

Rapidamente subiu as escadas, e para a sorte de ambos, Bento não ouvira e nem desconfiara de nada.

Ele fechou a porta do pequeno quarto e colocou no chão;

Ela foi dizer algo, mas Dan a calou com um beijo.

O impulso a fez encostar-se no guarda-roupas.

As mãos vestidas com o tecido das luvas, faziam com que ela arrepiasse com o toque das mãos de Dan em seu pescoço.

O coração estava frenético e inquieto.

Sentia o corpo dele prensado ao dela e isso estava lhe proporcionando algo que há muito tempo não sentia.

Não queria que parasse, não queria que isso nunca mais acabasse.

Era bom.

Ele afastou o beijo e a olhou, a mesma ainda com os olhos fechados, apreciando ou guardando aquele beijo.

Ela abriu os olhos lentamente o encarou.

Dan: Você é... – foi interrompido –

Ela o devorou os lábios, delicado fora antes de sua boca desejar a dele enlouquecidamente.

As mãos dele agora desciam pela extensão do corpo, timidamente chegava a coxa, os beijos mais ousados e fervorosos começavam a comparecer.

De onde foi que ambos tiveram tamanha coragem para fazer algo assim.

Separaram-se novamente.

A respiração completamente desordenada, os olhos encarando um ao outro.

B: Nem sei o que dizer.

Dan: Posso com certeza morrer feliz agora.

B: Não diga bobagens.

Dan: Nunca digo bobagens.

B: Isso não deveria ter acontecido.

Dan: Isso deveria sim, acho que demorou demais.

B: Está brincando comigo?

Dan: Mas é claro que não. E você? Está?

B: Estou o que?

Dan: Está brincando comigo?

B: Porque pensa que...

Dan: Eu te quero, não escondo isso desde o primeiro dia em que nos vimos. Te beijei porque te desejo, porque minha boca suplica pela sua. E você?

B: Eu te beijei porquê...

Dan: Porque?

B: Porque gostei do seu beijo, eu quis de novo, eu quero de novo...

Iam aproximar-se mais uma vez, mas a porta abriu bruscamente.

Ben: Dan, aconteceu alguma coisa?

A voz de Bento era forte, e demonstrava impaciência.

Dan: Não, Senhor.

Ben: Fui procura-los fora da casa e não os encontrei, não faz sequer meia hora que saíram. Dan, Explique-se;

B: Dan me pediu para entrar que como já é tarde, não podíamos ficar mais, amanhã sairemos mais cedo.

Ben: Ah, Beatriz... – aproximando-se –

Doce Poesia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora