Capítulo 49

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Depois de completar o mês, Alan fez a cirurgia necessária para a retirada do feto. Era muito semelhante a cesárea, só que o cuidado era em dobro.

Ninguém poderia ficar ao seu lado durante o processo, inclusive seu alfa. Quando chegou o dia esperado, Alan estava delirando pelas contrações. Elas se tornavam pior a cada dia, e o último foi o ápice.

Tudo que ele queria era seu alfa, e Alan gritou e agiu como uma criança quando foi levado a mesa; chamando desesperadamente Gael. Mas ele não poderia ficar. E com certeza esse foi o pior dia da vida de Alan.

Vitoriosamente, a cirurgia ocorreu bem. Os médicos conseguiram fazer a retirada rapidamente sem comprometer com o fluxo de oxigênio. Alan ouviu tudo que seu médico tinha a dizer cientificamente sobre o processo, mas era Gael quem entendia perfeitamente o procedimento da retirada até o nascimento.

Porém, Alan só tentou entender o que precisava saber:

1- A clínica desenvolvia vida atrás de bolsas de silicone onde corriam fluidos que simulavam o ambiente do útero. Tinha a mesma incumbência da placenta e do líquido aminótico.

2- A distribuição da nutrição e do oxigênio era feita por máquinas com a função especifica do cordão umbilical.

3- Tudo era sintético.

O 3 foi mais desconfortável para Alan. Ele ficou confuso durante um tempo, e achou esquisito a ideia do desenvolvimento completo se dar em laboratório. Mas não importava. Ele só queria Lysandre bem e em seus braços.

- Então é um menino? - Gael perguntou neutro na época quando tinham descoberto o sexo. - Sua mãe selecionou esse nome?

Alan viu a expressão de desgosto de Gael em relação ao nome. Mas não mudaria de ideia.

- Sim. Também não é meu favorito. Mas ela e Judith gostam muito, e elas foram a que mais me ajudaram na gestação. Meio que eu devo isso a elas.

Gael assentiu, parecendo reflexivo. Ele era neutro, mas não podia deixar de nutrir expectativas. O alfa raramente falava sobre o bebê, mas sempre era o primeiro depois de Alan a ficar eufórico com notícias sobre Lys. Era assim que Gael iria chamá-lo. Ele odiava apelidos, mas Lys até que soava doce para ele. Assim como tudo que envolvia moda para bebês.

- O que é isso? - Alan perguntou no sexto mês, segurando sacolas de loja infantil.

- A criança ainda não tem roupas adequadas. E agora que sabemos que é um garoto, certamente você e suas irmãs comprariam os tecidos azuis. E visto que isso é um ato sexista, eu decidi comprar laranja, amarelo e verde.

Alan revirou os olhos, antes de sorrir para si mesmo ao ver as roupas que Gael tinha escolhido. Eram lindas e fofas. Estava na cara que o alfa adorava animais costurados ou desenhados nos tecidos, e também estava na cara o quão preocupado Gael era sobre roupas e a higienização de tudo que o bebê poderia entrar em contato.

O ômega já estava vendo a briga que iria ser pela constante obsessão de seu alfa com limpeza.

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Alan estava ansioso nos últimos dias. A qualquer momento poderia vir uma ligação da clínica afirmando que poderia buscar Lysandre. Ele nunca desgrudava de seu celular, e foi isso que aconteceu naquela manhã de sábado enquanto estava na academia.

Sua mãe tinha ligado naquele dia, além de alguns de seus amigos querendo saber sobre o bebê e até mesmo a operadora. E ele estava pronto para suspirar de novo e dizer que ele ainda não estava com seu neném ou que não queria o novo plano da operadora.

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⏰ Última atualização: Jul 24, 2020 ⏰

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