Capítulo 17

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Beatriz estava sem entender exatamente, precisava de mais detalhes.

B: Filha? Bento já foi casado antes?

Dan: Já.

Ela estava pensativa, mil suposições passavam pela sua cabeça.

B: E o que aconteceu com a menina?

Dan: Morreu, um câncer o pulmão fez com que a menina morresse cedo, devia ter uns 6 ou 7 anos.

B: Você já trabalhava com ele?

Dan: Lembro apenas dos últimos momentos. Eu tinha acabado de chegar para essa casa, e Bento me deus outros trabalhos, quase não participei desse momento.

B: Por isso Bento é tão protetor com a Ana Beatriz.

Dan: Sim.

B: Mas porque me trata dessa forma? Eu já não o amo mais, nem ele a mim. Porque não me deixa livre, pra viver longe daqui.

Dan: Porque ele é louco.

Aquilo fez com que Beatriz ficasse assustada.

Dan: Quero que fique longe daquele quarto. Longe dessa casa fechada com o cadeado. Entendeu?

B: Entendi, mas eu só queria entender o porquê.

Dan: Porque eu estou dizendo. Não existe nesse mundo alguém que te ame mais que eu. Jamais colocaria sua vida em risco.

B: Eu só...

Dan: Vou te tirar daqui, só preciso de uma confirmação do governo sobre um assunto, e nós três reconstruiremos nossa vida.

B: O que disse?

Antes que Dan pudesse explicar o que sequer se deu conta que disse, Bento o gritou vindo de encontro a eles.

Benn: Dan, vá ver o que as cozinheiras estão fazendo para o jantar, o cheiro está impregnando a casa.

Dan: Claro, senhor.

Tanto Dan como Beatriz, deram o passeio por ali encerrado. Mas pelo jeito, Bento não compartilhava da mesma opinião.

Benn: Pra que a pressa, meu amor. Fique aqui, vamos continuar o passeio.

B: Já está tarde, talvez seja melhor me recolher.

Benn: Eu estou mandando ficar.

Ela abaixou a cabeça e Dan saiu.

Estava nervosa, gostava de ficar horas sem olhar para o rosto daquele homem que um dia disse amar.

Ele muito tranquilo, continuou ao lado dela forçando o passeio a continuar.

Benn: O que acha do nosso mordomo?

B: Dan?

Benn: Sim, que eu me lembre não temos outro.

B: Não tenho opinião sobre ele. Para mim é como qualquer um dos outros em... – foi interrompida –

Benn: Está mentindo.

B: Não, eu só...

Benn: Ouça bem, Beatriz. O mordomo, é um cachorrinho vira lata, que eu o acolhi por dó. Entenda que ele fala e faz o que eu mando ele falar ou fazer.

B: O que quer com isso?

Benn: Te deixar atenta. É mentiroso.

B: Eu não sei do que está falando.

Benn: Andei ouvindo coisas por aí e não gostei. Se eu ouvir novamente, teremos uma conversinha que você jamais vai esquecer entendeu?

Ela não conseguia distinguir o que sentia naquele momento.

Doce Poesia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora