Capítulo 5

91 6 1
                                    

A respiração dela já estava ofegante. Suava de forma anormal e isso estava assustando, Bento.

Beatriz não conseguia ver como estava o velho jogado no jardim, mas mal se mexia, não queria pensar naquilo, sua filha estava a caminho antes da hora e por culpa daquele homem.

Ben: Meu amor, fica acordada, você precisa aguentar firme. Eu estou aqui com você.

Ela tinha os olhos parados naquela direção, mas Bento entrou na sua frente e chamou sua atenção.

Benn: Ela está vindo meu amor. (sorrindo)
B:Sim...

Ao mesmo tempo em que ambos sorriam de felicidade, a angustia e o medo tomavam conta.

Beatriz ainda estava com oito meses, sem preparo algum para o parto naquele lugar.

Em meio aos empregados rodeando-a, ela viu quando os seguranças tiraram seu pai do jardim.

B:Bento... Cuidem dele.

Benn: Amor, não pense nisso agora, pense só na nossa filha, em trazê-la para esse mundo.

B: Eu quero que cuidem dele, agora.

_ Senhora, não fique nervosa, isso pode complicar para tirarmos a bebe.

Ben: NÃO! Isso não, não podemos prejudicar a nossa pequena por esse homem. Levem-no a um hospital.

Uma das empregadas começou a apertar a barriga de Beatriz, enquanto outra esperava o bebê mostrar algum sinal de que estava pronto.

Foi quase duas horas até que a pequena Ana Beatriz desse o primeiro sinal de que estava chegando.

Beatriz estava exausta, já não havia forças para mais nada.

Chegou a certa hora pensar de que não daria conta, que não daria tempo de trazer o seu bebe a salvo para viver ao seu lado.

Mas o choro, anunciou de que Ana chegara a esse mundo para encher sua vida de alegrias. Lágrimas eram inevitáveis aos olhos de Bento e Beatriz. O Sorriso escancarado em seus rostos.

Benn: É linda, como a mãe. (aproximando-se)

As empregadas terminaram de arrumar Beatriz, logo os lençóis manchados de vermelho já iam a caminho dos fundos da casa.

Bento abaixou ao lado da mulher, envolveu seus braços em torno do seu pescoço e a carregou.

Estava cansada, fora um parto inesperado e demorado.

A situação toda era errada, Ana não era pra vir hoje.

Chegaram ao quarto, as empregadas ajudaram Beatriz a tomar um banho e a colocaram na cama.

Enquanto isso, Bento encantava-se a cada minuto mais pela filha.

Algum tempo depois, ele entrou no quarto segurando a filha no colo, Beatriz sorria para ele.

Ele aproximou-se dela e sentou ao seu lado.

Benn: Está dormindo. O médico já a examinou e disse que está mais saudável do que ele. (rindo)
B: Perfeita... (olhando -a)

Beatriz a pegou do colo de Bento e a segurou com cuidado, não conseguia parar de olhá-la, pegar me suas mães, dedilhar sobre seus finos cabelos.

Benn: Como isso é possível?

B: O que?

Benn: Eu já a amo tanto, que meu peito chega a doer.

B: Eu sei exatamente como se sente.

Doce Poesia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora