B: O que está dizendo.
Dan: Vamos, meu amor! – puxando-a –
As palavras giravam em sua cabeça.
A sua frente mal sabia explicar como chegara a tal lugar, mas chegou, a cabeça com certeza ficou lá atrás, onde Dan falou tal absurdo.
A plantação acabara e agora estavam um uma trilha... Ou melhor, trilho.
Dan: Não solte a minha mão.
B: Precisamos sair daqui, ele não deve estar muito longe.
Dan: Nós vamos sair, só precisamos de mais alguns minutos.
B: O dia amanhecera, ela conseguirá sair dali com mais facilidade.
Dan: Quando isso acontecer... Estaremos... a caminho de casa.
Ele estava ofegante.
Logo a fumacinha que Beatriz olhava de sua janela, aproximava-se, acompanhada de um barulho ensurdecedor.
Dan segurou forte em suas mãos e pediu que ela pulasse junto com ele.
Correram... O mais rápido que podiam imaginar, Beatriz colocou na energia de suas pernas, toda a vontade de ser livre.
Estavam dentro de um dos vagões.
Não era um trem de viagem, e sim um trem de cargas, transportava verduras e rações.
Deixaram que seus corpos descansassem sobre as sacas de rações que ali estavam.
A respiração de ambos estava ofegante demais.
Mas Beatriz percebeu que Dan estava diferente, agora tossia.
Somente quando o sol lhes dera bom dia, Beatriz pode perceber que Dan estava sangrando.
B: Dan... Meu amor... Por favor, não faça isso comigo.
As mãos estavam tremulas, as lagrimas tomavam conta do seu rosto, mesmo pálido, Dan apenas sorria pra ela.
B: Porque está tão calmo assim?
Dan: Me chamou de meu amor... Posso morrer feliz.
B: Mordomo bobo... Como pode dizer isso?
Dan: Fique tranquila... foi só de raspão no braço.
Ela o olhou de perto, podia agora enxergar com clareza o ferimento.
B: Dan, não tem nada de raspão aqui, está perdendo muito sangue.
Dan: Estou com sede.
B: É claro que está. Onde vou encontrar... – foi interrompida –
Dan: Em minha mochila, tem um pouco...
Beatriz foi até a mochila, e encontrou a agua. Deu a agua para ele e continuou o olhando pensativa.
Chegou perto dele e pegou um pedaço de retalho caído no lugar.
B: Vai doer um pouquinho.
Dan: Ok...
Ela amarrou o braço dele onde havia a ferida para que não sangrasse mais.
B: Dan, falta muito para chegarmos?
Dan: Ainda temos uma longa viagem.
Ela aninhou-se ao lado dele e ali ficou... Protegida de tudo e de todos.
Dan: Beatriz...
B: Hum?
Dan: Porque mesmo depois de tudo o que o Senhor Bento disse sobre mim, ainda veio comigo?
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Doce Poesia [Concluída]
FanfictionBeatriz teve a sua vida perdida. Casou-se com um homem maravilhoso e fruto desse casamento foi mãe de Ana Beatriz. As coisas foram mudando com o passar do tempo e para a surpresa e infelicidade de Beatriz, só para pior. Seu marido, precisou sair da...