Capítulo 11

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Aquilo deixou Beatriz intacta.

Oque? Será que ouvira direito?

B: O que foi que disse?

Não conseguia sequer continuar fazendo o que fazia.

Dan: Que te amo – aproximando-se –

B: Só pode estar louco.

Dan: Pode chamar como achar melhor... – sorrindo –

B: Saia daqui.

Dan: Não posso.

B:Estou mandando.

Dan: Estou cumprindo uma ordem.

B: E eu estou te dando outra.

Dan: Não cumpro ordens onde me obriga a sair de perto de você.

B: Não quero te olhar! Não quero!

Dan: Pois não, feche os olhos e te visto exatamente como estava.

B: Não brinque comigo!

Dan: Não estou brincando.

B: Esta querendo me confundir. Eu ouvi quando Bento disse para me levar "aquele quarto" que quarto é esse?

Dan: Um quarto provisório.

B: Provisório?

Dan: Sim.

B: Vai me prender.

Dan: Não da maneira que eu queria.

B: Eu não te entendo...

Ele sentou-se na cama e segurou delicadamente seu queixo.

Dan: Queria poder te prender em meus braços, e tirá-la deles apenas quando tivesse que segurar nosso filho.

A Boca queria retrucar e dizer o quanto tudo isso que estava ouvindo era absurdo, mas não. Apenas continuava hipnotizada naqueles olhos, que aproximavam-se cada vez mais perto dos seus.

Um beijo... O coração acelerava muito a cada centímetro mais próximo.

Mesmo assim ela não recuava. O que estava acontecendo?

O que pensava que estava fazendo?

Os lábios estavam próximos, o perigoso beijo aconteceria.

A porta abriu bruscamente interrompendo o momento.

Era uma empregada apressada, pensou que o quarto estava vazio.

Dan: Já disse que não se deve entrar dessa maneira nos quartos, principalmente esse.

_: Me desculpe Senhor, prometo que isso não... – interrompida –

Beatriz ainda estava alheia a qualquer coisa que diziam.

A empregada fechou a porta e Dan a olhou, estava um tanto corada e isso o fez sorrir discretamente.

B: Eu... Preciso me vestir, pode ao menos virar-se já que não "pode" sair?

Dan: Claro.

Ele virou-se e ela começou a vestir-se, o nariz ainda vermelho e os olhos marejados.

As lagrimas insistiam em ficar, e tudo o que ouvira ali estava fazendo um estrago em seus pensamentos.

Estava vestida e pronta... Pronta para qualquer que fosse o desafio que Deus estava lhe propondo.

Ele aproximou-se dela e segurando seu queixo, disse:

Dan: Isso tudo, vai acabar. Eu prometo.

Ela o encarou e completou:

B: Eu não acredito em você, e ninguém.

Ele sorriu novamente.

Dan: Está certa, porque acreditaria em mim? Sou apenas o mordomo de uma vida que acabou de conhecer.

Agora vamos, antes que seu marido queira apressar-nos, e não gosto disso.

Ele segurou em suas mãos, mesmo com o tecido um tanto grosso das luvas, podia sentir que as mãos dele estavam aquecidas;

Ela não tinha medo, sabia o que a esperava. Tinha algo com aquele quarto no corredor, algo a chamava para ele e era lá que estava indo.

Estavam no corredor, mesmo com um tanto de receio, ela não tentava fugir ou impedir de chegar aquele lugar.

Beatriz via a porta, estava bem a sua frente, há poucos metros...

Os passos não diminuíram, estavam aproximando-se, o coração de Beatriz palpitava ainda mais forte, cada vez mais perto e seu coração batendo mais rápido.

Enfim chegaram em frente a ele, mas Dan a surpreendeu, em uma parte da parede ele puxou uma alavanca, onde uma porta abriu-se anunciando a escadaria que nela continha.

Estava um tanto escuro, e quando ele ameaçou entrar, ela parou.

B: Por favor, não seja como ele...

Dan a puxou para dentro e fechou a porta, ainda escuro, ela sentia-se amedrontada. A respiração ofegava, mas ela ainda o sentia segurar seus braços.

Ele segurou o outro braço e levou junto ao seu próprio peito, Beatriz sentia seu coração com as mãos...

Dan: Shi... Fique calma. Está sentindo?

Ela não conseguia dizer nada.

Dan: Beatriz?

B: Eu não...

Dan: Está sentindo?

B: Sim... – a voz tremula –

Dan: Ele bate assim porque tem medo.

Ela ficou um tanto mais apavorada, se até ele tinha medo do lugar, como ela poderia não ter?

B: Medo...

Dan: Medo de não te ter assim tão pertinho de mim novamente.

A Luz acendeu, mostrando mais uma vez a Dan, o quanto Beatriz ficava nervosa com a sua aproximação.

Doce Poesia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora