Capítulo 15

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Ela admirava tudo aquilo, enquanto Dan rapidamente fechava a porta.

A parede inteira a sua frente, era um desenho seu.

Olhou para os lados, e fotos suas completavam o lugar.

Parecia um altar. Era lindo, e estranho ao mesmo tempo.

D: Aqui é o meu quarto.

B: Bento sabe disso?

D: Acha que se ele soubesse eu estaria aqui?

B: Mas se...

D: A última coisa com que o Senhor Bento se preocupa, é com a decoração do quarto dos empregados.

Ela não conseguia parar de olhar todas aquelas fotos e desenhos.

D: Eu irei me trocar, pode deitar-se aqui, os cobertores estão aqui – apontando-os em cima da cama –

B: Obrigada. – sorrindo –

Dan retribuiu o sorriso, e logo seguiu para o improvisado banheiro que existia junto ao quarto.

Ela olha mais de perto as fotos enquanto Dan se preparava para dormir.

Algumas poesias estavam pregadas junto as fotos, e não lhe eram estranhas...

Enquanto observava e apreciava tal painel, Dan apareceu.

O mordomo já não estava mais a sua frente, apenas o Dan lhe faria companhia aquela noite.

Ela riu.

B: Você fica muito diferente assim.

D: Assim como? Estou com roupa de dormir.

B: São sim – rindo –

D: Então não entendi a risada, senhora Miriolli.

B: Mordomo é uma profissão meio que incomum, não acha?

D: Pelo contrário, mordomo existe aos montes, mas hoje em dia a palavra mordomo não é muito usada.

Enquanto explicava a Beatriz, a mesma já deitava em sua cama de solteiro, o observava.

Estava descontraído, normal...

A bermuda xadrez deixavam a mostra as pernas brancas e um par de meias de algodão completavam o pijama;

Ela foi desperta.

D: Beatriz?

Ele chamava a sua atenção.

E ela logo tratou de mudar de assunto.

B: O que está fazendo?

D: A minha cama.

B: Vai dormir no chão?

D: Não, estou arrumando...

B: Porque não deita aqui comigo?

D: Eu não acho que seria uma boa ideia, Beatriz.

B: Eu não mordo, não. – rindo –

Ele então apagou a luz, e delicadamente achou a sua cama.

Dentou-se com cuidado para que não machucasse Beatriz.

A cama era estreita demais.

Ele deitou de costas para ela, a tentação era forte demais, e ele tinha medo de que algum gesto impensado pudesse deixa-la ofendida.

Tentou tirar atenção de que o calor do corpo dela estava tão perto assim.

Mas isso foi impossível, ainda mais quando Beatriz resolveu entrelaça-lo com um dos braços.

Doce Poesia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora