Capítulo 9

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B: Que isso, não é para tanto. Mordomo... (Rindo) Achei que isso nem existisse.

Ele continuava encarando-a, um leve sorriso esboçava em seu rosto.

- Desculpe-me, Senhora. Minha intensão não foi aborrecê-la, eu sinto muito.

Ao dizer isso, Dan abaixou-se em frente a ela, como uma reverencia.

Beatriz pensou por um momento que aquele homem talvez não tivesse um juízo perfeito.

B: Por favor, levante-se, não precisa fazer... (foi interrompida)
Ben: Dan!!! Venha até o meu escritório!

A voz de Bento era autoritária, e até um leve sobressalto o corpo de Dan esboçou ao ouvir seu nome.

Ele sequer parou para pensar, a encarou nos olhos e virou-se em direção ao escritório de Bento.

A porta fora trancada, pelo jeito Bento não queria que Beatriz soubesse o que andava ordenando aos empregados.

Andava lentamente pela grande sala, era tudo impecavelmente lindo, o cheiro da madeira do assoalho a deixava nas nuvens.

Pensava em como Bento pode esconder aquele lugar por tanto tempo.

E tudo indicava que ele vinha ali frequentemente, os objetos e a rotina da casa era familiar, e isso ao mesmo tempo que a fazia sentir-se em casa, a assustava, pois ultimamente, sentia aquele lugar como qualquer coisa, menos sua casa.

Resolveu então subir as escadas, ao tocar no corrimão, lembrou-se de horas atrás, quando acabou caindo por uma escada muito parecida com aquela.

Certo arrepio invadiu seu corpo ao pensar nisso.

Começou a subir, sequer sabia onde seria seu quarto, mas estava seguindo. Logo encontrou um corredor, em um deles já ouvia a pequena Ana Beatriz pulando e fazendo barulho em seu novo quarto, de certo deveria estar cheio de novidades da cidade grande, como Notebook, ou o tão sonhado Ipad, que Ana Beatriz empenhava-se constantemente em conseguir um do pai.

Ao fim do corredor, ela pode ver uma porta, a única que ficava de frente para o corredor, a porta era diferente das demais, parecia um tanto mais escura e com um aspecto antigo.

O impulso a fez tocar na maçaneta e iria abrir, se não fosse o fato da filha abrir a porta do quarto gritando.

O grito era ensurdecedor, e o corredor produzia um eco horrível.

B:Bia! Pelo amor de Deus, o que é isso? Que gritaria é essa?

A: Um bicho! Horrível, mãe. Chame o papai, ele vai tirá-lo daí.

B: Seu pai está no escritório conversando com o mordomo, deixe-me ver antes.

Beatriz entrou um tanto receosa no quarto da filha, afinal, era um território estranho, não sabia que tipo de animais costumavam aparecer naquela casa.

Ao entrar, percebeu que não se tratava de nada a mais e nada a menos que uma borboleta pousada em sua cama.

B: Bia, é só uma borboleta, e uma linda borboleta, não é pra tanto.

Nesse mesmo instante, Bento adentrou o quarto. Estava um tanto afoito.

Ben: O que foi filha?

A:Um bicho horrível, pai. (abraçando-o)
Bento logo seguiu em direção a cama da filha, olhou a colorida borboleta pousada sobre a mesma, e com apenas um tapa, a desmanchou por entre os dedos.

A frase de que " não foi nada demais", ficou presa na garganta de Beatriz;

B: O que está pensando?

Doce Poesia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora